A LISTA [JIKOOK]

➸ 11. A Resolução de Tudo

Uma das coisas que mais escutei durante minha vida foi que sempre devemos agir com a razão, mas quantas pessoas conseguem usar o lado racional quando são pegas de surpresa? Acredito que é um número bem baixo. Falar é sempre mais fácil do que fazer.

Foi bom passar um tempo com Eunwoo na festa. Apesar do nosso "relacionamento" ter dado errado, nós tivemos uma amizade muito boa no passado, e relembrar esses momentos foi reconfortante. Por alguns minutos, consegui esquecer o que tinha acontecido. No entanto, não estava nos meus planos terminar a noite em um quarto com ele. Sei que não seria ruim encerrar o último desafio da lista com Eunwoo, tenho certeza que ele faria com que o momento fosse agradável e me deixaria confortável. Sempre fui cativado pela sua ternura, uma das coisas que mais gostava nele. Tinha tudo para dar certo, mas assim que fecho a porta do quarto, minha mente traiçoeira começa a imaginar Jungkook em seu lugar.

Decido que não posso usar Eunwoo dessa forma e, com o rabinho entre as pernas, peço desculpas, corro para o banheiro, removo as minhas roupas, ligo o chuveiro e aqui estou, com a água quente escorrendo pelo corpo, tentando dissipar a confusão que se instalou em minha mente. Cada gota que cai sobre mim parece levar consigo parte da angústia que sinto ao mesmo tempo em que clareia a minha mente.

Desligo o chuveiro e, envolto pela névoa no banheiro, após me secar com uma toalha macia, observo minha expressão cansada no espelho. Solto um longo e profundo suspiro.

— Jimin, tá tudo bem? — ouço a voz de Eunwoo através da porta.

— Está sim, Woo, eu... eu já estou saindo.

Depois de vestido (e um pouco mais sóbrio), abro a porta do banheiro e encontro Eunwoo sentado na cama com o olhar fixo no celular. Solto um pigarro para chamar sua atenção, e ele deixa o aparelho de lado, direcionando seu olhar para mim.

— Você tá legal? — pergunta, e eu balanço a cabeça indicando que sim.

Estou tão envergonhado...

— Eunwoo... — tento começar meu pedido de desculpas, mas ele ergue o dedo e paro de falar.

Ele se levanta da cama, caminha até onde estou e segura minhas mãos. Não precisa dizer nada; suas mãos quentes e solidárias já transmitem mais do que palavras. Lembro-me das vezes em que ele fez o mesmo quando estávamos juntos. Ele entende, e sua expressão compreensiva fala por si só.

— Me desculpa — peço, mas não consigo olhar em seus olhos. — Você foi incrível a noite toda, e eu fui uma péssima companhia.

Ele balança a cabeça com um meio sorriso, como se dissesse "não precisa falar".

— Ei, está tudo bem — diz, mantendo a calma. — Eu não sei o que aconteceu e acho que você não está com vontade de comentar também, mas espero que as coisas se resolvam entre você e o Jungkook. Sempre notei que o sentimento entre vocês era bem forte.