- Eu acredito na América. A América fez a minha fortuna.
Era o que dizia o homem de quarenta e seis anos, com um bigode fino que já possuía fios brancos dada sua idade. Suas sobrancelhas grossas fazia um contraste com sua feição séria. As linhas de expressão de seu rosto estavam enrugadas demonstrando sua aflição unindo harmonicamente com as palavras que ditava cautelosamente, mesmo estando claramente desesperado.
Seu terno caro e preto festivo se ornava com a sala escura com tons vermelho sangue. Sua postura ereta sentada na cadeira de couro indicava que era um homem que possuía valores e pequenos dotes.
Todos que estavam presentes no recinto prestavam total atenção no que o senhor dizia. E quando ele respirou fundo para prosseguir com o que tinha que falar, o eco de sua voz foi gigante cortando o silêncio de forma quase vingativa, como se abatesse seu inimigo. O que fazia um grande contraste com a festa infantil que se dava para ouvir quase de forma sussurrada que acontecia lá fora. A sala possuía muita segurança, principalmente sonora.
O silêncio naquela sala demonstrava que o que ocorria lá, deveria ficar lá, e jamais sair daquelas paredes.
- E eu eduquei minha filha ômega à moda americana. Dei liberdade a ela, mas lhe ensinei a nunca desonrar a família.
Seus dizeres demonstravam firmeza, uma sinceridade escancarada. Afirmava até com um certo orgulho. E novamente após sua pausa que se ornou com o silêncio, o velho senhor prosseguiu em forma de negação e insatisfação.
- Ela arrumou um namorado, ele não era Italiano como nós. Ela ia ao cinema com ele e chegava tarde; Eu nunca reclamei. Há dois meses, ele a levou para passear com um amigo. Eles fizeram ela tomar uísque e tentaram abusar da minha filha. Ela resistiu, manteve a sua honra.
O velho senhor outra vez respirou fundo, estava irado, perdendo a tranquilidade e calmaria aos poucos, a cada palavra dita, como se uma bomba relógio estivesse prestes a estourar naquela sala silenciosa e escura.
Mas caso estourasse, ele deveria se conter, porquê o que acontece naquela sala, jamais poderá sair de lá.
Um dos homens presentes se aproximou colocando um copo de vidro com água de forma abrupta na mesa para o velho senhor se acalmar, sua vestimenta não era condizente com o ambiente e a situação que se estendia.
Ele usava um terno branco todo rabiscado, com marcas de mãos e bonequinhos de palitinhos. Os desenhos demonstravam que as crianças que fizeram aquilo não possuíam nem dez anos de idade.
O senhor semicerrou um pouco os olhos olhando torto para o homem e bebeu um pouco do líquido dando continuidade ao que dizia.
- Então, eles bateram nela como se bate em um animal. Quando fui ao hospital, o nariz dela estava quebrado, o queixo despedaçado, preso com um arame. Ela não conseguia nem chorar por causa da dor. Mas eu chorei.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Poderoso Alfa 「Jikook • ABO」
Fanfiction[Jikook] [ABO] [Mpreg] Jeon Jungkook vem de uma família mafiosa, o atual jovem alfa lúpos líder da máfia italiana é conhecido por todos como um homem frio e meticuloso, que não rege esforços para se manter no poder. Seu império foi construído a bas...