none compares to you.

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Pov Catherine - 2007

Já havia perdido as contas de a quanto tempo eu estava ali, tentando entrar em contato com William.
Os poucos minutos já haviam se tornado horas e todos já tinham ido dormir, mas eu ainda estava ali, tentando e tentando enquanto deixava diversas mensagens e fazia diversas ligações que nunca eram atendidas.

William estava passando o ano novo com a sua família, mas naquele horário, provavalmente todos os adultos responsáveis já tinham ido dormir, principalmente a sua avó. Os únicos acordados com certeza eram William, seu irmão e seus primos.

Só Deus sabe do que eles eram capazes de fazer em um horário como esse, sem nenhuma supervisão, na virada do ano.

Porém, essa era a primeira vez que eu passava por uma situação como essa em um dia como esse.
Nós tínhamos concordado em passar datas de final do ano como natal e ano novo com as nossas famílias. Era cedo demais para misturarmos as coisas, e apesar de eu não ter dúvida alguma sobre o que sentia pelo meu namorado, achava inapropriado me misturar com a sua família enquanto éramos apenas namorados, mesmo com nosso o relacionamento sério e com todos sempre terem me tratado super bem. Principalmente o seu pai e a sua avó.

Naquela momento em 2006, 2005, 2004 e até mesmo em 2003, eu já estava dormindo tranquila pois William já tinha me ligado e desejado um feliz ano novo.
Mas não era a primeira vez que eu estava ali, fazendo papel de trouxa novamente e tentando entrar em contato com William enquanto diversas coisas se passavam em minha mente.

Recentemente essas situações estavam acontecendo com frequência, e apesar de em todas as vezes no final das contas William só ter se esquecido de me avisar ou ter ficado bêbado demais antes de hora, a pior das hipóteses sempre era a que prevalecia em minha mente até eu ter notícias sobre o paradeiro de meu namorado.

Nos últimos anos, mesmo quando William viajava a trabalho ou não, ele entrava em contato comigo, principalmente para me avisar que começaria a beber e a se divertir, mas que iria se cuidar - ou pelo menos tentar - para me deixar calma.
Agora ele estava em qualquer lugar do mundo enquanto eu estava trancada em meu quarto a mais de duas horas lhe ligando sem parar.

Até mesmo ligar para o seu irmão eu já tinha ligado, quatro vezes, aliás. E por mais que a chance de Harry perder a consciência que ele mal tinha quando estava sóbrio ser bem maior do que isso acontecer com William, eu ainda estava tentando entrar em contato com o meu namorado de alguma maneira.

Droga, eu o amava.
Como amava.
E odiava a sensação de não saber o que ele estava fazendo e onde estava fazendo.

Sim, eu confiava em William. Não confiava em suas companhias.

Depois de talvez... cinquenta tentativas? Sessenta? Setenta?
Depois de muitas, muitas tentativas, respirei fundo e desisti completamente de ligar para William ao perceber que faltavam apenas duas horas para o amanhecer do dia.

Me levantei, vesti o meu pijama e deitei em minha cama tentando pensar em tudo, menos em William.
O que era praticamente impossível quando ele era no momento a única coisa que me importava e me preocupava.

Acabei pegando no sono sem ao menos perceber, acordando graças a claridade do cômodo e demorando longos instantes para me levantar, tentando raciocinar tudo o que tinha acontecido na noite anterior.

A primeira coisa que fiz quando me levantei foi ver se havia alguma mensagem ou ligação perdida de William, mas tudo o que encontrei foi o mesmo que tinha visto na noite anterior: nada.

Todo o meu período matinal se resumiu em fazer várias pausas em tudo o que eu fazia para ligar para William e conferir se havia alguma mensagem do mesmo, mas a minha resposta sempre era a mesma.

Um casal dentro de um Palácio.Onde histórias criam vida. Descubra agora