Prólogo

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As vezes na vida tudo tem um recomeço, todas as pessoas falam disso e eu simplesmente não sei o que é.
Pra min, eu continuo no fundo do poço e não consigo sair, as vezes acho que... tem dias em que nem parece que existo, mas tem outros que me fazem pensar em viver e aproveitar a vida, e aí volta novamente a melancolia que nasceu em mim e parece não ter fim...
É estranho, olhar para pessoas solares e ver o quanto elas brilham e tem energia pra aproveitar o dia. Posso não ser esse tipo de pessoa, mas admiro elas e o que elas conseguem fazer, e se um dia eu virar uma pessoa solar, terei orgulho e não deixarei voltar está melancolia ...

Assim, termino de escrever em meu diário o que sinto no dia como a minha psicóloga falou, parece besteira pra muitas pessoas mas me tira um peso enorme dos ombros, porque, não é fácil ser uma pessoa com fobia social, tímida e ainda por cima de baixa alto estima; as vezes era difícil confiar todos os meus sentimentos e pensamentos as outras pessoas e escrever todos eles, me causava certo alívio, pois eu sabia que alí ninguém iria me julgar.
Coloco os pensamentos no lugar e decido me arrumar para mais um dia de estudo, ir a faculdade era assustador, entretanto eu sabia que era necessário para o meu futuro, então nada de reclamação e vida que segue. Tomo um banho de água fria, visto a minha roupa e vou pra frente do espelho enquanto penteio os meus cabelos, isso virou meio que uma rotina que estava tentando adquirir, era uma forma de sempre me olhar e ver que eu não era aquele monstro que tinha sido implantado na minha cabeça.  Depois de ter o cabelo devidamente penteado, repito afirmações positivas para minha pessoa e resolvo que já está na hora de ir a faculdade; pego a minha bolsa, observo os materiais e checo se está tudo okay.
Saio do quarto e vou diretamente para a cozinha, meus pais já estão lá tomando o café da manhã e conversando.

-Bom dia família!

-Oi querida, boa dia! Gostei da sua roupa!- diz meu pai, sorrio de agradecimento enquanto faço uma pose espalhafatosa.

-Ola Filha, acordou mais cedo hoje!?-fala minha mãe.

-Pois é, Dona Marta, tenho que começar a ser mais pontual e hoje quero passar na biblioteca da faculdade, então acho que ir mais cedo faz com que eu não me atrase para a aula.

-Hum, muito bem filha, a sua mãe quando era da sua idade já pensava de outra forma.

-Que história é essa Henrique, não acredite em tudo o que o seu pai diz, se ele fala algo ruim de mim, acredite ele era muito pior.

-Nem você acredita nas suas palavras meu Amor-diz ele gargalhando e começo a gargalhar junto com ele.

-Vocês estão em um complô não é mesmo, aí que vida triste sem a minha outra bebezinha aqui, porque ela teve que fazer uma faculdade tão longe - Diz minha mãe com seu drama habitual.

- Nem me fale, estou com saudades dela.

- Todos estamos, mas era isso que aquela doida da sua irmã queria, e sabemos que ela não ficaria feliz aqui; presa em um lugar, mas pensando em outro. - diz papai triste.

- Enfim, família, a conversa já está começando a ficar triste e não vamos deixar isso abalar o dia, a Vênus está bem lá e é isso que importa, agora, vou só pegar essa maçã e ir embora porque o dia hoje vai ser corrido, beijos para vocês dois, bom dia e tenham um bom trabalho.- pego a maçã, dou um beijo na cabeça de cada um e vou saindo da cozinha e indo para a porta da sala.

-Beijo filha, te amamos.-Grita o meu pai.

-Presta atenção na rua e cuidado, a mamãe te ama- Grita minha mãe acenando.

-Como elas crescem rápido não é Henrique, até pouco tempo eram uns bebês- Diz dona Marta.

-Eu sei Marta, eu sei- abraça a mulher enquanto olham da janela a filha se afastar.
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Mesmo que o mundo seja difícil, respire fundo, coloque pensamentos positivos em sua cabeça, se olhe no espelho e veja o ser humano mágico que você é.

Desejo a vocês um Bom dia, boa tarde ou boa noite!
Fiquem bem!

Ass.: Clara

Fases da luaOnde histórias criam vida. Descubra agora