"bakugou-kun" | cap. único

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Já era dia. O Sol brilhava fortemente no topo do mundo, iluminando tudo e aquecendo todos. Os raios brilhantes e sapecas se perdiam do astro rei e invadiam as moradias escurecidas de todos os cidadãos. Algumas pessoas já abriam à janela e davam boas-vindas a luminosidade natural, já outras resmungava e tentavam fugir da claridade que incomodava seu sono.

Izuku era uma das pessoas que tentava fugir.

— Já é dia? — o adolescente resmungou, levantando-se lentamente do colchão macio e quente. — Deus, parece que eu bebi todo o álcool do mundo — resmungou.

O esmeraldino não era uma pessoa matinal. Para ele, quem acorda antes das 10h está se matando. Contudo, ele ainda era um quase adulto que precisava estudar se quisesse tornar seu sonho realidade e não apenas um devaneio.

Hoje, porém...

— Como eu não vou chamar o Kacchan de Kacchan?

Sua voz lamentável era quase palpável.

Ele não sabia como faria isso, mas daria um jeito. Tinha que parar com essa mania de chamar o loiro de um jeito tão infantil. Quando esse apelido surgiu, eles ainda eram crianças, é compreensível. Mas agora não tinha desculpas. Izuku já tinha 17 anos na cara, faltando poucos meses para ser legalmente um adulto. Katsuki já tinha seus 18 anos e, portanto, provavelmente estava muito incomodado por ser chamado de uma coisa tão boba.

Izuku respirou fundo e segurou na mão de Deus. Era tudo ou nada.

[.𓍢ִ໋🌷͙֒ ᰔᩚ.]

A sala do 3-A estava como sempre: barulhenta. Todos estavam conversando alegremente, já que a aula aínda não tinha começado e Aizawa-sensei nem se quer tinha chegado. Estava um clima alegre, contagiante. Mas tudo acabou quando Katsuki entrou na sala e Izuku, sendo o anjo que é, já logo abriu seu lindo sorriso de mil sóis e cumprimentou seu melhor amigo de infância dizendo:

— Bom dia, Bakugou-kun!

A sala toda ficou em silêncio e várias cabeças chicotearam em direção a Izuku. Fora como se o mundo tivesse parado. Katsuki estava congelado e sem reação, olhando para Midoriya como se este tivesse cometido o maior crime do mundo todo e além dele.

— Mido? Você tá legal? — Mina pergunta, com preocupação, quebrando o silêncio agonizante.

— Sim, uai? O que foi, gente? — Midoriya perguntou inocentemente, inclinando a cabeça para o lado como um coelhinho confuso.

Chamar Bakugou pelo nome foi realmente tão estranho?

— Você quer que eu te acompanhe até a enfermaria, querido? — Yaoyorozu também perguntou, olhando para Izuku como uma mamãe preocupada olharia para o filho.

Midoriya emiti um barulho confuso. — Gente? Eu estou bem! Por que vocês estão agindo assim?

Não deu tempo de ninguém responder. Bakugou marchou até Izuku numa velocidade alarmante, empurrando a cadeira de outro como se fosse derrubá-la no chão, o que não aconteceu, e ficou segurando o encosto do assento. Ele ficou ali, olhando para Midoriya com estranheza.

— Que porra foi essa? — gruinhiu.

— O que foi, Bakugou-kun? — Midoriya realmente não estava entendendo nada.

Todos podiam ver o tique nervoso no olho direito de Katsuki, e vários alarmes soaram em seus cérebros. E isso foi totalmente certo quando Bakugou puxou Izuku pela parte de trás do pescoço, agarrando fortemente a nuca do mesmo.

— Bakugou! — Izuku gritou, alarmado pela movimentação brusca.

A aura do loiro ficou mais absurdamente esmagadora e sombria, todos pareciam conseguir ver as ondas negras vazando de Katsuki. Ele parecia está fazendo muito esforço para não explodir alí mesmo.

apelidos | bakudeku (✓)Onde histórias criam vida. Descubra agora