𝐔𝐌 𝐂𝐇𝐄𝐈𝐑𝐎 𝐄 𝐔𝐌 𝐒𝐀𝐁𝐎𝐑

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UM CHEIRO E UM SABOR
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𝕆𝕚𝕖 𝕡𝕣𝕚𝕟𝕔𝕚𝕡𝕒𝕤 𝕖 𝕡𝕣𝕚𝕟𝕔𝕖𝕤𝕠𝕤! ⠀ ⠀
𝕋𝕦𝕕𝕠 𝕓𝕖𝕞?!⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Hoje é um dia muito especial!⠀⠀
Estou aqui por eles e por ela ⠀⠀
a bolinho Little Cake ⠀⠀⠀ ⠀⠀
(sendo redundante) ⠀⠀⠀⠀⠀
parabéns meu xêrin,⠀ ⠀⠀⠀
vou estar sempre aqui por você.⠀
Feliz aniversário!⠀⠀⠀⠀⠀⠀

Sem mais delongas, boa leitura! ⠀
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A tarde tranquila passava devagar, em um lado, o dono dos cabelos mais lindos que Satoru já havia visto, carregava uma caixa com os mais frescos botões de rosa, para serem embalados e arrumados nos arranjos. Suguru riu do jeito bobo que o outro o olhava, completamente ciente que era observado, mesmo sem demonstrar o fato.

Ambos trabalhavam meio período em uma pequena floricultura, apenas para pagar suas contas da vida universitária. Eles viviam no campus e eram vizinhos de dormitório. Satoru foi quem havia arrumado aquele trabalho para o outro. Embora muitos dizerem que aquele emprego era de fachada — afinal o jovem era o futuro herdeiro da marca Gojo e não precisava daquilo — para Satoru era mais que uma coisa, ficar ali era uma prova que não queria o dinheiro da família. E de fato, não queria mesmo.

O albino arrumou o corpo, quebrando o contato visual com o moreno,  quando a sineta da entrada tocou. Olhou para duas pessoas que adentrava, procurando com os olhos algo que Gojo estava prestes a descobrir. Um deles era um rapaz que estava visivelmente tímido e era acompanhado por uma moça claramente agitada. Eles não pareciam um casal, mas quem era o albino para julgar, porém era difícil de acreditar, visto que a jovem agora chamava o rapaz de tonto e lhe dava um tapa certeiro e dolorido no ombro.  No meio da confusão, avistaram Gojo parado, atrás do balcão, e foram até ele.

— Olá, o que posso fazer por vocês nessa tarde agradável? — O funcionário perguntou e,  antes que o garoto respondesse, a jovem o fez.

— Estamos procurando um arranjo perfeito para o crush do meu amigo.

O seu acompanhante corou até o último fio de cabelo.

— Você tem algo em mente? — O albino perguntou.

— Não — dessa vez, a voz fraca do garoto que foi ouvida. — Na verdade, eu nem sei se ele gosta de flores.

Satoru sorriu, de fato muitas pessoas não gostavam, mas se bem sabia, era sobre o momento da entrega, isso que fazia toda a diferença.

— Certo, você pode ir com o comum, preferir rosas, as vermelhas sempre enchem os olhos.

A moça logo concordou, mas o pobre apaixonado ainda estava em dúvidas. Gojo olhou para Geto que agora encarava de longe a cena e sorria como se soubesse das inseguranças do jovem cliente.

Suguru sentia um misto de borboletas e arrepios ao encarar os olhos vividamente azuis. Ele sabia que o outro eventualmente mantinha aquele olhar nele e tinha certa noção dos sentimentos alheios, mas seu medo de estragar o que eles tinham era grande demais para fazê-lo confessar o que, por sua vez, lhe assolava o peito e criava aquelas malditas borboletas. Ele gostava de Satoru há um tempo e sempre se perguntava quais flores o albino desejaria ganhar. Pensou por um tempo que eram as rosas mais coloridas e vibrantes, mas na verdade ele havia descoberto que o outro gostava de coisas simples. Flores campestres, daquelas que apareciam nas beiras de estradas, essas eram as preferidas do homem, que agora o olhava com um sorriso simples. Cúmplice.

𝐄𝐍𝐓𝐑𝐄 𝐀𝐒 𝐅𝐋𝐎𝐑𝐄𝐒Onde histórias criam vida. Descubra agora