baby, i'm yours. | a licão [ the glory ]

1. restaurante chique.

O primeiro encontro havia sido intenso. Ha Do Young, que passou toda sua vida tendo seus pensamentos reprimidos em sua própria mente, foi impulsivo pela primeira vez. Por ela. Por Moon Dong Eun. Mas quem poderia culpá-lo? Dong Eun era tão bonita que assistí-la jogando Go poderia ser um estímulo até para aqueles que não conheciam o jogo.

Então, por coincidência, ele a encontra numa loja de conveniência. Sozinha. Encarando a rua. Era um sinal, o cético Do Young pensou. E foi ao encontro dela mais uma vez. Mesmo que friamente tratado, Do Young não pensava em outra coisa além de permanecer ao lado de Dong Eun. Porém, Moon Dong Eun não queria mais que provocá-lo e o deixar curioso, então ela o deixou para trás mais uma vez.

Quando planejou sua vingança e envolveu Ha Do Young, ela o via exatamente como todas as outras pessoas: um homem frio, esperto e calculista. Ela não cogitou a idéia de conhecer um lado diferente dele. Mas conheceu.

— Não esperava que o senhor me ligasse tão cedo. – Dong Eun disse, após alguns breves minutos de silêncio, enquanto colocava o cardápio do restaurante na mesa. Ha tinha a deixado ansiosa com a atitude surpresa de chamá-la para um jantar, ela sequer conseguia ler as letras minúsculas que havia no cardápio.

— Mas esperava que eu ligasse, não é? – Ele prontamente a respondeu.

— Uma hora ou outra. – Ela deu de ombros, cruzando suas pernas embaixo da mesa, e ela poderia jurar que um sorriso havia se formado no rosto de Do Young por um milésimo de segundo. – Mas para uma partida de Go, não para um jantar chique. Você sabe que não como nesses lugares.

— Oh, eu sei. – Ele confirmou com a cabeça. Um frio em sua barriga surgindo com a realização de que ela havia notado que ele realmente sabia um pouco dela. Ele realmente havia pensado demais em Dong Eun durante aquele curto período de vinte e quatro horas. Primeiro, ele pensou que ela era magra demais e tinha lábios carnudos, mas esbranquiçados, talvez por falta de nutrientes. Depois, ele lembrou que ela o contou sobre o hábito de comer comidas baratas em lojas de conveniência. Ela não se alimenta bem, ele concluiu. E aquele restaurante, que ele havia escolhido tão minuciosamente, era seu favorito. A comida era gostosa e fazia qualquer um querer mais. Era o lugar perfeito para levá-la. – Mas, confie em mim, você não vai se arrepender de ter aceitado esse convite.

— Oh. – Um riso convencido partiu da garganta de Dong Eun, fazendo Do Young arquear a sobrancelha. – Eu sei que não vou. Mas você? – Ela deu uma pausa dramática, olhando no fundo dos olhos de Do Young. – Você sim pode se arrepender disso.