Prólogo.

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Ano novo, fic nova! E dessa vez do meu casal e série fav: Avatrice/WarriorNun.
Não vou ficar prolongando muito, então só espero que vocês curtam essa história, comentem bastante e embarquem comigo nessa loucura! Quero agradecer a Kah, que postou o vídeo e me ajudou e ajuda nas ideias dessa fic. Então let's bora!
Qualquer dúvida, sugestão, comentário, me chamem no twitter: sfvbrie.

P.S: A fic será atualizada com dois capítulos por semana!

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Espanha – 2014.

Apesar da primavera e das flores colorirem as ruas da cidade, o dia estava bastante chuvoso, mas nada que atrapalhasse o que Suzanne iria fazer. Com a sua aparência séria, roupas nada comuns para quem vai visitar um orfanato, ela entrou apenas retirando a arma do seu coldre lateral e o depositando sobre o balcão assustando uma freira que estava ali, seu olhar arregalado e respiração assustada não intimidaram a mulher, que apenas suspirou desviando o olhar.

- Gostaria de falar com a supervisora, gerente ou assistente de Deus. – Voltou a olhar para a jovem freira, que apenas apertou um botão sob o olhar atento da mulher. – Enfim, diz que é urgente.

O lugar era grande, com imensas janelas e corredores, parecia uma antiga mansão daqueles filmes de suspense, mesmo com uma certa precariedade no local, parecia ser um lugar confortável, bom, só parecia mesmo, pois pela careta de desconforto que Suzanne fez ao se sentar em uma das poltronas, só comprovava que o restante deveria ser pior. Não demorou muito e uma freira com o mesmo ar de seriedade apareceu fazendo a mulher se levantar e respirar fundo, ambas trocavam olhares superiores, mas Frances quem abaixou a guarda para a mulher, talvez por medo do que ela seria capaz ou por apenas querer respeitar as leis da Igreja.

- Em que posso ajudar? – Perguntou de forma amigável com as duas mãos a frente do corpo.

- Vim buscar a garota. – Passou pela freira, que a acompanhou em reboque.

- Finalmente! – Ela disse em uma animação nada disfarçada, fazendo o estômago da mulher a sua frente embrulhar. – Ela vai ter uma família, estou tão feliz. – Não, ela estava aliviada e Suzanne podia sentir isso.

Ao entrarem no quarto, Suzanne parou e nada fazia aquela mulher parar e ficar no estado em que ela estava, fragilizada. Por mais que ela estivesse deitada e com uma expressão serena, a mulher podia ver o sofrimento de Ava naquela cama, ela havia lido a sua ficha quando a Dra. Jillian Salvius ficou sabendo da situação da menina: acidente de carro, pais mortos e uma menina tetraplégica. Mas para Suzanne, Ava deveria estar recebendo um tratamento adequado, mas não estava, o quarto era precário, escuro, a cama desconfortável com lençol, coberta e travesseiro puídos, na parede ao lado de sua cama, havia cartões postais de lugares que Ava provavelmente iria ou sonha em visitar um dia. Os olhos da mulher estavam brilhando devido as lágrimas, era apenas uma criança. Ela se aproximou lentamente da beirada da cama e sorriu para a jovem Ava, que ao abrir os seus olhos curiosos e sorrir fraco, não pensou duas vezes em beijar a testa da menina.

- Gostei da sua roupa, é muito legal. – Ela disse quando a mulher se afastou sorrindo.

- Você pode ter uma se quiser, você quer? – Olhou para a menina, que concordou em murmúrio. – Certo, então vamos embora daqui.

Com uma certa ansiedade e desespero, Suzanne arrancou aquele cobertor do corpo de Ava e a pegou no colo sob o olhar atento de Frances, que apenas se afastou dando espaço para a mulher sair pelo corredor de forma autoritária, fazendo Ava sorrir enquanto olhava para a mulher. Seu cabelo estava preso em um rabo de cavalo, no rosto uma cicatriz de corte na mandíbula esquerda, Ava estava admirada por aquela mulher, talvez por ser uma pessoa diferente que ela vê em dois anos presa naquele orfanato ou por talvez estar saindo daquele orfanato com ela. Suzanne parou em frente ao balcão e apenas olhou para a jovem freira, que veio com uma certa pressa colocar a arma em seu coldre de forma um pouco desajeitada, fazendo ela sorrir com o canto dos lábios, Ava gargalhou fazendo o ambiente monótono ganhar vida e Suzanne sorrir e por incrível que pareça, o sol dar sinais de vida – Talvez essa menina seja o milagre que Jillian falou – Pensou a mulher ao acomodar a jovem Ava na maca confortável que a Dra. havia mandado na van de seu laboratório.

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