Capítulo 11 - A casa dele

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Aquela aberração ainda estava com um espeto de ferro enfiado na sua cabeça e mesmo assim conseguia se mexer,a Coisa se levantou e se sacudiu toda antes de sorrir e sair correndo para algum lugar da casa. Aquilo era só o começo,o começo de algo que com certeza se tornaria muito pior.

- TEMOS QUE SAIR DAQUI!AGORA!!! - grito e seguro meu braço machucado

- Puta merda!O seu braço! - Richie fala ficando histérico

- Eu estou bem!Não foi tão profundo assim. - falo tentando não gemer de dor a cada instante

- Não foi tão ruim?!Aquela coisa ia arrancar o seu braço!!! - Eddie falou surtando e depois pegou sua bombinha e a apertou contra sua boca

- Só... Só vamos embora logo gente. - Stanley diz com sua bicicleta em mãos

Pego minha bicicleta e limpo meu rosto que está coberto de sujeira e molhado de lágrimas,Bill aparece em seguida dizendo que no porão da casa está o poço velho onde há muitos anos atrás encontraram os restos de pessoas.

- E-E-Ela fica no porão!Na pr-pro-próxima vez pegamos ela! - Bill diz e eu nego desesperadamente com a cabeça

- Eu não vou fazer isso de novo! - falo e volto a chorar - Não vai ter próxima vez! Nós estamos assustados Bill, você não vê? Ninguém quer fazer isso de novo.

- M-Mas... - Bill tentou dizer e eu o intereompi

- NÃO BILL!EU QUASE MORRI LÁ DENTRO!AQUELA COISA TENTOU ARRANCAR A PORRA DO MEU BRAÇO FORA!!! - grito chorando e pressiono o ferimento em meu braço - Eu não consigo mais fazer isso,eu tô com medo. Eu não quero morrer!

Eddie põe a mão em meu ombro e eu suspiro recuperando o fôlego, na hora de ir embora fiquei aliviada de finalmente estar longe daquela maldita casa, passamos primeiro na casa minha e do Eddie,já que minha situação era bem ruim. Não demorou muito para minha tia aparecer e xingar todos os nossos amigos e dar um bronca em mim.

Ela enfiou meu primo dentro do carro e quando chegou a minha vez de entrar no carro eu saí correndo para longe.

Eu queria ver Victor,pouco me importava em estar toda suja e o meu braço sangrando. Precisava ver a única pessoa que não iria me criticar ou me colocar em um plano suicida.

Fui até o fliperama da cidade,as pessoas olharam para mim assustadas e começaram a sussurrar, provavelmente criando teorias de como eu fiquei assim. Fui até a parte onde fica a pipoca e doces e o vi lá sozinho sem a companhia de seus amigos.

Ele olhou brevemente para mim na primeira vez sem ter me reconhecido,depois me olhou novamente quando percebeu que era eu. Largou seu balde de pipoca e foi até mim.

- S/n?!O que aconteceu?! - ele pergunta e passa a mão em meu rosto e depois percebe meu braço sangrando - O seu braço!Quem fez isso com você?Eu juro que se eu pegar a pessoa...

- Victor... - falo e sinto meus olhos ficarem marejados

- Vamos sair daqui,vem comigo. - Victor diz e segura minha mão e saímos do fliperama

- Onde vamos? - pergunto e sinto ele fazer um carinho em minha mão com seu polegar

- Pra minha casa,vou cuidar de você. - ele responde e atravessamos a rua - Não é muito longe daqui, quando...Quando chegarmos lá nós falamos sobre isso ok?

A casa dele realmente não era muito longe,quando chegamos eu percebi que era simples mas bem cuidada. Entrei dentro da casa depois de Victor e ele me levou até o seu banheiro,me sentei encima da tampa da privada e tirei meu tênis e meia.

- Vou procurar algo pra você vestir,já volto. - ele fala e sai do banheiro

Tirei minhas roupas e liguei o chuveiro,me sentei na banheira e abracei meus joelhos enquanto esperava ele voltar. Observei a água ficar cinzenta assim que entrava em contato com minha pele. Esfreguei meu braço machucado algumas vezes,estava coçando e eu tentava tirar o sangue seco.

Me peguei pensando o que aconteceria se eles não tivessem chegado a tempo,eu iria me tornar mais um dos desaparecidos,pensei em como minha mãe ficaria se soubesse que eu sumi e isso me deixou mais assustada ainda,queria ir para casa e pedir desculpas para minha mãe,pedir desculpas por ter quase morrido e por sempre me meter em confusão.

- Voltei, trouxe algumas roupas minha e bom...Aqui em casa só tem calcinha da minha mãe mas acho que você não gostaria de usá-las então pode usar uma de minhas cuecas e... - Victor falava mas parou quando me viu na banheira e desviou o olhar em seguida - Foi mal, deveria ter batido na porta,vou esperar você terminar seu banho e...

- Vic,fica aqui. - peço e ele continua encarando o chão evitando olhar meu corpo e se senta no chão ao lado da banheira

- Quer falar sobre o que aconteceu? - ele pergunta e eu suspiro

- Você lembra daquele dia da sorveteria?Eu disse que tinha algo aqui em Derry e essa coisa quase arrancou meu braço hoje... - falo e vejo o Victor me encarar preocupado - Fomos para a toca desse bicho mas não o matamos e Bill quer tentar de novo. Não quero fazer isso de novo Vic,estou com medo.

- Você não vai fazer isso de novo,se ele te forçar eu acabo com a raça desse gago de merda. - ele diz e coloca a mão em meu rosto - Vou proteger você,juro que vou.

- Mas eu não sei se quero desistir disso,aquilo tá matando crianças. - falo e vejo Victor franzir o cenho - Eu quero ajudar, quero muito mas estou com medo de nunca mais ver você,a Coisa ela se transforma em coisas que você tem medo e eu...Eu vi...

- O que você viu? - ele pergunta e eu olho para o lado

- Eu vi...Vi você morto. - respondo e Victor segura meu rosto - Eu não quero que isso aconteça,você é o primeiro que me fez me sentir especial,que me fez...

Antes mesmo de eu conseguir reagir ele me puxa para um beijo, provavelmente tentando me consolar. O puxei para mais perto com medo de me separar e perder esse contato. Assim que nos separamos ele encostou a testa na minha e suspirou.

- Eu te amo,S/n. - ele diz e sorri - Amo você até mesmo toda suja.

- Eu também te amo,Vic. - falo e ele me dá um selinho

- Não demore muito no banho,quero cuidar de você. - Victor diz e saí do banheiro

Quando finalmente tomei coragem e saí da banheira coloquei as roupas que Victor me deu,uma blusa preta e uma de suas cuecas,fomos para a sala e eu me senti no sofá ao lado dele que já me esperava com uma atadura e álcool. Ele enfaixou meu braço e eu sorri com a lembrança que isso me trouxe,quando nós começamos a conversar.

Não queria voltar para casa e Victor nem contestou sobre isso,deitei minha cabeça em seu colo enquanto víamos Tv. Quando começou a anoitecer fomos para seu quarto,observei bem o ambiente,tinha vários pôsteres de bandas de rock e algumas roupas jogadas no chão.

Assim que deitei em sua cama,ele ficou encima de mim e me beijou novamente. Sentia a sua mão em minha cintura as vezes fazendo um carinho no lugar e as vezes a apertando,coloquei minhas mãos em seu cabelo e o mantinha próximo de mim enquanto nos beijamos,seu toque me deixava viciada e carente por mais.

E naquele mês de férias de verão,onde quase fui morta e me meti em brigas com Henry Bowers, Victor Criss declarou seu amor por mim e se tornou meu namorado. Para mim ele era o suficiente e nada mais importava.

Fim do décimo primeiro capítulo!!!
Olá meus cheirosos,sim eu mudei o apelido de vocês. Bom,chegamos ao fim de mais um capítulo, finalmente Victor se tornou o homem de vocês podem ficar com ele,aceitem meu sacrifício 😭
(Primeira vez que estou contente com um capítulo romântico)
Amo vocês, não se esqueçam de clicar na estrelinha 💜💜










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⏰ Última atualização: Jan 15, 2023 ⏰

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𝐒𝐮𝐦𝐦𝐞𝐫𝐭𝐢𝐦𝐞 - 𝐕𝐢𝐜𝐭𝐨𝐫 𝐂𝐫𝐢𝐬𝐬Onde histórias criam vida. Descubra agora