"Finn." Robin chamou, interrompendo o que Finney falava.
"Sim?" O loiro o olhou atentamente.
"Você já beijou um garoto?"
"Não, eu nunca... beijei um garoto." Finney disse, desviando o olhar. "Nunca beijei ninguém, na verdade."
"E você tem interesse...
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"Mãe, posso ir com você?" Finney perguntou, descendo as escadas de pijama e abraçando seu ursinho de pelúcia. "Por favooooor." Fez beicinho.
"É impossível dizer não pra essa carinha." A senhora Shaw fez uma voz de bebê e apertou a bochecha do filho. "Vai se trocar, e desce pra tomar café."
Finney bateu palmas enquanto dava pulinhos animados. Era a primeira vez que iria ao emprego de sua mãe. Correu pro seu quarto e escolheu uma roupa, em seguida tomou banho e escovou os dentes.
Finn pegou seu ursinho de cima da cama e desceu as escadas correndo, por sorte não caiu, como sua mãe sempre dizia que um dia iria acontecer. "Mãe, mãe, posso levar o Bobby?"
A mais velha riu. "Claro, meu amor, você pode levar seu filho."
O 'Bobby' ou o 'filho' de Finney era o urso, ele tinha a pelúcia desde seus 8 anos.
Finn havia pedido pra sua mãe um cachorro, mas a senhora Shaw disse que Finney ainda não tinha responsabilidade pra cuidar de um animal, então deu o ursinho pro mais novo.
"Ebaaaa!" Finney comemorou.
"Vem, mocinho, senta aqui." A mãe de Finney puxou a cadeira pro mesmo se sentar.
A senhora Shaw colocou em frente à Finney um prato com waffles e alguns morangos, junto com um copo de nescau.
[...]
Ellen estacionou o carro em frente à uma casa enorme, que deixou Finney boquiaberto. Desligou o carro e deu a volta no veículo, abrindo a porta pro filho e tirando seu cinto de segurança.
"Uau. Você trabalha mesmo aqui?" Finney perguntou, como se não acreditasse. "Parece um castelo!"
"Sim, parece." A senhor Shaw sorriu, achando a reação de Finney uma graça. "É muito lindo, né?"
"Hurum." Finney murmurou.
Ellen pegou na mão do pequeno e começou a caminhar até porta da frente, em seguida abrindo-a com a chave.
A senhora Arellano havia lhe dado uma chave, para que não precisasse tocar a campainha e ficar esperando.
Finney havia agarrado o braço da sua mãe, um pouco desconfortável com o ambiente novo.
Caminharam até a cozinha, e a senhora Arellano e seu filho estavam tomando café.
"Bom dia, Susana." Ellen cumprimentou, com intimidade suficiente pra chama-la pelo primeiro nome.
Finney estava escondido atrás da mãe e apertando seu ursinho em seu braço, envergonhado com dois pares de olhos em cima de si.
"Bom dia, Ellen. Quem é esse menino bonito?" A senhora Arellano sorriu gentil.
