Prólogo

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"A vida me ensinou a nunca desistirNem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir

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"A vida me ensinou a nunca desistir
Nem ganhar, nem perder, mas procurar evoluir."
(Dias de luta, dias de glória - Charlie Brown Jr.)

Inglaterra, semanas antes da Copa do Mundo.

Solidão.

Matheus nunca se sentiu totalmente sozinho. Desde que tinha iniciado a carreira no futebol, sempre estava acompanhado de seus pais, seu irmão ou seus amigos.

Isabella passou longos oito anos com o camisa 10 do Tottenham. Entre trancos e barrancos, eles não se amavam à muito tempo. Ela fingia que o apoiava nas decisões que ele tomava na carreira, e ele fingia que podia levar aquele relacionamento à diante. Tudo por conta da solidão...

Seus pais ficavam na ponte aérea entre Brasil/Inglaterra. Uma semana estavam em terras brasileiras e em outra em terras inglesas. Seu irmão vivia com uma papelada para ler e assinar, já que cuidava da carreira de Matheus. E seus amigos sempre estavam por perto quando podiam.

Era tudo tão... Vazio.
Silencioso demais. E isso o incomodava muito. Não gostava de se sentir ansioso e estar sozinho o fazia ficar com a mente à mil.

Fazia seis meses que Isabella tinha o largado no momento mais delicado de sua vida, desde então tudo tinha se acumulado em uma bola de neve absurda. Mas Matheus sabia que não podia deixar os problemas o dominarem, então ergueu a cabeça e imediatamente foi atrás de um terapeuta.

Estava melhorando na questão da solidão, mesmo que ainda sentisse um pouco quando estava sozinho. Seu terapeuta disse que levava tempo para certas feridas se curarem, e certos medos se esvairem.

Ele tinha cortado seu cabelo, focou toda a sua atenção na recuperação da cirurgia, deixou o que não era essencial para ele de lado, e se mudou para um lugar em que, finalmente, pudesse chamar de Lar.

O jogador largou a casa exagerada onde vivia com a ex noiva e se mudou para um apartamento no centro da cidade. Era uma cobertura duplex com três quartos, incluindo dois de hóspedes.

Pela primeira vez na vida, ele decorou a sala e seu quarto com seus gostos pessoais, e se sentiu extremamente satisfeito por ter feito isso sem a ajuda de nenhuma outra pessoa.

Seu terapeuta disse que ele deveria adotar um animal de estimação. Ele queria um gato inicialmente, mas tinha medo que o coitado pensasse que pudesse voar e se jogasse da sacada em algum momento. Então focou sua atenção em um cachorro.

Ele queria muito adotar um pinscher, mas o animal tinha a alma endemoniada demais. Se Matheus acordasse de madrugada para ir ao banheiro, ou até a cozinha, e o cachorro surgisse bravo como sempre, ele largaria a casa e deixaria para o cachorro. Podia ser pequeno, mas Matheus realmente tinha medo daquele ser.

Sintonia PerfeitaOnde histórias criam vida. Descubra agora