Capitulo 2

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10 anos depois...

Meus dias já começam bem cedo. Meu filho Theo tem mania de me acordar às 06:00hrs da manhã para tomar café da manhã com ele antes de ir para escola.

– Mãe você não vem tomar café comigo? – pergunta ele me sacudindo.

– Theo amor, me dê cinco minutinhos. A sua mãe dormiu tarde ontem. – falo cobrindo minha cabeça. 

Escuto passos mais pesados no quarto quando uma segunda pessoa entrou.

– Vamos lá Theo, deixa a mamãe descansar. Já preparei o seu café. – Fala minha filha mais velha Gabi.

Gabrielle tem vinte anos desde que me separei do pai dela, tem sido uma boa filha para mim.

Ela me ajuda em tudo que pode e está sempre à minha disposição.

Nossa vida não tem sido nada fácil, mas aprendemos com nossos erros e acertos.

Tenho dois empregos durante a semana. Ajudo em uma instituição de Violência contra a mulher. E nos finais de semana cuido de minha casa. 

Por esse motivo começo os dias um pouco cansada.

– Mas eu quero tomar café com a mamãe. – reclama novamente Theo me tirando dos meus pensamentos.

– Você é um garoto mimado! – desta vez é a voz de Lucas entrando no meu quarto. Ele agora está com 18 anos e é um ótimo adolescente bastante responsável.

– Deus, vocês resolveram fazer uma festa no meu quarto? – pergunto olhando para todos com uma cara de brava que não consigo segurar por muito tempo já que Theo me enche de beijos.

– OK... Você ganhou. – digo rindo e já me levantando.

Como todos os dias tomamos café da manhã juntos antes de cada um ir fazer seus afazeres do dia.

Gabrielle vai para o seu trabalho de meio período que ela tem como secretária de uma empresa.

Lucas e Theo vão para a escola juntos.

E eu me arrumo para mais um dia de trabalho na casa dos Azevedos. Trabalho como economista do lar é só um jeito chique das madames dizer que meu serviço consiste em pagar as contas da casa e fazer as compras. Também é meu trabalho pesquisa onde encontra os melhores preços com produtos das melhores qualidades. Simplesmente compro as mesmas coisas caras, que tem valor negociável. Não vou dizer que este serviço é coisa fácil pois não é, ando bastante a pé de loja em loja, mercado em mercado para encontrar os melhores preços. Para minha sorte, gente rica também economiza. 

Também trabalho na casa dos Olivares, são pessoas maravilhosas que vem me ajudando bastante divulgando meus serviços para Sra's ricas que não querem fazer este tipo de atividades domésticas. 

Quando estou no ponto de ônibus para pegar minha primeira condição para ir para o trabalho, meu celular toca.

Procuro a coisinha gritando um toque irritante dentro de minha bolsa cheia de parafernália, quase não dando-me tempo para atender.

– Bom dia Mayara economista falando. – Atendo com minha saudação de trabalho já que não reconheço o número.

– Bom dia Sra Vanessa! Eu gostaria de uma entrevista com você. – Fala a voz do outro lado da linha e de repente meu corpo arrepia com o tom rouco da voz.

– Com quem falo por favor? E como conseguiu meu número? – O homem fica em silêncio por um momento, me deixando ansiosa por ouvir sua voz mais uma vez. Que diabos está acontecendo comigo? Desde quando fico assim por causa de uma voz?

Beleza de peso,outra vez vocêOnde histórias criam vida. Descubra agora