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Lorenzo Collalto

Falei para Maya se sentar em um banco do jatinho. Ela se sentou e rapidamente passou o cinto.

Quando o jatinho saiu do chão, Maya fechou os olhos rapidamente.

— Tem medo de altura? – perguntei para ela. Ela abriu um pouco os olhos.

— Eu nunca andei de avião – ela diz, baixinho, parecendo temer a minha resposta.

Soltei apenas um "hum".

Quando uma turbulência veio, ela abriu os olhos e olhou pela janela. Ela parecia desesperada, fechou os olhos com força e agarrou minha mão. Senti as suas unhas em contato com a minha pele enquanto ela respirava fundo.

Ela abriu os olhos lentamente e olhou para nossas mãos.

— M-me desculpa – ouvi sua voz. Ela retirou sua mão da minha e olhava as marcas que ficaram.

Apenas acenei para ela e olhei para a frente, sentindo seu olhar na minha mão, provavelmente sentindo culpa.

As horas foram se passando e nada de chegarmos. Olhei para o lado e vi Maya com a cabeça encostada na janela. Seus olhos estavam fechados, parecia dormir tranquilamente, então não a acordei para comer algo.

Quando chegamos, ela continuava a dormir. Era por volta das 2:00 da manhã. Deixei nossas malas com o segurança e a peguei nos braços.

Ela é tão leve, muito fácil de carregar. Seus cabelos caíram sobre o seu rosto, tampando a visão que eu tinha dela. Suas expressões eram calmas, não parecia estar incomodada.

Coloquei-a no banco de trás e apoiei sua cabeça no meu colo. O segurança fechou o porta-malas e entrou no carro para dirigir.

Quando chegamos no hotel, saí do carro e peguei Maya novamente. Ela dorme bastante e tem um sono pesado, já que não acordou durante o voo nem durante o trajeto até aqui.

Entrei no quarto e a coloquei na cama. Ela resmungou algo e se virou para o outro lado. Tirei os seus sapatos e me joguei na poltrona. Afrouxei um pouco a gravata e retirei meus sapatos.

Olhei para a cama novamente e Maya continuava na mesma posição. Apoiei minha cabeça para trás e fechei os olhos.

Quando acordei, coloquei minha mão no pescoço. Tinha dormido na poltrona. Olhei para Maya, que continuava a dormir, e caminhei até o banheiro.

Quando saí do quarto, deixei um segurança na porta e desci para o lobby.

Luigi tinha acabado de chegar com sua esposa. Tínhamos assuntos para tratar, então eles vieram para cá.

— Lorenzo, como vai? – Luigi estende a mão para mim, e eu a aperto em sinal de cumprimento.

— Bem, eu diria.

— Esta é minha esposa, Lia – a mulher parece estar cansada, mas apenas acena levemente.

— Vou deixar vocês se hospedarem direito – a mulher parece agradecer mentalmente, provavelmente só quer descanso.

— Certo, vamos, querida – Luigi coloca a mão na cintura da ruiva e a guia pelo salão.

Estava indo para o restaurante quando escutei o segurança falar no rádio.

—.Senhor, a senhora Collalto já acordou. – Pensei que ela fosse dormir até mais tarde.

— Mande ela esperar aí, que eu já estou indo – falei para ele e caminhei até o elevador.

Quando abri a porta do quarto, ela parecia me analisar. Estava sentada na cama, com o rosto um pouco amassado.

— Que bom que já acordou. Se arrume, vamos descer para tomar café. – Ela concorda, vai até a sua mala, pega um vestido e vai para o banheiro.

Sob Minha ProteçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora