INÍCIO DE UMA NOVA VIDA

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Aquele som agudo das goteiras pela casa

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Aquele som agudo das goteiras pela casa. Mesmo no chão, eu conseguia sentir tudo que acontecia ao meu redor. No entanto, nunca imaginei que seria resgatada desse profundo sofrimento, desse poço de lama.

Shibuya, 18:00

Ao voltar do colégio com algumas colegas de classe, jamais imaginei que algo assim poderia acontecer. Era um dia como outro qualquer, pensei eu, ao sair do colégio por volta das seis horas da tarde, caminhando com minhas amigas de volta para casa. Mas, de repente, algo estranho chamou minha atenção no beco onde sempre passávamos. Um arrepio percorreu meu corpo ao ver figuras indistintas ali. Era algo novo, algo que nunca presenciamos antes.

-Meninas, que tal darmos a volta? - perguntei, sem tirar os olhos daquela estranha presença.
-Você está louca, Yuna? Sempre cortamos caminho por aqui, qual o problema? - Safira respondeu, encarando-me, já visivelmente preocupada.
-Tem algo ali, vocês não estão vendo? - Yuna falou, sua voz carregada de medo. As outras olharam na direção do beco, mas viram apenas latas de lixo ao lado do corredor que já conhecíamos tão bem.
-Para com isso, Yuna, vamos logo - Akayumi interveio, virando-se para seguir em frente.
-Não vá... - minha voz falhou. A presença no beco percebeu nossa proximidade. Sem qualquer chance de reação, decepou a cabeça de Akayumi. Safira gritou em desespero, incapaz de enxergar o que se desenrolava à nossa frente.Paralisada pelo choque, Yuna viu sua amiga sendo morta diante de seus olhos. O beco agora estava tingido de vermelho. Sabia que seria a próxima. A criatura quadrúpede correu em sua direção. Yuna não teve tempo de ver mais nada.

- O que é aquilo? - as pessoas na rua observavam um clarão azul vindo do beco, seguido por uma explosão que arremessou os curiosos para longe e danificou os prédios próximos.

Com grande esforço, abri os olhos. Estava em uma sala desconhecida. Tentei mover minhas mãos, sentindo alívio ao tocar meu rosto e depois os braços, formando um "X" para ter certeza de que estava viva. Como?

-Acordou? - Um homem de cabelos brancos estava sentado à minha esquerda, em uma cadeira. Assustei-me, mas ele não parecia uma ameaça.
- Onde estou? Quem é você? - Perguntei, sentando-me na cama.
-Sou Satoru Gojo, um feiticeiro jujutsu - ele se levantou, inclinando-se para cumprimentar Yuna, que apenas balançou a cabeça.
-Beleza, Satoru. Obrigada por me ajudar, mas eu já estou indo embora - levantou-se, procurando por seus sapatos. Notou que não estava mais com seu uniforme escolar, mas com um uniforme azul-marinho.
- O que são essas roupas?
-É o uniforme da Escola Jujutsu - Gojo respondeu.
-Espera, você me tocou enquanto eu dormia? Seu...
- Ei, ei, espera, não fui eu, tá? Não te toquei. Foi uma amiga minha, relaxa - Satoru tentou amenizar o constrangimento da acusação.
- Tá bom, posso ir embora? - Yuna perguntou, esperançosa.
- Desculpe, mas não posso deixar você sair - Gojo sentou-se na cadeira, cruzando os braços e as pernas.
- Pode ao menos me explicar por quê?
- Você não se lembra de nada?
-Me lembrar do quê? - Satoru pegou seu celular e mostrou uma gravação do beco. Aparentemente, não havia nada até um clarão azul tomar conta do beco.- Encontramos você, suas amigas e uma maldição. As três já estavam mortas, menos você, é claro. Quero saber se essa explosão azul foi causada por você.
- Você acha que eu sou uma terrorista? Não faço ideia de onde veio aquele clarão.
- Não se lembra do que aconteceu naquele dia? - Satoru insistiu.
- Sempre passamos por aquele beco, mas eu nunca tinha visto aquilo. Implorei para elas darem a volta comigo, mas elas não acreditaram e o monstro não nos deu chance alguma. Fiquei ali, parada, vendo elas morrerem - finalizou, com os olhos cheios de lágrimas.
-E depois? - Perguntou, tentando puxar alguma lembrança na garota.
- Depois, apaguei. Não lembro de nada, e agora estou aqui, passando por esse interrogatório - cruzou os braços, desaprovando a situação. Satoru se levantou e a convidou para acompanhá-lo, enquanto ela observava cada detalhe do imenso corredor. Satoru começou a explicar o que era tudo aquilo.
- Aquilo que você viu é uma maldição. Maldições são espíritos que se prendem a algo ou alguém neste plano terrestre e acabam se transformando em criaturas horríveis, como aquela que você viu no beco. Elas causam morte e destruição. Você é uma xamã. Os xamãs têm a habilidade de ver e sentir a presença de criaturas como essa, através da energia amaldiçoada. E foi exatamente isso que você despertou ontem. Sinto uma energia muito forte em você, que precisa ser canalizada corretamente.
- Meu Deus, você é um bruxo? Que história é essa? - Yuna parou no corredor, incrédula com o que escutava.
-Somos xamãs, não necessariamente bruxos. Prefiro o termo feiticeiro - Satoru concluiu.
-Com cabelos brancos nessa idade? Olha, Satoru, achei toda essa história incrível, mas agora preciso ir - a garota caminhou, deixando Satoru para trás.
- E eu não sou velho, tenho 27 anos... mas se você sair da escola, você morre! - enfatizou. Yuna parou no corredor, sentindo um arrepio ao lembrar das amigas mortas brutalmente à sua frente.
-Não quero te assustar, mas você tem energia amaldiçoada e isso atrai maldições como aquela.
-O que você quer que eu faça? Eu nem pedi para ter isso. Você pode tirar de mim?
- Não é tão simples assim - Gojo se aproximou dela- Não é tirar isso de você. Você precisa dominar e aprender a usar todo esse poder.
- Usar como? - afastou-se.
-Infelizmente, você terá que usar contra maldições, protegendo pessoas inocentes, mesmo as que não são xamãs.
- Tudo bem, Satoru. Não estou a fim de entrar nesse círculo. Se eu morrer, todo mundo morre um dia, certo? Tchau
Yuna virou-se e saiu pela porta que dava para o jardim da frente. A visão do verde ao redor era linda. A escola era bonita e tradicional. Encantou-se por um momento, mas logo focou em tentar sair dali. Desceu as escadas principais, sentindo algo se aproximando, mas seus reflexos não eram os melhores. Sentiu seu braço ser atacado por um cão preto, um dos shikigamis de Megumi Fushiguro.
-Ai, que porcaria é essa? Me solta, seu cachorro fedido! - caída no chão, o cão não soltou seu braço. Fushiguro se aproximou.
-- Quem é você? - ele perguntou, encarando-a.- É assim que trata quem você não conhece? Manda esse cão me largar, caramba.- Não vai falar? Ele pode arrancar seu braço com um movimento - ameaçou.
-Megumi, solta ela - Satoru apareceu para separar qualquer briga.
-Agora você aparece? Olha só, me deixa ir embora, tá? Eu nem aviso a polícia. Megumi fez seu cão desaparecer. Yuna se levantou, batendo nas roupas para tirar o pó.
-Já arrumou outra, doida, Satoru? Megumi cruzou os braços.
-É só uma doida me perseguindo!
-Ei, estou aqui! Não fiquem falando como se eu não estivesse escutando tudo!- Yuna protestou.
-Este é Megumi Fushiguro, e essa é Yuna...? Satoru olhou para ela completar o sobrenome.
-Noritoshi... Yuna Noritoshi.
-Satoru e Fushiguro se olharam e ficaram em silêncio.
-Ótimo, já estamos apresentados. Agora estou indo, tenho uma vida para viver!
Voltou a caminhar em direção à saída.
-Vai deixar ela ir?- Fushiguro perguntou com deboche.-
-Vou... vamos ver ela batendo a cara na barreira, a propósito nenhum de nós podemos sair nesse momento já que Tengen reforçou a barreira para investigarmos tudo- Sorriu sarcasticamente. Fushiguro revirou os olhos e se lembrou do quão criança Satoru era.
-A energia dela é tão forte quanto a do Yuta.- Fushiguro fez Satoru se lembrar de seu aluno que estava em missão.
-Sim, acho que ela é de um nível especial. - Satoru respirou fundo enquanto observava a garota se aproximar do portão.
-Olha lá, ela vai bater...
-Megumi revirou os olhos em desaprovação, mas continuou olhando. Também queria ver
-Aposto que ela passa direto!- Megumi falou convicto.
-Não, ela não vai passar. Eu também aposto. - Satoru riu confiante.-
- Um almoço no Kamishi?
-Fechado.
Os dois olhavam esperançosos, mas a garota passou direto.
-"PUTA QUE PARIU!" - Satoru falou indignado e saiu correndo atrás da garota. Megumi voltou sua atenção aos seus afazeres. Aquela barreira não era páreo para alguém como ela, mas estava feliz porque acabara de ganhar um almoço grátis.

 Aquela barreira não era páreo para alguém como ela, mas estava feliz porque acabara de ganhar um almoço grátis

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Olá, pessoal! Jujutsers, kkkk!Quero agradecer por lerem e espero que continuem aqui apreciando esta história

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Olá, pessoal! Jujutsers, kkkk!Quero agradecer por lerem e espero que continuem aqui apreciando esta história. Quero avisar que ela será inspirada um pouco no mangá de JJK e também terá elementos que eu vou criar para este universo.Cada personagem terá seu próprio arco e vou tentar incluir quase todos os personagens principais da história.

lembrando que a partir de 25/05/2024 ela começou a ser revisada e está sendo corrigido erros, e pode ser que eu acrescente mais alguns detalhes.

É isso, esse foi o aviso! Até o próximo capítulo ^^

❝𝐅𝐈𝐗𝐀𝐂̧𝐀̃𝐎  | 𝐒𝐀𝐓𝐎𝐑𝐔 𝐆𝐎𝐉𝐎 Onde histórias criam vida. Descubra agora