Ao som dos seus Passos - Pieck Finger

Confiança

— Não precisa se preocupar, ela está nas nossas mãos de qualquer jeito, eles não sabem onde é a ilha de Marley, então não vão conseguir ir atrás dela. — uma voz masculina ressoava em seu ouvido que chegava a causar uma dor inexplicável.

Seu rosto pingava sangue e sua bochecha estava roxa, os olhos marejados segurando por horas às lágrimas de saudades do seu irmão mais novo era tudo que te fazia sentir algo.

"Você deveria ter escutado ele, sua idiota!" Era tudo que você pensava. Por que? Bem...

— Tudo bem, Armin! Eu vou ficar bem! — você falava colocando uma mecha do cabelo loiro do mais novo atrás da orelha dele.

— É perigoso! Você vai estar arriscando demais a sua vida! — o loiro falava com lágrimas nos olhos e apertava seu braço para não ir embora.

— Arriscamos nossas vidas desde que decidimos fazer o teste para virar cadetes, o nosso objetivo aqui é oferecer nossos corações pelo bem da humanidade!...olha, eu prometo que depois disso tudo, eu vou comprar a melhor carne do país e fazer um churrasco com você e Mikasa e Eren para comemorar, ok? Então fique vivo, irmão! — seus lábios selaram a testa do mais novo que deixou as lágrimas escorrerem de vez e te encarar pela última vez. — Você, mais do que todos daqui, vai conseguir ficar vivo. Disso eu nem preciso ter certeza! — por fim, Armin foi chamado e já era hora.

— Vem com a gente, por favor! — o loiro falou a última palavra dele, mas ele foi forçado a ir com os outros enquanto você assistia tudo.

Foi a última vez que viu seu próprio irmão, mas agora, está presa em uma sala sem janela ou acesso a comida, era obrigada a passar fome e sede, não sentia vontade de dormir, pois tinha medo de acordar sendo espancada.

O som da porta abrindo fez com que você levantasse a cabeça para demonstrar que estava acordada, mas não queria ver quem era dessa vez e qual instrumento de tortura iriam usar. Você era a única chance dessas pessoas de ter mais informações sobre a ilha fora Reiner, mas você recusava explanar a todos daquele lugar e preferia morrer do que soltar informações.

— Seja rápida, se nos pegarem aqui sem a permissão do Zeke, já era! — uma voz familiar soou seus ouvidos e o encarou.

— Você é um filho da puta, Reiner. Não é atoa que o Bertholdt morreu. — falou encarando o loiro que fez uma cara de nojo para você e cerrou os punhos.

— Aff, fala a boca ou vamos chamar mais gente para te torturar! Ou eu mesma posso fazer isso.. — uma voz feminina no qual você nunca tinha ouvido antes se manifesta na sala e a mulher segura seu queixo, apertando uma região na qual tinham te espancado e você geme baixo por causa da dor.

Ao olhar a mulher cujo a voz era tão seduzente, estava lá, cabelos longos e pretos totalmente bagunçados, olhos cinzas profundos e um sorriso sarcástico no rosto enquanto ainda apertava o seu rosto.

— E aí, Reiner. Ela que você falou que era a enfermeira? — a garota pergunta se virando para encarar o loiro assente.

Você realmente era conhecida pela Tropa de Exploração como "A Enfermeira da Tropa", até pelos que não eram da tropa, você tinha devasto conhecimento sobre ferimentos e seu sonho antes da queda da muralha era ser médica dentro das muralhas, igual o Tio Grisha. Mas os planos acabaram por mudar quando a muralha caiu.