Petter deixa Chris e Meg aguardando na sala enquanto se dirigia ao porão da casa. Ao descer pelos degraus sólidos, uma luz reflete no batente enquanto iluminava os passos de Petter. Lá embaixo tinham inúmeras armas de fogo e armas brancas, vestes militares, placas de carros e munições. Petter se direcionava à um armário velho, trocou de roupa e vestiu um traje de soldado, colocou um coldre duplo em sua cintura e carregou duas pistolas guardando-as. Andou poucos centímetros até parar em frente a um espelho, Petter se observava e relembrou de um dia que trouxe seu filho para o mostrar o espaço e as vestes militares. Lágrimas escorrem por seu rosto, e Petter pegou um pingente com a foto de seu filho que estava pendurada em seu pescoço... apertando forte, Petter secou suas lágrimas e jurou pela alma do filho trazer o pai de volta para a sanidade.
Secando suas lagrimas, Petter apaga a luz e sobe as escadas em direção a sala.
Caminhando pelo chão de madeira escura, Petter se direcionava ao canto direito da sala próximo à porta em uma escrivaninha branca.
- Podemos? - pergunta Petter abrindo uma gaveta e pegando um maço de cigarro.
Meg e Chris estavam arrumando a porta no batente no instante em que Petter disse a frase com uma voz diferente da tonalidade de antes.
- Vamos, Meg você dirigi? - diz Chris
-Claro. - responde Meg pegando as chaves do carro.
Petter aguarda Meg e Chris saírem da casa, para então encostar a porta. A cada passo profundo dado em direção ao carro, um ar de vingança tomava conta do clima, era como se até mesmo o vento gélido ficasse em câmera lenta.
- Sabem ao menos se meu pai está bem? - perguntou Petter
- Não temos notícias! Ele nem atente às convocações. - respondeu Meg enquanto dava partida no carro.
- Conhcendo-o bem, deve estar amargurado e frio... espero que assim como eu, ele não tenha surtado. - falava Petter meio tristonho.
Meg começa a dirigir enquanto Chris ligava o rádio.
- Vejamos o que de bom está tocando? - falou Chris aumentando o volume.
Ao som de "No Good - KALEO" , Petter abaixa os vidros traseiros do carro e acende seu cigarro, dizendo:
- Alguém quer ?
- Eu quero! - responde Chris
Antes mesmo que pudesse pegar o cigarro, o celular de Meg toca e ela pede para Chris atender.
- Alô?
- Meg? - pergunta Dwight
- É o Chris na linha, tem alguma novidade?
- Os homens do carro prata fazem visitas para Ben Rogers quase toda semana, dizendo ser da família e subornando guardas e a própria direção da penitenciária. Temo que eles já estejam muito a frente... - responde Dwight
- Acabamos de sair da casa de Chris, estamos indo em direção à Evanston. - falou Chris.
- Certo! Assim que Louis estiver com vocês, venham direto para a penitenciária. - disse Dwight desligando o celular.
Enquanto o carro avançava pelas estradas em direção a Evanston, uma mistura de urgência e determinação preenchia o veículo. Chris olhava pela janela, perdido em pensamentos sobre Louis, o pai de Petter, que havia perdido seu neto recentemente. Cada quilômetro percorrido aumentava a ansiedade em seu peito, mas também a esperança de que poderiam trazer algum conforto para a vida de Louis.
Meg mantinha os olhos fixos na estrada à sua frente, mas sua mente estava ocupada com a notícia perturbadora de que Ben Rogers havia ligado para todos, ameaçando-os de alguma forma. Aquela chamada havia colocado todos em alerta máximo, e agora estavam determinados a agir antes que fosse tarde demais.
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The Dead Inside
HorrorEm um mundo totalmente caótico e destruído, a humana Clarie Ledge se destaca entre os outros sobreviventes. A humanidade agora está perdida e cabe a Clarie sobreviver o máximo possível para não perecer pelo verdadeiro terror.