Prólogo

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Tudo estava um caos. A casa onde morava estava de cabeça para baixo, móveis quebrados, paredes manchadas de sangue e pichadas.

Sabia que sua casa havia sido invadida antes de entrar, talvez para roubar algo, ou a procura de alguém.

Entrou apressadamente à procura da única pessoa que estava em casa, mas não a encontrou. Seu coração começou a acelerar, sua respiração se tornou ofegante e suas mãos ficaram trêmulas.

" O que aconteceu?" Era o que se passava pela sua mente e seu desespero foi maior ao não encontrá-la em lugar algum.

Desesperado, pegou seu celular e discou seu número, mas só caía na caixa postal. Depois de várias tentativas e quase desistindo de ligar, seu celular vibrou e rapidamente o atendeu.

- Levaram elas! - gritou para alguém do outro lado da linha.

- O que?!

- A casa está toda revirada e não há nenhum sinal delas! - disse desesperado. - Levaram elas, pai!

- Venha para base, nós vamos encontrá-la, filho, custe o que custar!

[...]

- Empurre!

- Não! - gritou de dor.

- Vamos, já estou vendo a cabeça da criança! - disse a parteira.

- P-Por f-favor, não! - balançou a cabeça negativamente.

- Só mais um pouco, minha senhora!

A dor era insuportável, seus gritos eram estridentes e ecoavam pelo quarto. Não querendo mais sentir aquela dor, resolveu colocar força e trazer aquela criança ao mundo.

Alguns minutos se passaram e finalmente o quarto foi preenchido pelo choro de um bebê. Os gritos da mulher cessaram e sorriu minimamente ao ver seu bebê nos braços da parteira.

- Me d-deixa s-segura-lá. - pediu com a voz baixa.

- Aqui. - entregou para a mãe. - É uma menina linda. Parabéns, minha senhora.

Admirou a pequena criança dormir tranquilamente em seus braços, a pele branca como a neve e seus fios de cabelo negros como carvão.

- Tão pequena. - segurou sua mãozinha. - Minha pequena. - beijou sua testa. - Seja forte, minha pequena. Saiba que sempre amarei você, não importa onde eu esteja. - sussurrou em seu ouvido. - Quero que faça um favor para mim, Mika.

- O que seria, minha senhora?

- Cuide dela para mim.

- O que?!

- Ela é o meu bem mais precioso, Mika, cuide com a sua vida. - a olhou sério. - Promete pra mim que cuidará dela?

- Eu prometo! - disse convicta.

- Pegue-a. - entregou para a amiga. - Eu te amo, princesa.

- Senhora... - a chamou após ouvir sons de tiro ecoar no andar debaixo.

- Vá, Mika!

Dito isso, a parteira deixou o quarto e sumiu com a pequena em seus braços. Suspirou e engoliu todo o choro que guardou ao longo dos meses.

Sentia falta de casa, principalmente do seu companheiro. Saber que estava longe dele a deixava vulnerável, não que fosse fraca, mas com a gravidez presente a mesma tinha que ter mais proteção e atenção, mesmo que soubesse se proteger.

Foi interrompida de seus pensamentos ao ouvir o baque da porta ao seu lado direito do quarto.

- Onde ela está?!

- Bem longe de você! - gritou com raiva.

- Sua desgraçada! - apontou sua arma para a cabeça dela. - Me fala! Onde ela está?!

- Nunca irá encontrá-la, seu filho da puta. - sorriu em deboche.

Então ele gargalhou, o que a deixou com raiva e um pouco confusa.

- Qual é a graça?

- Eu vou encontrá-la e, quando eu encontrá-la, eu vou esquarteja-la. - sorriu maldoso.

Antes de falar, tudo o que ouviu a seguir foi o som de um tiro ecoar e tudo o que viu foi a completa escuridão surgir.

Meu Mafioso - Imagine Naruto Uzumaki +18Onde histórias criam vida. Descubra agora