Capítulo 1

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Perdoe-me pelos erros ortográficos caso vocês encontrem. Fiz algumas mudanças na história e espero que gostem.

...

A noite fria estava presente, o vento gélido batia contra sua pele pálida um pouco exposta e seus cabelos negros balançavam de acordo com o ritmo do vento.

Seus olhos brilhavam ao ver o horizonte, no topo daquela sacada daquele enorme prédio.

"Uma boate em um prédio? Fala sério! Isso nem existe. Ou existe?" Era o que se passava em sua mente.

Fora chamada pela sua amiga de última hora para ir com a mesma, mas à disposição para sair era pouquíssimas, já que não queria sair e ficar só em casa.

Ler livro e assistir tanto filmes quanto série era o seu momento de descanso, assim como brincar com seu cachorro, TonTon.

- Aiko! - soltou um suspiro ao ouvir seu novo.

Tudo que queria era paz, ficar sozinha no silêncio sem barulho algum. Mas sua amiga não facilitava as coisas para você.

Respirou fundo e fechou os olhos fortemente ao ouvir o barulho da porta se abrir e o som estridente da música sair.

- Amiga! O que faz aqui fora? Está frio. - colocou-se ao seu lado.

- Vim respirar um pouco de ar puro.

- Mas está tãaaaaoo chato aqui. - fez careta.

- 'Tá bêbada. - saiu em tom de afirmação.

- Nãaao, claro que não. - cruzou os braços e Aiko a olhou minimamente cerrando os olhos. - Talvez um pouquinho.

- Vou ter que te levar pra casa? - suspirou.

- Provavelmente.

- Fala sério, Tema.

- Ah amigaaa. - a abraçou pelos ombros. - V-você é a melhor. - beijou o canto da sua boca.

- Se quer me beijar, é só falar. - sorriu.

- Bobaaa! Meu fruto é outro, mas isso não quer dizer que eu não possa experimentar a mesma fruta. - sorriu maliciosamente para a amiga.

- Talvez quando você estiver mais sóbria eu possa considerar sua ideia. - beijou sua bochecha.

- Eu vou cobrar em. - riram. - Vamos voltar!

- Espera, Tema...! - não terminou sua frase pois sua amiga a puxou com tudo para fora da sacada.

Seus corpos se esbarravam com os das pessoas enquanto tentavam passar. Sentia toques em algumas partes de seu corpo e xingava quem a tocava. Não gosto quando me tocam.

Temari parou no meio da pista de dança e se virou para Aiko com um maior sorriso nos lábios.

- Tá me olhando assim por que, Temari?! - gritou alto devido a música.

- Vamos dançar antes de ir!

Sem dizer algo mais, Aiko cedeu ao pedido da amiga e dançou junto a si.

Seu corpo balança no ritmo da música junto às mãos de Temari que estavam sobre sua cintura. Todos as olhavam chocados ou até mesmo com malícia, já que ambas estavam passando a mão uma na outra, de forma respeitosa para ambas é claro.

Aiko sentia suas costas queimarem e no ritmo da música, virou seu corpo e procurou com os olhos a pessoa que a observava.

Alto, escorado no corrimão da parte superior da boate. Pele pálida e olhos acinzentados quase negros como carvão. Uma cicatriz em seu olho esquerdo e um sorriso nada discreto em seus lábios meio rosados.

Aiko sentiu repulsa. Um frio preencheu seu interior e um certo medo a invadiu fazendo seu estômago embrulhar. Medo.

Virou-se para Temari rapidamente e a puxou consigo até o banheiro mais próximo que achou.

- Hey, o que foi? - perguntou a amiga vendo-a fechar a porta e indo até a pia do banheiro. - Ei.

- Você viu?

- O que?

- O h-homem no andar superior. - a olhou pelo reflexo do espelho.

- Eu não o vi. - se aproximou dela.

- Você sabe que eu não gosto quando me olham com aquele olhar. - se apoiou na bancada.

- Amiga...

- Vou ligar pro seu irmão. - pega o celular e procura o nome do garoto pelos contatos salvos.

- Aiko.

- Só um segundo, Temari. - leva o aparelho até o ouvido e logo o garoto atente. - Gaara, oi, sou eu... sim, a Temari está comigo. - olha para a garota. - Pode nos buscar? Sim, ainda estamos aqui, estamos no banheiro. Sim, sim, está tudo bem, só... venha nos buscar. - desliga.

- Aiko.

- O que?! - eleva a voz e depois suspira. - Desculpa, Tema.

- Você precisa respirar. - se aproxima. - Calma.

- Preciso sair daqui...

- Nós vamos. - ouviram batidas na porta. - Gaara? - perguntou.

- Terami, sou eu. Abre a porta.

Aiko suspirou aliviada ao ouvir a voz do amigo e se permitiu se acalmar um pouco.

- Estou aqui. - olhou para as meninas. - Tudo bem? Aiko?

- Sim. Apenas quero ir embora, por favor. - o olhou.

- Vamos, vou te levar pra casa. - os três saíram do banheiro e caminharam para fora.

Assim que saiu de lá, Aiko sentiu seus pelos se arrepiarem. Sua respiração ficou um pouco desregulada e suas mãos começaram a tremer, ergueu o olhar e encontrou o mesmo homem a olhando, agora com os olhos mais sombrios como antes.

Agarrou a mão do ruivo que a olhou de imediato, olhou na direção que a mesma olhava e observou o rapaz com os olhos nada agradáveis.

Antes de sairem, o corpo da garota se chocou em algo e quase caiu no chão, se não fosse pelas mãos de alguém a segurando fortemente.

Olhou para cima para agradecer e encontrou intensos olhos azuis no qual se perdeu facilmente. Frios. Oceano.

Seus olhos pareciam o oceano, e quase que, instantaneamente sentiu o cheiro de maresia no ar a fazendo relaxar brevemente.

Sentiu o calor das mãos do rapaz em seus braços a queimando com apenas um toque, suave, sem malícia. Diferente. Seu corpo se arrepiou e sua respiração se acalmou, enviando um alerta de segurança ao seu cérebro por alguns minutos.

- Desculpa. - sua voz saiu muito baixa para o homem escutar. Mas, respirou fundo e voltou a repetir: - Desculpa.

- Sem problemas. - sua voz era rouca.

- Aiko! - Gaara gritou seu nome.

- Er... obrigada e desculpa mais uma vez. - agradeceu e saiu em disparada sem olhar para trás entrando no carro.

- Quer dormir lá em casa, Iko? - Gaara perguntou a olhando pelo retrovisor.

- Minha mãe está me esperando...

- Eu falo com ela, não se preocupe.

- Gaara...

- Eu seria um péssimo amigo se te deixasse na sua casa assim. Por favor, Iko.

- Tudo bem. - cedeu por fim.

Tudo que queria era tomar um banho e dormir, pensou naqueles olhos azuis que a fez se arrepiar, mas aqueles olhos acinzentados vieram a tona inundando seus pensamentos. Nunca se sentiu tão indefesa como agora, tudo que estava enterrado no seu passado voltou com tudo, mas parece que mais pesado.

Respirou fundo e apoiou sua cabeça na porta do carro, fechou os olhos e deixou que o sono a levasse para mais um - de muitos - pesadelos.

Meu Mafioso - Imagine Naruto Uzumaki +18Onde histórias criam vida. Descubra agora