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Meu celular começou a apitar loucamente, estávamos parados ainda e eu só fui perceber quando recebi uma ligação, meu pai estava me ligando, meu pai nunca me ligava então provavelmente era importante.

-Oi pai que se quer?- falei rapidamente.

-Filha vai para o Hospital **** sua mãe passou mal, vem rápido por favor- meu pai disse desesperado e praticamente chorando, desliguei meu celular e quando já estava saindo do quarto Miguel se levantou e pegou minha mão me parando.

-Onde vc vai?- falou ele.

-Minha mãe, ela passou mal eu preciso ir pro hospital- eu disse apressada.

-Mas- ele disse parando por um segundo -mas eu tbm gosto de vc- ele disse.

-Olha Miguel eu gosto muito de vc, muito mesmo, mas minha mãe tá no hospital, eu preciso ir depois a gente conversa- eu disse e sai correndo pra fora de casa.

Só consegui escutar o Miguel gritando meu nome em quanto eu corria pela rua o mais rápido possível, escutava o pessoal perguntando o que estava acontecendo e eu só corria e chorava.

Mas tem uma coisa que eu não tinha contado minha mãe tem câncer descobrimos a três meses que ela já tinha esse câncer faz um bom tempo e se ela não começasse os tratamentos não seria muito bom, minha mãe começou o tratamento a dois meses então ela não saia de muito de casa só pra fazer os tratamentos e tals, mas o cabelo da minha mãe começou a cair e ela não quis raspar por agora queria ficar mais um tempo com ele já que seu cabelo a lembrava se sua mãe.

-Pai o que aconteceu? Cadê minha mãe? Ela tá bem? Eu posso ver ela?- eu disse no instante que vi meu pai, estava preocupada com minha mãe.

-Filha, sua mãe teve complicações e eu não sei o que vai acontecer, vc sabe que o câncer dela é o de pulmão e esse é o mais difícil de curar então o que precisamos fazer e ficar torcendo pra ela- disse meu pai me sentei na cadeira e abaixei minha cabeça.

Eu estava triste minha mãe poderia morrer a qualquer segundo e eu a amava com todo meu coração mesmo que eu não demonstrasse isso eu a amava e queria ela bem, depois de alguns minutos escutamos alguém brigando com a recepcionista.

Fui ver quem era eram os meninos comecei a chorar e eles vieram me abraçar imediatamente, menos o Miguel que ficou parado só olhando, quando nos separamos todos disseram que sentem muito por isso estar acontecendo eu nem conseguia olhar na cara do Miguel, mas ele estava ali e dava pra sentir sua presença.

-Mas amiga vc já sabe se tá tudo bem?- perguntou Maddy.

-Não ela praticamente acabou de entrar no hospital então vai demorar algumas horas- eu falei secando minhas lágrimas -acho melhor vcs irem pra casa- eu disse.

-Eu vou ficar pq vc é tipo uma irmã pra mim, e eu não queria ver a tia desse jeito, alias cadê teu pai?- ela perguntou apontei pra ele ela foi conversar com ele.

O pessoal foi embora e por incrível que pareça eu e Miguel não trocamos uma palavra, me sentei do lado de Becca e ela me abraçou ficamos ali por varias horas até o médico chamar a gente, meu pai foi e quando estava conversando com o médico eu não parava de olhar para meu pai ele estava com um semblante muito triste.

Meu pai começou a chorar, então corri até meu pai e fiquei ali com ele, perguntei ao médico o que tinha acontecido e ele me disse que a cirurgia da minha mãe era de muito risco mas eles conseguiram fazer minha mãe sobreviver só que ela pode morrer a qualquer momento.

Eu não consegui chorar só fiquei em choque, meu pai me deu um abraço e depois desse abraço eu me afastei e fui para o banheiro falei para ele ficar ali com Becca eu sabia que ela saberia o que fazer. Entrei no banheiro e tranquei a porta de entrada, já que não havia ninguém ali, parei de frente ao espelho e fiquei de cabeça baixa, uma lágrima escorreu pelo meu rosto, olhei para o espelho lentamente, eu não estava com semblante de choro ou de tristeza eu estava com um semblante de raiva. 

Com todas as minhas forças eu dei um soco no espelho que se quebrou, eu estava com raiva, mas não estava com raiva por causa do câncer eu estava com raiva de não ter sido uma boa filha, com as minhas mãos sangrando destranquei a porta e sai do banheiro, tinham pessoas ali parados na frente do banheiro mas eu não me importei.

Fui em direção a uma enfermeira e comecei a falar com ela sobre o que eu poderia fazer com a minha mãe se tinha um jeito de salvar ela.

-Criança olha sua mão tá sangrando a gente precisa fazer um curativo- disse ela depois que eu finalmente conseguia total atenção dela.

-Eu não me importo com isso eu só quero saber se tem algum jeito de fazer minha mãe ficar bem- eu falei em quanto eu soltava minha mão já que ela estava segurando.

-Eu não se nada sobre isso eu só sei que sua mão está sangrando e eu preciso fazer um curativo- ela disse me puxando.

-Tá eu deixo vc fazer um curativo na minha mão, mas eu precisava saber se tem algum jeito, qualquer forma de salvar minha mãe por favor eu imploro- falei parando ela, então ela balançou sua cabeça negativamente e disse que sentia muito.

Ela me levou pra fazer um curativo, mas quando ela saiu e eu fiquei ali sozinha pq eu não queria voltar pra lá, alguém entrou pela porta, não quis olhar por um bom tempo pois algo em mim sabia que eu não ficaria bem, mas eu olhei e era ele era o Miguel, comecei a chorar, tudo o que eu estava guardando eu liberei e ele só ficou lá e me abraçou um abraço apertado e aconchegante, eu gosto tanto desse menino que nem eu tinha ideia disso, até esse momento.


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Gente tudo isso que está aqui neste capítulo é tirado da minha cabeça, eu nem sei os termos médicos mas eu inventei pra poder colocar aqui tá meu amores 

Bjs

-A última noite- Miguel Cazarez MoraOnde histórias criam vida. Descubra agora