capítulo treze

15 3 0
                                    

- narradora -

Duas semanas passaram-se...

Heyoon havia mudado muito, seu comportamento recluso e agressivo as vezes, seu olhar transmitia medo, olheiras fundas, todos os finais de semanas bebia de maneira descontrolada.

É sexta-feira, aniversário de Sabina que seria comemorado na casa noturna onde any trabalhava.

- any, pensei que iria trabalhar hoje - Sina encontra a mesma esperando o pessoal na entrada.

- não, só vim para comemorar o aniversário de Sabina - diz sorrindo.

- cadê minha gatinha? - any fala olhando para os lados a procura de heyoon. Haviam se tornado boas amigas.

- não pode vir, acho que você me entende - Sina lança uma olhar para josh e Sabina abraçados.

- ainda tem isso - diz revirando os olhos.

Eles entram na casa noturna, as luzes brilhantes piscavam, músicas envolventes, open bar e tudo o que umaniversário de 20 anos tinha direito.

Josh tentava manter sua mente ali, mas era impossível, pensava em heyoon, no quanto ela estava diferente, passou cerca de uma hora. Any se dirige ao balcão e encontra heyoon.

- gatinha, você veio! - any abraça a morena.

- sim, vim dar os parabéns para Sabina - diz sorrindo.

- quer que eu te leve até ela? - any indaga e heyoon assente.

Elas vão para o meio da pista, heyoon dar as felicitações a Sabina, enrola um pouco ali com os outros e volta para onde estava no início.

- Hininha! Manda o de sempre - heyoon pede batendo as mãos no balcão.

Estava afastada de toda alegria dos amigos, apenas vendo os sorrisos alheios, pessoas dançando, fazendo competições sem pé nem cabeça, claramente motivados pelo alto teor de cachaça em suas veias sanguíneas.

Foi uma sexta-feira como as outras, porém um pouco mais dolorosa, e não tinha tanto haver com Sabina e josh, tinha algo que a machucava mais além da relação dos dois.

- sábado, 20:00 -

Josh saiu de seu quarto, indo em direção ao de heyoon, mas não encontrou lá.

Olhou toda a casa, e ela não estava do lado de dentro, um certo desespero o tomou, só tinha os dois em casa. E não encontrava a irmã. Josh sai para o quintal e vê heyoon deitada na grama, observando o céu estrelado.

- pequena, tá tudo bem? - josh indaga e ela percebe a presença do irmão.

Seu olhos transmitiam cansaço e tristeza. E josh se sentou ao seu lado.

- sabe... Me lembro de quando você foi estudar fora, logo após o papai foi embora sem falar porquê. A mamãe foi trabalhar no outro lado da cidade. Eu fiquei sozinha.

- um estranho tomou o lugar do nosso pai, convivi com ele por anos parecia ser legal, até que por vezes me olhava, passando as mãos nojentas em meu corpo e eu era apenas uma
Uma criança indefesa e sozinha. Tendo que lidar com suas próprias guerras sozinha, eu não entendi o que Carlos queria, até que o dia do meu encontro com o Nathan, já estava tudo planejado.

- O QUÊ? Ele.... - josh fala horrorizado. Em estado de choque.

- eu queria falar o que aconteceu naquela noite mas, não sabia como dizer e ele me ameaça constantemente, e ontem... Ontem aconteceu de novo e você não tava aqui.

- eu me sinto segura ao seu lado, você é um dos poucos que não sinto medo de estar perto, josh. E você prometeu que me protegeria, que iria cuidar de mim, e não me deixaria como o papai, mas quando precisei de você e olhei para o lado você não tava, o Carlos fez o queria comigo e eu não pude fazer nada - fala desesperada com os olhos minando lágrimas.

- EU VOU MATAR AQUELE DESGRAÇADO!!!!! - josh grita assustando heyoon.

- desculpa te assustar - fala baixo passando as mãos no cabelo.

- me perdoa, pequena, você parecia bem. Eu não imaginava, eu sou muito burro - bate na própria testa.

- na verdade você não tem culpa. Eu me afastei de você..... Ontem, só fui na festa na balada, porque, não queria ficar em casa depois do que aconteceu - suspira - é terrível admitir que preciso beber até cair para fingir que não dói, que eu não sinto, para fugir dos constantes pesadelos, das crises de ansiedade - diz apertando as mãos.

- calma, meu amor - josh segurou as mãos dela, que suavam e tremiam de forma incontrolável.

- isso não foi sua culpa, você não errou, errado foram eles. Eu tô aqui com você, me perdoe por ser tão desligado, tão burro - abraçou a irmã.

- você ainda perguntou se eu queria ir no dia do encontro, disse que estava com um mal pressentimento, e mesmo assim eu fui - disse heyoon com a voz embargada.

- você não sabia, na verdade ninguém imaginava - josh diz a abraçando, tentando confortar heyoon.

- as vozes na minha cabeça dizem que eu faço tudo errado, que o papai foi embora por culpa minha - diz abrindo um sorriso amargo.

- isso é mentira! Você não tem culpa de nada - diz limpando as lágrimas dela.

- você é incrível, corajosa, você é a minha garota, e vamos sair dessa juntos. Eu errei uma vez em te deixar, mas não vou errar de novo - diz segurando rosto da garota em suas mãos.

- joh me ajuda,por favor. Só me tire desse desastre antes que eu mesma faça - implorou a menina.

Heyoon se sentia cansada, vazia, impotente, infeliz, chorou desesperada, sentindo a sensação que iria morrer, que o ar faltava em seus pulmões.

Josh ajudou heyoon se acalmar, e a levou para dentro de casa. Após um banho quente, a garota se deitou na companhia do irmão, que fazia cafuné em seus cabelos enquanto ela dormia.

Ódio corria em suas veias sanguíneas de josh, se visse seu padrasto ou Nathan em sua frente, com certeza mataria eles.

- eu te amo tanto, pequena - diz depositando um beijo na testa dela.

- ninguém, nunca mais vai te fazer mal. Nunca mais! - diz acariciando as bochechas dela. Se permitindo desmoronar.

Tudo que ela havia relatado a ele, fez ele se sentir tão inútil, pequeno e fraco, ele havia prometido cuidar dela, mas infelizmente falhou. Mesmo não sendo sua culpa, ainda sim sentia seu coração despedaçado por ver sua irmã tão fragilizada.

Notas:acabou a maratona mais vou tentar postar mais cps dps eu não prometo nada mais hj quero postar até o 15 e falta dois ent vou tentar

5/5

Querida Irmã - adaptação Onde histórias criam vida. Descubra agora