ESCRAVA SEXUAL (reescrita)

A baby on the way

Lauren POV

Não quis ficar com Camila e Mike para que ela não ficasse apreensiva ou sem graça. Mas eu estava morrendo aqui, esperando até que Mike finalmente saiu do quarto.

- Quero falar com você, Lauren.

Ele entrou em meu quarto e fui atrás.

- Fiz vários exames nela e também um exame desses de farmácia. Mas depois quero fazer um novo exame. De sangue.

- Sim, mas esse deu o que?

- Lauren... Está realmente preparada pra ser... "mãe"?

Eu engoli com dificuldade e respirei fundo.

- O senhor estava? Quando teve o primeiro filho?

Ele sorriu um pouco.

- Acho que nunca estamos. Sente-se aqui, filha.

Sentei-me ao lado do meu pai, na cama.

- Eu pergunto isso por causa da situação. TLauren, eu não fazia ideia da tamanha imprudência que você estava cometendo. Queria poder ter feito algo pra te impedir. Mas agora Camila, que é a vítima, não te entregaria à polícia por nada. E pra ser sincero, eu tenho perdido noites de sono pensando em fazer isso eu mesmo.

-Pai... Eu não sei o que passou na minha cabeça, eu só sei que eu tramei esse plano de merda achando que era uma coisa viável...

-Você tem conversado com a sua terapeuta?

-Sim... Ela me liga três vezes por semana. Voltei pra terapia depois que percebi o que fiz... Mesmo não contando exatamente o que aconteceu pra ela, ela tem me ajudado a ver o quanto eu estava fora da casinha.

-Eu não sei o que fazer com você Lauren. E você? Já sabe o que vai fazer com essa situação?

- Criar o meu filho, é claro.

-Certeza?

-Sim.

- E Camila?

- Claro... Só teremos esse filho se ela quiser ter... O corpo é dela, e ela que decide. Mas vamos ficar juntas.

- Juntas como?

- Ah... Pai... Vai bancar o engraçadinho agora? Quero me casar com ela.

Ele sorriu novamente.

- Vingança mais furada essa.

- Quero esquecer isso, pai. Camila e eu começaremos do zero.

- E isso inclui você ir até o avô dela e pedir a mão dela em casamento?

- Não. Não precisamos da permissão dele pra nada.

- Lauren... Isso foi um sequestro. Você pode ser presa.

- Será um sequestro se Camila confirmar isso. Você mesmo disse que ela não vai fazer.

- Porque ela faz tudo o que você quer.

- Quem disse que ela faz tudo o que quero?

- O ato de vocês duas mais cedo na biblioteca disse tudo.

Merda... Eu sabia que ele iria acabar chegando nesse assunto.

- Foi... Um descontrole... Só isso.

- Sei... E esse descontrole vem de muito tempo, não é? Estão as duas marcadas, mordidas...

- O assunto não é minha vida sexual, pai.

- Ta incluído.

- Pai... Então ela realmente está grávida? - mudo de assunto

- Fiz o exame de farmácia nela, e essas simulações nunca falham. De qualquer forma ela terá que fazer um exame de sangue. Ela tem se alimentado bem?

- Claro que sim. Tenho cuidado dela.

- Estou falando de comida, Lauren.

- Meu Deus, pai... Pare de andar com Normani. Eu também estou falando de comida, frutas, essas coisas.

- E ela terá que fazer outros exames Lauren. Ver como está o bebê.

- Deixe-me conversar com ela primeiro.

- Tudo bem.

Eu já estava na porta do quarto quando meu pai me chamou.

- Lauren?

- Sim?

- Você está feliz?

-Eu estou feliz se Camila também estiver.

Nem sei quanto tempo ainda fiquei em meu quarto depois que Mike saiu. Mas eu precisava falar com Camila. Fui ao quarto dela e Camila estava deitada de lado na cama, encolhida numa posição fetal.

- Lauren?

Ela se levantou um pouco, falando antes que eu falasse alguma coisa.

- Meu pai já deve ter te contado como foi que isso aconteceu...

-Sim, mas não estou brava com você. Entendo que quando fez isso você ainda não me amava. Mas... e como vai ser daqui pra frente?

-Nós vamos ver o que você quer primeiro.

Peguei Camila no colo, como se fosse mesmo meu bebê.

-Como assim o que eu quero?

-Camz... Existem maneiras seguras de interromper a gravidez, Mike sabe fazer isso sem prejudicar sua saúde.

-Como assim? ... Um aborto?

-Isso.

-Você quer que eu aborte? -Camila pergunta, com seus olhos já enchendo de lágrimas. 

-Não, Camz... Você não está entendendo... Você não queria ter esse filho, eu o coloquei ai contra sua vontade... O que eu quero ou não, não importa. É o seu corpo, temos que saber o que você quer.

-Eu não sei, Lauren... Como vou querer ter um filho sozinha?

-Você não está sozinha...

-Mas você não quer esse filho.

-Camila, eu quero! Eu quero que você tenha esse bebê, mas consegue entender que o que eu quero ou deixo de querer não importa nesse momento?

-Eu não quero abortar, Lauren. 

-Tem certeza?

-Sim.

-Você tem até o terceiro mês de gestação pra mudar de ideia. Só não esqueça... Eu quero ficar com você e ter esse filho, meu único medo é te obrigar a sofrer por algo que você nunca pediu. 

-Eu tenho certeza do que quero. -Camila diz, beijando minha bochecha em seguida.

- O que vamos fazer agora, Lauren?

- Seguir a risca tudo o que Mike disser. Tem que fazer alguns exames, talvez precise de algum medicamento.

Ela ficou vermelha e mordeu os lábios. Prendi meu riso... Eu já sabia o que viria.

- Hum... E como... Nós duas... Como vamos... Ah... Lauren.

- Como vai fazer amor comigo? É isso?

- Não. Como vai fazer sexo comigo. Amor você faz com carinho.

- E sexo não?

- Não. Sexo é diferente.

- E você adora, não é?

Ela afirmou com a cabeça. Eu ri e a joguei na cama com cuidado.

- Bom... Acho que terá que se despedir das coisas mais ousadas por um tempo. Camila... O que aquelas freiras ensinavam a vocês?

- VOCÊ me ensinou essas coisas, Lauren.

- Você não passou nem dois meses comigo direito.

- Eu aprendo rápido.

- Esse discurso todo é porque você quer foder, Camila?

- Molhada e pronta, como você mesma diz.