Visita

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Passou-se uma semana, e meus treinos avançaram muito, mal posso acreditar em quantas coisas incríveis posso fazer com meus poderes.

Dean me falou que talvez fosse bom para mim entrar em uma escola outra vez, na verdade as escolas nos Estados Unidos tem o chamado "programa de homeschooling", vou poder estudar do Bunker enquanto me preparo mentalmente para encarar uma escola presencialmente.

Castiel e Dean foram resolver esse assunto, e Sam foi até a cidade procurar algumas ervas que tinham acabado desde os feitiços de proteção extras que eles adicionaram ao lugar para que ficasse um pouco mais seguro, enquanto Jack lia no quarto.

Algum tempo depois dos rapazes saírem alguém bateu na entrada do Bunker, corri para abrir achando que fosse um dos rapazes, mas para minha surpresa, quando abri a porta me deparei com um homem loiro que com certeza não era meu pai, ele estava parado à porta sorrindo... Seus olhos azuis olhando para mim... senti meu coração acelerar.

- Oi! - Ele disse acenando com a mão direita. - Você... deve ser a Isabella não é? - De repente parece que todo o estado do Kansas sabe quem sou eu.
- Aham... Desculpa, eu não-...
- Eu sei que você não sabe quem eu sou! Castiel não deve ter contado.. que surpresa! - Ele revirou levemente os olhos - Será que eu posso entrar e falar com o meu filho?

Raciocinei por alguns segundos; Conhece meus pais, sabe onde fica o Bunker, e tem um filho que mora conosco... Meu coração quase pulou do peito e meus olhos o fitaram. Não podia ser, mas era.

- Lucifer... - Sussurrei o olhando nos olhos antes de tentar fechar a porta o mais rápido possível, mas não adiantou, ele segurou a porta antes que ela batesse, a abriu e entrou ficando cara a cara comigo.
- Isso não foi muito educado da sua parte... - Ele avançou e eu recuei de costas inconscientemente em direção a escada, de repente o chão desapareceu, meu corpo desequilibrou e eu paralisei, fechei os olhos pronta para a queda, mas então percebi que ela não veio.
- Seus pais não te ensinaram a olhar na hora de descer escadas? - Ele disse me segurando pelo pulso e puxando de volta. - Isso tudo aí é medo? - Ele riu.
- Até parece que não tenho motivos - sussurrei.

Ele deu dois tapinhas no meu ombro.

- Você sabia que é a cara do seu pai? -
Franzi o cenho, "A cara do meu pai".
- Isso não é real! - Cogitei. - É um sonho daqueles bem bizarros. - Desci as escadas, ele bem atrás de mim.
- Sinto dizer, mas isso é bem real! - Ele encostou no corrimão da escada.

Eu não podia acreditar no que estava acontecendo, não podia ser real! Os rapazes disseram que saberiam caso ele voltasse, então como?

- Outra vez não... - Sussurrei. Dava pra sentir o pânico percorrer meu corpo, me apoiei em uma das estantes da biblioteca.
- Não precisa de tudo isso, eu só quis fazer uma visita...
- Da última vez que recebemos uma visita assim, tentaram nos matar! - Murmurei vendo apenas sua figura embaçada através da visão periférica.
- Eu não faria uma coisa assim, jamais! - Ele disse. - Pode confiar em mim.

Eu não podia acreditar no que estava ouvindo, só podia ser alguma brincadeira.

- Não foi isso que aprendi na igreja! - Poderia ter parecido corajosa, se minhas mãos não estivessem suando frio.
- É, pois é! - Ele começou a andar ao redor da mesa. - isso porquê meu pai jogou todos vocês contra mim. -
Ele começou a contar uma história, disse que quando os humanos foram criados, os anjos receberam ordens de ama-los mais que tudo, até que o próprio pai, mas ele não conseguiu.
- Meu único crime foi amar ele demais, e ele me expulsou e jogou todos contra mim.

Uma parte de mim sabia que havia 99,999% de chance de ser mentira, mas infelizmente talvez eu fosse ingênua demais pra acreditar no menos de 1% de chance de ser verdade.

A Nova Winchester (EM REVISÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora