Tudo o que não era pra ser

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Era uma noite particularmente quente de trinta e um de julho, na enfermaria do castelo que era conhecido como a prestigiada Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts estavam um casal de jovens bruxos recém casados aflitos e uma medibruxa irritada.

– Não, Não… James não pode ser agora! Precisamos esperar mais um dia! Não pode ser agora… por favor não… James!

Na enfermaria da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts Lily Potter, ômega, recém graduada mestre em runas e aritmancia, uma das bruxas mais brilhantes de seu tempo, gritava enquanto entrava em trabalho de parto.

James Potter, seu marido, um alfa, estremecia ao seu lado ao ter os ossos de sua mão direita triturados pelo aperto de ferro que sua esposa exercia sobre ele.

– Lils eles precisam vir agora, se demorarem demais pra nascerem não só eles como você também estará se colocando em risco!

A ruiva chorou ainda mais, sentindo outra contração dolorosa e apertando ainda mais a mão do marido.

– Mas James, a profecia… eles não podem vir agora… não…

A voz de Lily morreu ao sentir um líquido molhando suas coxas, a bolsa havia estourado.

– Senhora Potter, não há mais nenhuma forma de atrasarmos isso, sua bolsa rompeu, se os bebês passarem do tempo de nascer eles podem vir com alguma deficiência devido aos danos causados no cérebro pela falta de oxigênio ou nascerem mortos pelo mesmo motivo.

– Madame Pomfrey por favor, a senhora tinha dito dia 8 de agosto, eles estão nove dias adiantados!

A ômega velha, irritada com a teimosia da bruxa e preocupada com o bem estar dos bebês, decidiu lhe dar um ultimato.

– Senhora Potter, ou você começa a empurrar na próxima contração ou eu lhe deixo inconsciente e você só vai acordar depois que eu tiver fechado sua barriga depois de tirar essas crianças daí, fui clara?!

Lily choramingou, mas cedeu, ela queria um parto normal, algumas pessoas podem achar bobo mas esse era um sonho dela junto a sua mãe, que queria ajudá-la quando fosse dar a luz, infelizmente Rosalie Evans morreu antes de poder fazer isso, então para Lily se tornou ainda mais simbólico ter um parto normal, ela se sentia mais próxima de sua mãe.

A bruxa se deu por vencida, ela não queria que seus filhos nascessem hoje, dia 31 de julho, o dia em que o sétimo mês morre, ela tinha conhecimento da profecia, toda a Ordem tinha conhecimento da profecia, e ela não queria que seus filhos se tornassem alvos do Lorde das Trevas, mas ela não poderia fazer nada quanto a isso, seus bebês precisavam vir agora, então ela os traria ao mundo agora.

Chorando, a ruiva começou a empurrar quando sentiu uma contração vindo, e assim ela continuou, seguindo as orientações de Madame Pomfrey e empurrando enquanto apertava a mão de James impossivelmente mais forte a cada nova pontada que sentia no pé da barriga.

Foram quase duas horas até que o primeiro bebê viesse, quando Madame Pomfrey finalmente o segurou para que os pais o vissem, ainda sujo de sangue e gritando como uma banshee, Lily sorriu e James desmaiou, a ruiva só não se levantou e estapeou seu marido covarde até a consciência de novo pois as contrações do segundo bebê não a permitiam tal luxo, mas ela jurou em seu coração que se vingaria, mais tarde.

O primeiro bebê era um menino, e nasceu às onze e trinta e três da noite, Charlie Fleamont Potter, mais tarde seria descoberto um alfa.

O segundo bebê também era um menino, nascido às onze e cinquenta e sete da noite, Harry James Potter, que seria descoberto como um ômega no futuro.

Os gêmeos eram bebês saudáveis com pulmões potentes, Lily caiu exausta contra os travesseiros da cama de parto em que estava na ala hospitalar, seus bebês eram perfeitos, ela já os amava mais do que tudo no mundo.