15 - |{desprazeroso jantar}|

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Uma vez no mês,eu e Deidara íamos para nossa antiga casa passar o dia com a nossa mãe,mas é claro que nem tudo é como flores,Minato também estava lá. E para que? Simples,tirar minha paciência.

Estacionei em frente a grande casa onde passei toda minha infância,aprontando. Caminhei pelo caminho de pedra,passando pelo humilde jardim bem cuidado até chegar na porta. Nem sequer toquei a campainha direito e uma ruiva animada me atendeu,prendendo-me em seus braços.

— Meu filho,que saudades! - o tom de voz dela denunciava que realmente ela sentia muita falta, não só de mim mas também do meu irmão. - Venha, seu irmão já esta aqui.

Ela me puxou para dentro da casa,me levando até a sala de estar onde deidara estava  olhando alguma coisa despreocupado no celular.

— Como estão as coisas? - perguntei ignorando a existência do meu irmão. Isso podia parecer grosseiro,mas nos víamos diariamente.

— Tudo na mesma,seu pai chato como sempre. - diz sorrindo fraco me puxando para sentar no sofá. - e você? Algo de novo?

Algo de novo?. Fiz um rápido resumo de tudo oque tinha acontecido nesses últimos tempos em minha mente. Mas fala sério,coisas como boquete em banheiro de boate e pegaçao na cozinha não eram coisas que se deviam falar para uma mãe.

— Nada de especial,só coisas do dia a dia. - a atenção de Deidara não estava mais no celular e sim em nós.

— Seu irmão me contou que teve uma ótima foda a alguns dias,mas ele insisti em não me contar quem é o sortudo. - mamãe sempre aceitou normalmente minha sexualidade e a do Dei,e isso tornou com que ficássemos mais próximos da mais velha.

— Sem filtro você em. - olhei para o loiro quase idêntico a mim,esse que apenas revirou os olhos com um sorriso.

— Não escondo nada dela,você deveria saber. - ao receber um olhar desacreditado se corrigiu. - não escondo quase nada.

— Quando vai arrumar alguém Naruto? Mesmo que seja só um caso para você,seu pau já deve tá pegando poeira. - sem filtros,agora sabia de quem deidara tinha puxado.

— Estamos aqui para passar o dia com a senhora,não falar sobre minha vida sexual.

[...]

A comida já está posta sobre a mesa,aqui não tinha aquilo do empregado colocar sua comida não. Nós mesmos colocávamos,se tinha algo que meu trio familiar gostava era de comer.

Coloquei uma porção generosa de quase tudo que tinha de opção na mesa,quem via de longe até pensa que eu não irei aguentar comer tudo isso. Você já viu o meu tamanho? Isso para mim ainda é pouco.

Aqui vergonha e etiqueta não existiam,comíamos com a mão e melavamos a boca. Em meio a conversas e risos exagerados,o capeta loiro apareceu com aquela carinha que dava vontade de socar e bater contra a parede.

"Você tá falando do seu pai,mais respeito".Foda-se!

Ele olhou para a única mulher no cômodo com cara de poucos amigos,mas ela não ficou para trás. Mesmo com a boca melada ela era intimidadora.

— Não me esperaram para começar a comer e ainda por cima estão comendo iguais a animais. - reclamações,era tudo o que saia da sua boca.

— Licença,mas meus filhos vieram passar um tempo comigo não com você. - já disse o quanto eu amo essa mulher?

— Eles também são meus filhos. - fechou a mão em punhos. Me coloquei em alerta enquanto limpava minha boca,deidara fazia o mesmo,por mais que soubéssemos que era mais fácil Kushina bater nele do que vice e versa,era bom estar preparado.

— Eles são seus filhos agora? Pois na hora de aceitar como eles realmente são,você os chamou de aberrações. - disse em um tom irritado.

— Mãe,ignore a presença desse homem por favor. - pediu deidara bebendo um pouco do suco.

As coisas pareciam ter se acamado ali,mas claro que Minato não podia perder a chance de reclamar a todo momento quebrando totalmente o clima agradável que existia antes dele chegar.

Me levantei disposto a sair da mesa,sabia que se continuasse ali enfiaria aquela comida por um lugar impróprio. Kushina e Deidara repetiram a minha ação,mas claro que o capeta loiro tinha que falar algo.

— Por que estão saindo? Eu ainda não acabei- mais que ódio desse homem.

— Pelo visto você não entendeu,não estamos dando a mínima para você. Viemos passar o tempo com a mamãe,você é  insignificante. - disse meu maninho com indiferença para ele,que orgulho.

— Com quem você pensa que está falando?! - se exaltou e antes que eu o respondesse,Deidara colocou a mão na frente indicando para eu parar.

— Estou falando com um velho escroto e homofóbico. A muito tempo você perdeu nosso respeito e o único culpado de tudo é você. - manteve o tom calmo.

Por mais que deidara gostasse se aparecer mais feminino,aquilo não o deixava fraco. Afinal ele não tinha medo de descer do salto,quebrar a unha e borrar a maquiagem  só para te meter a porrada.

Por mais que evitasse,Deidara era bom de briga e Minato sabia disso,descobriu quando tentou o agredir pela última vez. O que resultou em um olho roxo,imagina qual desculpa ele usou para não ter que dizer que seu filho "bichinha" tinha conseguido o golpear.

Sem esperar qualquer resposta estúpida,saímos da sala de jantar indo para  qualquer lugar longe daquele velho. Mas aí surgiu outro problema: ainda estávamos com fome.

—  Podemos pedir hambúrguer e batata frita,o que acham? - no mesmo instante eu e Deidara concordamos.

Ah,e em relação a comida que sobrou,a que nós comíamos iria servir de alimento para nossos cachorros e o resto da comida nossos empregados levariam para casa.

Claro que isso não agradou nem um pouco Minato,ele preferia deixar ficar ruim do que dá para os empregados. Enfim um homem horrível.

No final esse foi um desprazeroso jantar,por conta daquele homem que um dia já chamei de pai.

[...]

Olaaa
Eu sou o Felipe neto e sejam bem vindos para mais um-- pera vinheta errada.

Olá amigos e amigas.
Finalmente voltei em kkk
Recebi ameaças (sério gente por um capítulo vocês me ameaçaram, começando a ficar com medo ja) porém estou aqui com essa bosta de cap.

Eu não tava com criatividade então saiu isso.
Espero que gostem
Tchau,tchau.

Maldito vizinho!Onde histórias criam vida. Descubra agora