•『".𝘚𝘪𝘭𝘷𝘦𝘳 𝘌𝘺𝘦𝘴."』•

『Cap 1』𝙉𝙤𝙫𝙖 𝙘𝙖𝙨𝙖

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"A paisagem ao lado de minha janela me acompanhava com cada gota de chuva que batia. Mesmo estando em um carro quente e em continuo movimento, continuo sentindo aquele frio em minhas mãos e aquele medo dos olhares tortos. Eu sai culpado de algo que eu nem cheguei a fazer, e a única coisa que consigo é aceitar meu novo destino."

Billy: - Ei, Perry. Você esta bem? Não te vejo piscar faz alguns minutos. - Diz colocando a sua mão em meu ombro e passando a outra por de frente do meu rosto.

Perry: - Que? Ah, eu só estava pensando sobre nossa nova casa. Mudança é algo complicado. - O olho cansado e devolvo um sorriso. - Estamos viajando por mais de 17 horas, não sinto mais minhas pernas.

Só ficamos nos encarando encanto nossa mãe dirigia com um rosto totalmente irritado no banco da frente.

Sra. Monroe: - Vocês podem se manter em silêncio? Fazer esse trabalho todo dia sozinha é totalmente difícil. - Aumenta o som do radio e parece ranger os dentes de tanta raiva.

Eu e Billy nos olhamos em concordância e continuamos a olhar a paisagem do lado de fora. Até que eu comecei a ver um caminho que se seguia em linha reta por muito tempo. Olhei para o lado direito e consegui ver uma placa escrita "Addison apartamentos". Qualquer pingo de felicidade que eu tinha se despediu para um enorme remorso. Como se algo lá em baixo me esperasse, faminto.

Encaro Billy e seguro sua mão com força. Ao mesmo tempo que queria entender isso, eu necessitava ficar longe. Eu já me meti em muitos problemas, não quero ter que me mudar de novo. Não por minha culpa.

Billy me encara com o mesmo olhar e devolve a força de sua mão. Medo. Medo de ver algo que jamais vi. Ver tudo aquilo ou pior. Eu me sinto uma corrente de maldade. Mesmo que eu não queira. Não quero que tudo se repita. NÃO MAIS.

Sra. Monroe: - Chegamos. Me ajudem a levar as caixas para cima. Mas não se cansem, o resto da mudança chega amanhã. - Ela abre a porta do carro e sai. Abrindo o porta malas e tirando algumas caixas, as deixando no chão.

Só largo a mão do meu irmão e saio do carro. Me espreguiçando e pegando algumas caixas. Subindo escadas e descendo. As poucas caixas que minha mãe tinha me falado não existiam. Tudo tratava de uma mentira. Era um porta malas cheio de sacolas e malas pesadas.

Quando eu finalmente termino, me sento no chão estofado do apartamento e respiro fundo varias vezes. Não queria mais levantar. Subir escadas até um dos mais altos apartamentos cansa. Foi difícil passar por aquele policial. Ele sempre tampava a porta.

Billy: - Mas que porra foi aquela? O cara não deixava eu passar pela porta. Tive que mostrar tanto documento que parecia que ele queria que eu mostrasse a bunda também. - Diz entrando na casa e largando tudo no chão. - Que infortúnio, chegamos no meio de um assassinato.

Perry: - Assassinato? - Digo me encolhendo e segurando os tornozelos. - Até aqui?

Billy: - Ei, não fica assim. - Se aproxima e me abraça por cima. - Você esta seguro, seu irmãozinho está aqui e vai te proteger! Menos se o inimigo for um pedaço de queijo. Sabe como é, intolerante a lactose.

Nós ficamos nos abraçando até que ouvimos duas pessoas conversando perto de nosso apartamento. Só nos encaramos e acenamos com a cabeça. Billy me ajudou a levantar e abrimos lentamente a porta. Só colocando a cabeça para fora.

O policial estava tampando a entrada de um garoto azulado com uma mascara que tampava seu rosto. Suas chuquinhas desgrenhadas e a cor do seu olhar me fizeram borbulhar. Borbulhar de pura curiosidade sobre o por que disso. O por que dele.