うぜ-んだよ

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Meus pais estão brigando novamente, já sei até destinguir quando uma briga está por vir, só de escutar a tonalidade de suas vozes, na verdade eles brigam por qualquer coisa então não tem muito o que destinguir. Meu pai havia quebrado meus fones de ouvido a um tempo atrás e alegou que eu passava o tempo todo com eles, é claro que passava, ele passa o dia inteiro gritando por coisas bobas que poderiam ser resolvidas com uma simples conversa. Agora não tenho outra opção a não ser escutar suas brigas. O tempo passa e os gritos começam a ficar cada vez mais altos, minha mãe parecia chorar. Com medo, desço as escadas e vejo meu pai batendo em minha mãe, a mandando ficar calada. Eu sei que pode parecer errado, mas eu não sinto vontade de salvar-la, ela me deu tantas cicatrizes por coisas que eu não tinha nada haver que não me faz ter um pingo de pena da mulher. Mas eu nunca desejaria que alguém passasse pelo que passei.

— Deixe-a em paz! Por favor não a machuque!

Gritei chamando a atenção do meu pai, que se virou para mim, seu rosto estava vermelho, parecia estar fervendo de raiva, se isso for possível, e então ele vem a minha direção com seu cinto de couro nas mãos não havia para onde correr, então apenas fiquei parado de cabeça baixa esperando o cinto ser atirado com força em mim, minha mãe não perdeu a oportunidade de sair correndo da casa, me deixando para trás, e assim minha visão ficou turva e eu desmaiei.

— Ei menino. Acorde, você tem meia hora para arrumar as malas.— Fui acordado pelo meu pai, que jogou uma mala ao lado do colchão onde eu dormia.

— Hã? Para onde vamos?— Disse apoiando as mãos na cabeça, ela doía, mas não consegui lembrar por que ela estava doendo.— Minha cabeça dói...

— Cale a boca e faça o que eu mandei!— Disse e por fim bateu a porta, deixando apenas eu e a mala.

Em menos de quinze minutos estava tudo pronto, não tinha muitas roupas como os adolescentes de hoje em dia, cheios de roupas estilosas, meu guarda roupa é simples, blusas comuns, calças simples e poucos casacos.
Tomei um banho rápido e coloquei uma blusa branca e uma calça jeans de cintura alta com um rasgo no joelho direito, aquela era a minha única peça de roupa que está na "moda". Escovei os dentes, penteei os cabelos e desci com a mala, meu pai me esperava, com seu olhar frio de sempre.

— Está pronto criança?— Perguntou ajeitando a gravata preta e eu balancei a cabeça em confirmação.— Eu te fiz uma pergunta, ou você virou mudo?

— Estou pronto, senhor.— Respondi de cabeça baixa.

— Bom. Leve sue mala até o porta malas, você vai para a Coréia do Sul morar com seu tio.— Pegou a chave do carro e saiu de casa.

Morar na Coréia do Sul? Me parece uma boa ideia, dês de que eu fique longe dos meus pais, por falar em pais onde está minha mãe? A essa hora ela já está acordada, brigando com o pai. As coisas estão estranhas...
Voltando a história de ir pra Coréia, meu coreano é todo embolado, coreano é muito difícil, me adaptar a língua deles será difícil!
Coloco a mala onde meu pai havia mandado e entro no carro, sentindo o cheiro do cigarro, é um cheiro meio forte para um ômega, mas me agrada.

— Tome.— Estendeu um aparelho eletrônico que se parece meu antigo iphone 10.— Para manter contato comigo. Use ele de forma imprópria e mandarei seu tio o recolher.— Peguei o objeto com os olhos brilhando, rapidamente o liguei e vi que ele não havia mexido em nada.

— Muito obrigada pai! Digo senhor.— Rapida- mente me corrigi.— Senhor, posso te fazer uma pergunta?

— Diga.— Disse simples.

— A mamãe não vem?— Perguntei olhando para fora da janela.

— Aquela puta fugiu, deve ter ido pra onde ela pertence.— Respondeu já ficando com raiva.

ᴛʀᴀᴜᴍᴀ - ᴋᴇᴇsᴏᴜʟ ᴘ1ʜᴀʀᴍᴏɴʏOnde histórias criam vida. Descubra agora