Capítulo 21: Nada como nosso lar, doce lar

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—Não há nada como nosso lar, doce lar! — Gojo exclamou ao sair do táxi no qual ele e Geto pegaram para chegarem ao apartamento que dividiam.

— Nem parece que você tentou barganhar Shoko por um daqueles doces típicos com um vendedor da Irlanda — o moreno terminou de retirar as malas do porta-malas do táxi e pagou o motorista.

O platinado revirou os olhos e apertou o botão do portão do condomínio de luxo no qual eles moravam para entrarem. Após ter sua digital escaneada na portaria, ele e seu amigo subiram de elevador até seu apartamento. Antes que se jogasse no sofá desejando estar de volta ao paraíso, que alguns chamam de "ilhas gregas", foi recebido por dois cotocos de gente pulando tentando alcançar seus braços.

— He-ey! — ele sorriu e agachou, tendo seus óculos roubados e um embrulho pequeno estendido para si.

A mãe das gêmeas saiu do banheiro com um pano úmido apoiado em um dos ombros e uma expressão constrangida.

— Senhor Gojo! Me desculpe, elas souberam que vocês voltariam hoje e insistiram para virem comigo.

— Não se preocupe, Linda — ele levantou a gêmea que não havia roubado seus óculos e fugido para o sofá e a pegou no colo — É sempre um prazer ver vocês — olhou para a mais velha com um olhar repreensivo, a tempos ela os ajudava a manter a organização do apartamento, mas nunca perdia o costume de tratá-los com formalidade — Todas vocês.

Suguru entrou logo depois e foi recebido por um gritinho fino da ladra dos óculos de Satoru. A menininha correu para os braços do mais alto.

— Tio Geto! — Nanako abraçou-o e repousou seu queixo no ombro do mais velho, começando a brincar com a gola de sua camiseta preta.

— Senhor Geto — Linda o cumprimentou também.

— Linda — ele sorriu — Que bom que está aqui, tenho um pedido para te fazer.

A mais velha franziu o cenho e arrumou a roupa simples que usava.

— O senhor tem um pedido para mim? — seu tom era ansioso.

— Uhum — ele assentiu — Peço que me deixe levar essas duas para a Disney.

Nem um segundo depois, as gêmeas tornaram-se duas daquelas bolas de borracha que encontramos em máquinas nos shopping, pulando de um lado para o outro, usando os sofás como pontes para que não pisassem no chão, que na imaginação fértil delas, era lava.

A mais velha ponderou por alguns momentos. Recebia o bastante para oferecer uma vida confortável a suas filhas, mas não podia nem sonhar em levá-las ao parque de diversões. Quando ia negar tristonha, Gojo completou o amigo:

— Nos sentimos mal por não termos dado nenhum presente de aniversário para as meninas esse ano. A senhora está convidada também.

Linda riu sem graça e balançou as mãos em frente ao corpo.

— Não, não, confio em vocês — ela observou suas filhas pularem e rirem caindo no acolchoado do sofá — Que dia?

Satoru deu de ombros: — Talvez esse final de semana, não sabemos, temos algumas provas para fazermos ainda.

— Oh, certo — a mais velha concordou.

— Tio Gojo, abre o presente! — a menininha loira apontou para o embrulho que o platinado segurava e ele sorriu.

— Ah, é mesmo — ele puxou o cetim branco que mantinha o saco de presente fechado e retirou um quadro de lá.

A pintura tinha sido feita pelas duas, protagonizada por Gojo e Geto, que estavam posando na frente de uma estátua do Museu do Louvre que as meninas pesquisaram na internet. Na borda de tela havia tampinhas de garrafas pet pintadas de dourado com pedrinhas de brilhantes falsas coladas nos plásticos formando as mais diversas carinhas e formas.

— É melhor do que qualquer foto que podíamos pensar em tirar — Geto disse.

— Vocês tem certeza de que foram vocês que fizeram? — Gojo olhou fingindo desconfiança para as meninas — Tô achando que vocês nos seguiram até a França e tiraram essa foto.

As gêmeas deram risada e negaram.

— A gente que fez! — afirmaram uníssono.

O platinado estreitou os olhos e as duas fizeram o mesmo, entrando na brincadeira do mais velho.

Após segundos, o celular do homem tocou e o mesmo pediu licença a todos na sala antes de ir para seu quarto. O nome de Nanami na tela o fez fazer uma careta confusa.

— Alô?

Gojo — Kento o cumprimentou sem rodeios — Analisei o caso de Jade Zenin.

— Ah, certo. E aí?

Toji Fushiguro não tem queixas prestadas contra ele.

— O que?! — o platinado exclamou.

Tenho algumas fotos que tiraram dela entrando na delegacia para provar que houve sim uma prestação de queixas, mas é um caso perdido, não adiantará nada.

O dono dos olhos cristalinos bufou e se sentou em sua cama.

Homens da elite se safam de qualquer coisa. Apenas peguei o caso para análise, porque sou seu advogado particular. Quer que eu marque uma reunião com ela?

— Não, não. Eu falo com ela. Obrigado, Kento — Satoru desligou a ligação e suspirou, se deitando em sua cama confortável e abrindo o aplicativo de mensagens de seu celular.

[Gojo]: o

[Jade]: o que?

[Gojo]: nanami disse que o toji se safou

Jade respirou fundo, ela já sabia que não daria em nada. Crescera no nicho de corrupção e abuso de poder que os Zenin eram, então não tinha esperanças. Quero dizer, quase não tinha esperanças. Optou por não responder, estava desarrumando suas malas e não queria gastar energia pensando nisso, tinha uma festa do pijama exclusiva com sua melhor amiga naquela noite.

Terminou de desarrumar suas malas e foi direto para o banheiro. Finalizou suas higienes que seriam matinais se não tivesse chegado de viagem e entrou no banho. Um belo banho quente com direito a alguns minutinhos a mais era tudo o que ela precisava para anuviar sua mente e relaxar seus músculos.

O tempo todo olhava para os anéis em seu dedo anelar, os quais não ousava tirar. Eles ficavam lindos nela e o medo de perder a fazia sentir arrepios em sua espinha, então mantê-los o tempo todo em um lugar seguro, como seu dedo, era a melhor opção.

Saiu do banho quando já estava anoitecendo e vestiu uma roupa confortável, levaria seu pijama na sacola. Terminou de organizar seu kit sobrevivência — hidratante labial, escova e pasta de dentes, touca de cetim para não acordar com os cabelos bagunçados e o carregador de seu celular — e chamou um carro de aplicativo.

Chegando na casa da amiga, a qual a esverdeada comprara junto de sua irmã gêmea, foi recebida por um puxão de Mai a direcionando para seu quarto. Mai sentou-se na própria cama e olhou para a amiga com expectativa.

— E aí?

Jade não disse nada, apenas abriu um sorriso largo e levantou sua mão direita, mostrando sua aliança.

.....

boa noite!! capítulo curtinho, mas espero que tenham gostado

próximo capítulo vai ser o último hein, e espero postá-lo logo. fiquem ligados no meu perfil, vem muitas histórias novas por aí :))

desconsiderem qualquer erro não proposital

𝐀𝐬 𝐞𝐬𝐭𝐫𝐞𝐥𝐚𝐬 𝐭𝐚𝐦𝐛𝐞́𝐦Onde histórias criam vida. Descubra agora