Talvez você tenha acabado de ler algo deprimido e destrutivo, e só precise de algo suave e um pouco sujo *pisca pisca*.
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— Desculpe querida, não posso adiar isso mais uma vez — Lena falou, em resposta aos bufos de Kara, alternando o olhar entre a loira e o notebook em cima de sua mesa.
A lua já havia alcançado o ponto alto do céu, deixando a iluminação do escritório por conta das estrelas e do pequeno abajur posicionado em cima de sua mesa de trabalho. Kara estava esparramada no sofá, os saltos jogados no chão e as pernas apoiadas no alto. Ela tinha uma expressão pensativa, no entanto, às vezes ela olhava para a direção de Lena e depois desviava enquanto soltava um suspiro dramático.
— Namorar com uma CEO deveria vir com um contrato, e no topo do papel teria um aviso, com letras grandes e em negrito, alertando sobre a personalidade perigosa de Workaholic — ela murmurou, cruzando os braços sobre o peito enquanto resmungava para o teto.
Lena continuou digitando, apertando os lábios juntos para impedi-los de formar um sorriso, um que faria Kara ficar mais emburrada. Embora ela não se importasse, porque a loira era fofa demais para seu próprio bem, principalmente com as sobrancelhas franzidas combinadas com o beicinho que ela projetava.
— Agh, acho que minha namorada não me ama mais...
Lena parou de digitar, franzindo as sobrancelhas e apertando os olhos. Ao contrário da morena, Kara não impediu um sorriso presunçoso de se espalhar pelo o seu rosto.
Ela sabia como apertar seus botões.
— Não seja má, querida. Essa habilidade é exclusiva e reservada para minha família — Kara torceu o nariz com a "piada", ela sempre achou o humor de Lena esquisito, principalmente porque a maioria eram auto-depreciativos ou envolviam tragedias da família dela, então sempre acabava com Kara abraçando-a, dizendo que não era certo e que existiam maneiras melhores para lidar com seus traumas ao invés de piadas.
Mas quem resiste ao um humor quebrado envolvendo seus problemas como forma de supera-los?
Como se lesse a linha de pensamentos da loira, Lena suspirou antes de sorrir e arrastar a cadeira ligeiramente para trás.
— Vem aqui, querida — ela deu dois tapinhas no seu colo.
Kara levantou do sofá em uma velocidade que a faria desmaiar se ela tivesse pressão baixa. Seus pés descalços tocaram o chão gelado, fazendo seu caminho por trás da mesa e acomodando-se de lado no colo de sua namorada. Ela fez um burburinho contente quando Lena agarrou seu rosto e salpicou alguns beijos em seus lábios e nas suas bochechas.
Kara tinha um sorriso adorável no rosto, e Lena o retribuiu calorosamente, os dois rostos pairando bem perto. Eventualmente, as mãos da morena caíram em suas pernas, puxando suas coxas para que mudassem de posição. Kara, entendendo a dica, passou a perna para o lado, de modo que seus joelhos prendessem os lados do quadril de Lena, agora ficando com o corpo totalmente posicionado para frente.
