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Vianna.

- E lá estava eu, ajeitando minhas malas que tinha acabado de chegar da viagem. Sinceramente, eu odeio isso! Mas eu vou fazer o que? Não tenho escolha! Porém tudo bem, minha mãe fez isso pensando no melhor para mim, então por causa dela eu vou tentar me esforçar para ficar feliz, tudo bem que por.um lado eu até entendo ela por querer recomeçar as nossas vidas, até porque eu não iria aguentar ficar no Brasil lembrando de todos os lugares que o meu pai tinha me levado para passear e conhecer com a minha mãe, e os biscoitos que eu fazia com a minha avó e a cafeteria que eu ia com ela..  então por um lado isso é bom, mas mesmo assim eu sei que não vou esquecer isso tão fácil até porque eu tenho a depressão e a ansiedade, então só piora e não ajuda. E eu acho que dificilmente vou conseguir uma amizade de verdade aqui nos EUA, ao não ser se for só amizade de bom dia ou boa tarde, se é que eles falam isso. Até porque estou conhecendo então não sei direito a cultura daqui. Enfim, melhor eu parar de pensar um pouco e arrumar logo essa bagunça toda.

Tiro as coisas de minhas malas e começo a colocar em cima da penteadeira que eu tenho no meu novo quarto agora, colocando tudo uma coisa do lado da outra. Eu sou bagunçada por dentro e por fora também, mas eu também gosto de ser organizada as vezes, eu queria ser sempre, mas não consigo.

Termino de arrumar todas as minhas coisas, roupas já estão dobradas e colocadas nos cabides do meu guarda roupa, minha penteadeira está arrumada com tudo oque preciso, as gavetas dela também, as gavetas que têm do lado da minha cama também estão organizadas com as coisas que eu preciso pra dormir, como: máscara facial noturna, touca de cetim para o cabelo, meias que eu prefiro deixar mais perto possível de mim caso eu sinta frio a noite, meu vape pra caso eu querer fumar numa crise de ansiedade ou existencial, e meu abajur que está em cima de todas as gavetas, já que ela tem uma base em cima no qual eu posso colocar mais alguns ítens ou objetos. Agora é 18:25 e eu preciso comer alguma coisa, se não vou desmaiar e eu não tô afim agora.

Ouço duas batidas na porta e obviamente seria a minha mãe, porque ela estava no quarto ao lado e provavelmente veria se eu precisava de ajuda pra organizar minhas coisas ou se eu estava bem.

-Pode entrar! - Grito pra ela escutar.

Ela adentra no quarto abrindo a porta devagar.


-Oi filha, está tudo bem?

-Sim mãe, está. - Respondo curta e "grossa" já que as pessoas dizem que eu falo grosseira, mas talvez seja só o meu jeito normal de falar ou eu só não percebo mesmo, quando as pessoas dizem isso eu fico irritada ou apenas não ligo e ignoro a pessoa e a existência dela.

-Uh, vejo que arrumou tudo! - Ela diz sorridente analisando o quarto organizado.

-Sim mãe, eu arrumei rápido.

-Que bom filha, está a querer comer algo? - Dessa vez eu afirmei que sim, raramente como essa hora do dia, mas a viagem me deixou com muita fome e cansaço mais que o normal, por mais que a depressão e a ansiedade já me deixam cansada sem motivo.

-Quero. - Falei.

-Certo, uma pizza talvez?

-Uhum.

-Tudo bem meu amor, já irei pedir. De pepperoni né? - Perguntou a mesma antes de sair do meu quarto, e eu afirmei que sim então ela saiu rapidamente fechando a porta do meu quarto com cuidado e descendo as escadas, eu ouvi o barulho de seus sapatos, não sei porque ela ainda está de sapatos em casa sendo que ela está com eles desde o embarque do vôo, porém tudo bem. Minha mãe é meio louca mesmo.

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⏰ Última atualização: Jun 11, 2023 ⏰

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