CAP 6

673 50 13
                                    

Meu maior pesadelo se tornando realidade. Meu pai descobrindo da pior maneira possível, no pior lugar possível, com as piores pessoas possíveis. Não faço ideia de em que momento a mãe da Andy, Jack e Carina se aproximaram da gente, mas tudo que eu podia ouvir eram os gritos do meu pai, e as únicas palavras que eu conseguia entender eram "enlouqueceu" e "Evans".

"Tio, se acalma" - "Maya me explica o que caralhos você tá fazendo com a minha empresa" - Foi aí que retomei meus sentidos.

"Sua empresa?" - Passei a encarar ele e pude ver Jack do seu lado enquanto Carina parecia completamente perdida com a situação - "Não que seja do seu interesse pai, mas eu consegui de volta a sede de Seattle, a que minha mãe construiu sozinha e você perdeu com seu ego inflado" - "Como é que é? você pirou de vez" - "Maya, não piora as coisas" - "Desculpa, tia, mas quem tá complicando as coisas é ele" - "Sua mãe estaria tão decepcionada com você Maya, eu agradeço por ela não estar mais entre nós, imagina o desgosto dela vendo o que você está fazendo com a empresa" - Inacreditável, que meu pai era manipulador não era novidade pra ninguém, mas tocar no meu ponto fraco assim? - "É claro que você agradece por ela não estar mais aqui, afinal, era isso que você queria, não era? que ela morresse pra que você pudesse ficar com o fruto de todo o trabalho dela? - Eu estava me sentindo sufocada, eu queria dizer isso há tanto tempo, e agora aqui estou eu, em pé, de frente pra ele e olhando no fundo dos olhos dele - "Para de ser escrota Maya, olha o jeito que você tá falando com seu pai" - Agora eu teria que lidar com dois imbecís? não é possível - "Eu peço que não dirija a palavra a mim Jack, você não tem o mínimo de intelecto necessário para entender um terço do assunto que tá sendo tratado aqui" - "Isso mesmo Maya Bishop, mostra sua verdadeira identidade, aquela que só eu e sua mãe conhecemos" - "É realmente a verdadeira Maya que você quer? Aquela que você dizia ser a criança de ouro? a que com 15 anos já tinha o rosto estampado em todos os lugares, que tinha uma carreira de sucesso? ou a que teve que jogar tudo pro alto pra assumir o legado da mãe que o pai estava jogando no lixo" - "Você não tinha futuro como atriz, Maya, você sabe disso" - "Ah eu tinha, sabe por que? porque eu sou boa no que eu faço, diferente de você eu não preciso que ninguém faça nada por mim, eu ganho as minhas próprias medalhas, exatamente como a minha mãe me ensinou" - "Chega! você já conseguiu seu teatrinho, senhor Bishop" - Um completo vazio, era tudo que habitava em mim agora, eu não ouvia nem via ninguém, em mim só existia um grande vazio, que eu não sabia com o que preencher.

"Maya, olha pra mim" - Andy de alguma forma tinha me arrastado pra fora do bar, e agora estávamos em um banco, aquele banco

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.

"Maya, olha pra mim" - Andy de alguma forma tinha me arrastado pra fora do bar, e agora estávamos em um banco, aquele banco... o banco onde eu conheci o céu, e onde eu me condenei ao inferno, o banco onde eu tinha beijado e me despedido de Carina.

"Me desculpa, eu não sabia que ele estava tão perto" - "Tá tudo bem Andy, eu tenho é que te agradecer, eu nunca teria coragem de me afastar dele ou de falar tudo que eu falei" - "Ai que vontade de quebrar a cara dele" - "Victoria!" - "Nem me fala" - Por incrível que pareça Andy era totalmente contra usar agressão como solução - "Não tô acreditando" - "Alerta boazuda, Alerta boazuda" - "O que é que a Victoria tá murmurando?" - "Oi, posso falar com você?" - Não, aquela voz não.

I Saw Love Onde histórias criam vida. Descubra agora