Capítulo - 07

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Jimin

Hoje faz duas semanas que estou morando com Jung. Às vezes, eu me perco nesse castelo enorme, mas, com a ajuda de alguns guardas, consigo chegar onde quero.

Agora estamos tomando café da manhã, apenas nós dois, já que meu irmão e meu avô ainda estão dormindo.

Eu e Jung dormimos muito cedo, umas nove da noite, e acordamos bem cedo também. Até porque, ontem, a gente brincou bastante. Não pensem besteira! Eu estava ensinando Jung a fazer bolo de cenoura, e ele saiu correndo com o creme de avelã. Eu corri atrás dele. Acredita que o palhaço estava escondido no jardim? E comeu quase todo o chocolate.

Esse é o rei que todos têm medo? Um ladrão de creme de avelã dos bolos alheios.

— Terminou de comer, príncipe?

— Sim, amor. — Me levantei, e ele fez o mesmo.

— Vamos dar uma volta no jardim? — perguntou, já pegando minha mão.

— Vamos. — Apertei sua mão, e ele me deu um beijo de tirar o fôlego na frente de vários empregados.

— Como eu amo beijar essa boquinha. — Depositou vários selinhos seguidos em meus lábios.

— Assim, você me deixa envergonhado. — Falei, puxando-o para o jardim.

Eu estava me sentindo meio estranho, e Jung percebeu isso.

Sabe aquela sensação de que algo está errado? Essa mesma que estou sentindo.

— Príncipe? — me chamou.

— Hum?

— O que foi? Tá todo pensativo. — Me abraçou por trás.

— Não sei… só estou me sentindo estranho, eu acho. — Falei a última frase baixinho, só para mim.

— Quer me contar?

— Amor, eu não sei… Tá me dando vontade de chorar também. — Me virei para ele.

Acho que meu lobo está tentando me avisar de alguma coisa, mas o quê?

— Não chore, deve ser seu amor por mim, que é tão grande que tá saindo pelos olhos. — Brincou e riu. Ainda vou morrer com esse homem.

— Palhaço. — Ri e bati fraco em seu peito. — Deve ser isso.

— Tá com você. — Me soltou e saiu correndo.

— Sério isso? — Vi ele assentir, já longe de mim. — Só você mesmo, alfa! — Corri atrás dele.

[…]

Passamos um bom tempo brincando e observando as flores, até que Jung começou a ficar tonto e voltamos para o quarto.

— Jung, eu vou chamar o médico. — Me sentei na cama, olhando para ele, que estava deitado.

— Não precisa, é apenas uma tontu… — Parou de falar e massageou a testa. Isso tá muito estranho.

— Eu vou chamar. — Ele tentou falar alguma coisa, mas eu não deixei. — Você fica aí, Jungkook. — Saí do quarto logo, procurando o médico real.

Passei pela sala de jantar e ainda não tinham tirado a mesa. Como meu alfa ficou mal depois do café da manhã, resolvi cheirar a comida.

Estava tudo normal, até eu chegar no prato do meu alfa.

— Quem fez esse prato? — Falei, entrando na cozinha com o prato em mãos.

— A Gyue é responsável pelos pratos de todas as refeições. — Apontou para a mesma moça que chamou Jung de "Jungkookie" quando cheguei no castelo.

— Vem aqui. — Mandei e cheirei o prato mais uma vez. Ela se aproximou. — O que você colocou no do Jungkook? — Perguntei, e ela ficou pálida.

— Eu não coloquei nada. — Fez uma pausa na última palavra. Ela estava de cabeça baixa.

Olha pra mim, agora! — Meu lobo saiu, o que é bem estranho, já que ele não gosta muito de se revelar.

Ela levantou a cabeça devagar, me olhando nos olhos.

— Si..sim. — Ninguém consegue mentir me olhando nos olhos quando meu lobo está no comando.

O que você colocou no prato? — Perguntei e vi ela ficar paralisada.

— Eu… — Joguei o prato no chão, quebrando-o em vários pedaços, assustando-a.

FALA! — Essa garota tirou a paciência que meu lobo não tem. Eu sei que ela colocou alguma coisa, e eu vou descobrir.

— Me desculpa! — Se ajoelhou, e eu a olhei com desgosto. — Eu não achei que Jungkook ficaria mal. Foi apenas para ele dormir. — Falou e me olhou novamente.

Filha da puta! É "majestade" para você! — Lhe dei um tapa no rosto, e ficou a marca dos meus dedos certinho. — Você vai morrer… — Fui interrompido pela voz fraca de Jung me chamando.

— Amor, eu quero você. — Falou, se escorando na parede. O que essa puta colocou para meu alfa ficar tão fraco?

Ele é um Lúpus. Jung é o único alfa Lúpus que existe e ainda o mais forte de TODOS.

Isso tá me cheirando a envenenamento dos fortes.

— Bebê, era para você ficar na cama. — Meu lobo deixou eu voltar e ajudar Jung. — Como está se sentindo? — Falei e o ajudei a sentar em uma cadeira.

— Parece que minha cabeça vai explodir. — Fechou os olhos. — Ji, tá doendo. — Segurou meu braço.

— Jin, chame um médico, por favor. — Jin é um ômega muito bom. Ele me ajudou a fazer vários pratos novos. Ele deveria ser o cozinheiro principal.

— Amor… — Jung me chamou. — Eu que… — Antes de terminar de falar, acabou vomitando no chão.

— Me ajudem! — Dois betas me ajudaram a levar Jung para o quarto, e eu fiz aquela puta limpar o vômito dele.

[…]

— Ele precisa vomitar a planta, mas ele falou que só queria você. — Olhei para Jung, que ficava cada vez mais pálido.

— Amor, você precisa vomitar. — Falei entre lágrimas.

— Eu… — Antes de terminar de falar, ele levantou um pouco e vomitou no chão.

— Tô aqui, meu amor. — Apertou minha mão e vomitou novamente. — Isso, meu rei, coloca tudo para fora.

De repente, saiu uma única pétala roxa, e ele deitou de novo.

Sim, só uma pétala pode matar.

— Amor, eu não consigo mais vomitar. — Falou com um pouco de dificuldade.

— Já foi, meu amor. — Passei um paninho em sua boca e sorri. — Você vai ficar bem. — Me abraçou, e eu retribuí.

[…]

Faz dois dias que aquilo aconteceu. Jung está ótimo e forte novamente.

E aquela puta já está no lugar dela.

Descobri também que tinha um guarda envolvido nisso e, adivinha? Ele está no mesmo lugar que ela.

Meu alfa deixou que eu escolhesse a punição deles, e, como sou uma ótima pessoa… se não mexerem com meu alfa, meu irmão e meu avô…

Escolhi o Berço de Judas, e eles ainda estão lá, pois vou prolongar essa punição por um bom tempo.

Mas o que realmente importa é a saúde do meu alfa.

☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆☆

Jimin é sim um dos ômegas mais foda que já fiz

My Jeon - Jjk + PjmOnde histórias criam vida. Descubra agora