I Can't Change

II

E vê-lo ali sobre a mesa debruçado como se fosse a mais apetitosa sobremesa, fazia o empresário salivar. Harry era uma ótima refeição diga-se de passagem. E Louis estava insano para degustar cada pedacinho da pele leitosa de Styles. A forma como o mais novo tinha a respiração falha e gemia baixo para não chamar a atenção dos muitos funcionários da casa, deixava o moreno louco. Ter a ideia de fazer algo tão profano e pecador ali na mesa da cozinha da mansão de seu pai, com o noivo dele nublava a mente de Tomlinson, e mais um pecado na sua lista com Harry, e ele não ligaria enquanto tinha o cacheado com os olhinhos verdes parcialmente abertos devido excitação presente em seu corpo febril, não fazia Louis nem ao menos ter tempo de pensar em algo, quando segurou com firmeza o quadril alheio, puxando para próximo de si, enquanto deixava sobre o mais novo e sussurrava rouco em seu ouvindo.

— Posso?

E droga óbvio que ele podia, cada molécula do corpo de Styles o pertencia, mas o moreno não sabia disso. Não sabia a forma que afetava o mais novo e como ele gemia sedento, como a pele de Harry ardia toda vez que os dedos finos do empresário o tocava. Como se seus dígitos fossem brasas acesas e o próprio Tomlinson mais novo fosse chamas.

O amor é fogo que arde sem doer, sim mas para o cacheado doía, ardia e queimava.

Tomlinson analisava cada reação do mais novo, Harry era a própria perdição. Louis se acreditasse em um deus, diria que ele estava o testando. Ele iria para o inferno por trair o próprio pai com seu futuro marido, então noivo dele. O moreno estaria condenado a passar sua eternidade se arrependendo de cobiçar Harry, mas ele não acreditava em deus.

Então iria fuder Harry Styles na mesa cozinha, como uma deliciosa refeição.

E desde que entrou naquele cômodo não pensava em outra coisa ao não ser preencher o cacheado com a sua porra. Fuder Harry até ele tremer em seus braços e lembrar do por que Louis era diferente de seu pai, fuder Styles até ele revirar aquelas iris esmeraldas de prazer e o único som que seja ouvindo ali, seja dos corpos de chocando.

Então Louis lembrou o momento que entrou naquele cômodo.

Os dedinhos batiam a massa de bolo de chocolate manualmente, a bochecha rosinha e manchada com farinha e o balcão da cozinha relativamente sujo. Harry mesmo tendo tudo que precisava na cozinha a sua disposição o dono dos cachinhos revoltos ainda sim preferia fazer tudo a moda antiga, e naquele momento ele ditava a receita como se fosse a mais doce história em voz alta, divulgando hora ou outra por entre as linhas do cadernos de receitas que repousava ali não tô perto para não manchar e tão longe para que ele enxergasse.

Louis passaria horas o observando, ele queria eternizar cada momento e cada expressão que Harry fazia quando achava melhor trocar algum ingrediente da receita por algo que na sua cabeça fazia muito mais sentido. Tomlinson o observava franzir as sombracelhas de enquanto quebrava os ovos e batia palminhas por não te deixado nenhum pedaço da casca cair dentro da massa marrom cremosa.

Ele parecia tão envolvo em seu mundo particular que o empresário não quis atrapalhar e principalmente por saber que apresar a empolgação que Styles aparentava mostrar, ele estava triste ou aborrecido com algo. Louis o conhecia o suficiente para saber que todas as vezes que ele partia para a cozinha e aproveitava o horário de descanso dos funcionários para fazer seus bolos. Ele estava chateado e Louis sabia exatamente o por que do bico aborrecido está pintando o rosto doce de Harry.

Tudo naquele café da manhã contribuiu para que o outro estivesse tentando distrair a mente confusa e cheia de pensamentos errôneos do mais novo. Desde a conversa do primeiro horário do dia, onde se lembrava exatamente as palavras ditas:

— Então Louis, quando tempo você pretender fica aqui em Londres? — Mark não percebeu mais a pergunta enrijeceu totalmente o Tomlinson mais novo, que olhou discretamente para Harry do outro lado da mesa.