Meu coração começou a acelerar, se esse cara não me matasse agora eu ia morrer de ataque cardíaco. Relaxa, se ele tiver uma faca eu consigo desviar, péra mas se ele tiver uma arma? Merda, nem correr eu consigo. Tava pronto pra meter o pé dali, só que ele foi mais rápido e tirou do seu casaco uma folha de papel.....QUÊ?
Fin- Isso é seu?- ele perguntou com uma voz rouca enquanto segurava um dos meus anúncios
Bra- É-é sim- respondi assustado tendo me recompor do susto- Cara que medo, eu pensei que você ia me matar-
Fin- Ehn, por que pensou nisso?-
Bra- Eu sei lá, você ficou me olhando estranho o dia todo-
Fin- Sim, eu queria saber sobre o apartamento-
Bra- Então porque cê não veio falar comigo antes?-
Fin- Achei que você ia entender que eu queria falar com você- Jura? não sabia que olhar pra alguém como psicopata se tornou uma forma de comunicação- Enfim, o apartamento ainda tá disponível?-
Bra- Tá sim- disse ainda confuso
Fin- Ok, então eu vou trazer as minhas coisas amanhã, pode ser?- gente mas já, pensei
Bra- Pode, mas...você não quer dar uma olhada no apartamento antes? Pra ter certeza se você gostou mesmo dele- será que eu deveria ter dito isso? A final eu tava muito desesperado para achar alguém
Fin- Não, o folheto foi muito informativo, tem algum coisa que eu deveria saber?- questionou com a sombrancelha levantada
Bra- Tem uma...- tinha apenas um detalhe que eu não mencionei no folheto- O apartamento meio que só tem um quarto, então a gente teria que dividir ele- uma hora eu teria que falar esse detalhe
Fin- Uhm- foi só o que ele disse. As minhas esperanças foram por água abaixo, podia ter certeza que depois dessa ele ia desistir da oferta e ir embora- Tudo bem, eu não ligo- eu ouvi direito, então ele vai aceitar mesmo assim- É só isso?- indagou
Bra- Sim, é só isso- eu estava com um sorriso tão grande que não tinha como ele não ter percebido
Fin- Então tá...- a porta do metrô se abriu
Bra- Eu desço aqui- caminhei até a porta me preparando pra sair- Ou, qual é teu nome?-
Fin- Finlândia- ele respondeu
Finlândia, é um nome legal. Como o "Finlândia" não disse mais nada eu só saí do vagão e caminhei de volta ao apartamento. Agora tenho um assunto interessante para contar aos meus pais, quando eles me ligarem para se certificar de que eu não tinha morrido
[...]
Port- Se ele tentar te machucar use o número o número de emergência que eu te enviei- Portugal estava me dando mais outro aviso de segurança. Ontem eu contei aos meus pais que eu tinha encontrado um colega de quarto, o velho comedor de bacalhau não ficou tão tranquilo quanto eu achei que ficaria- e não aceite nenhum doce que ele te oferecer, ok?-
Bra- Entendi, nada de doces, só cocaína- brinquei
Port- Brasil, eu estou a falar sério!!!- ouvi o barulho da campainha
Bra- Deve ser ele, eu preciso desligar- avisei afastando o aparelho do meu ouvido
Port- Eu não quero saber de nenhuma droga aí, ouviu?- encerrei a ligação sem dar nenhuma resposta
Abri a porta na expectativa de encontrar o garoto do outro dia. Finlândia estava igualzinho, literalmente, ele tava usando a mesma roupa de ontem. O bicolor estava segurando uma caixa de papelão com alguns objetos dentro dela, olhei pelo ombro dele para tentar achar as outras coisas
Bra- Err, você deixou o resto das suas coisas lá em baixo?- perguntei pronto para me oferecer ajuda para trazer tudo
Fin- Não, eu só tenho isso- tomei um leve susto, ele conseguiu colocar tudo que ele tinha dentro de uma simples caixa
Bra- Tá bom...vem, eu vou te mostrar onde colocar as suas coisas- Finlândia passou pela porta trazendo junto a sua caixinha de papelão
Ele me seguiu até o meu quarto, ou melhor o nosso quarto, talvez agora eu devesse chamar de nosso. Chegando lá o Finlândia colocou a caixa dele perto da cama e pôs algumas coisas em cima de um armário pequeno no seu lado do quarto. Parece que ele não precisou da minha ajuda pra descobrir onde ele ia ficar
Aproveitei que ele tinha acabado de guardar as coisas e o convidei para fizer um tour pelo apartamento. Demos a volta em todos os cômodos, não tinham muitos então nosso passeio foi bem rápido. Mesmo assim tentei explicar pra ele tudo que eu sabia sobre o apartamento, dês de como usar a máquina de lavar ás tomadas da sala que não funcionavam
Bra- Antes que eu esqueça, o síndico me pediu para eu repassar as regras do prédio pra você- o garoto frio sentou no sofá, preparado para ouvir as regras. Percebendo isso peguei rapidamente o papel que guardei dentro do bolso para começar a ler- "Buscando ajudar todos os moradores a terem um convívio harmônico e tranquilo decidimos emitir essas regras. Pedimos que elas sejam seguidas corretamente para evitar...- melhor eu pular essa parte- Primeiro, o prazo do aluguel é de um mês- comecei- mas depois disso nós damos um prazo adicional de dez dias, caso ultrapasse esse prazo adicional pediremos a devolução do imóvel. Segundo, não faça barulho depois das 6h, e de preferência evitar sons muito autos mesmo no horário permitido. Bla bla bla, não são permitidos animais de estimação, bla bla- um som do din-don da campainha ecoou pelo apartamento- Err, só um segundo- deixei o papel no sofá e fui abrir a porta
Japa- Oi vizinho, você teria um pouquinho de açúcar pra me emprestar?- era Japão. Ela estava usando um avental coberto de farinha
Bra- Tenho, espera só um pouquinho- deixei ela esperando por um tempo e depois eu apareci com um saquinho de açúcar
Japa- Eii, quem é o seu amigo?- ela perguntou em um tom malicioso se referindo ao Finlândia. Quando me virei ele tava concentrado lendo o papel com as regras do condomínio
Bra- Não é o que você tá pensando, esse é o cara que vai dividir o apartamento comigo-
Japa- Ohh então você encontrou um colega de quarto- Japão olhou para o Finlândia mais uma vez, depois deu um largo sorriso- Ele não faz o meu tipo, mas até que ele é bonitinho...será que ele tem namorada?-
Bra- Tchau Japão- comecei a empurrar a porta lentamente
Japa- Pergunta se ele tem!!!- disse antes de eu conseguir fechar completamente a porta
Olhei pra trás para ver como o Finlândia estava, não sei se ele ouviu alguma coisa mas se ouviu ele não pareceu ter ligado muito. Fiquei na frente dele pensando em um jeito de puxar assunto
Bra- Então, me fala mais sobre você. Além do seu nome eu não sei de mais nada- ele tirou os olhos do papel e mirou em mim
Fin- Eu não tenho muito o que dizer...-
Bra- Deixa disso, deve ter alguma coisa...já sei, de onde você é?- talvez aquela pergunta tivesse sido um pouco óbvia
Fin- Da Europa- respondeu um pouco incomodado
Bra- Sério? Legal, os meus pais são da Europa também. Eu sempre quis ir pra lá um dia-
Fin- Não queira...- interrompeu- Lá é um lugar horrível, os seus pais tiveram sorte de terem saído de lá- dito isso Finlândia se colocou de pé- Eu vou ler um pouco, fique a vontade para me chamar se precisar de algo- o país entrou no quarto mas depois voltou como se quisesse dizer mais alguma coisa- Eee...obrigado por me deixar dividir o apartamento com você- após isso ele voltou para dentro do quarto
Eu fiquei com interrogação enorme na cabeça, será que eu falei alguma coisa errada? Bom, agora além de saber que o nome dele é Finlândia e que ele péssimo em socializar eu também descobri que ele não gosta da Europa. Não era exatamente como eu pensei que seria o nosso primeiro dia, mas eu acho que a gente vai se dar bem
❆
VOCÊ ESTÁ LENDO
Colega de Quarto- Countryhumans
FanfictionBrasil vai para a universidade, e como primeiro passo na sua vida acadêmica ele precisa encontrar alguém para dividir o quarto. Finlândia, um país frio e anti-social, o total oposto do nosso brasileiro, aceita morar com ele e dividir apartamento. E...