⛸. . .𝑠𝑖𝑛𝑜𝑝𝑠𝑒 ↴
ー Tudo começa com um encontro casual entre Sunghoon e uma garota desastrada em um lago congelado. No entanto, a vida da protagonista está longe de ser tranquila. Após a morte de seu pai adotivo, ela é forçada a se mudar para u...
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Estava aflita. Era como se meu coração apertasse mais a cada tentativa de reanimação exercida sob o meu pai pelos operacionais, no entanto, ele não reagia. Começava a pensar no pior e pestanejava para afastar as lágrimas. Recusava-me a acreditar que haveria um final trágico alí mesmo, diante dos meus olhos, sem eu puder fazer absolutamente nada além de ficar parada de braços cruzados à espera de alguma reação por parte do meu progenitor.
Eu não podia, ou melhor, não conseguia observar tal cena, então pus minha cabeça afundada no peitoral doeu irmão na esperança de mudar os pensamentos por milésimos segundos, isto era, até que eu percebesse certa leveza em quem antes me abraçava tão forte. Ao notar que Jay havia se soltado, olho para seu rosto que estava em total melancolia olhar para a direção do cenário deplorável. Segui seus olhos sem pensar no arrependimento que sentiria depois, mesmo que não houvesse jeito, pois a notícia viria a calhar a qualquer momento.
Os paramédicos haviam desistido. Não tinha mais o que se fazer. Ele se foi...Acabou.
[. . .]
Era como nós filmes clichês. Luto, tempo nublado, chuva, todos com vestimentas pretas e seus guarda-chuvas não eram diferentes. Não havia familiares, era apenas eu, meu irmão, Sunoo e Amélia e mais alguns vizinhos próximos. O local esvaziava, até que ficasse completamente vazio, tirando por mim e meus irmão que durante todo o enterro além de abalado como todos, mas principalmente eu e ele, o mesmo tinha um semblante preocupado e pensativo, algo o perturbava em sua mente e algo me dizia que eu iria saber a qualquer hora do que se tratava.
Meu irmão tinha se distanciando para falar com alguém no celular, bom, não demorou muito até que o mesmo voltasse e fôssemos embora.
[. . .]
Algumas semanas haviam se passado e eu não estava indo para a escola e nem saindo para qualquer outro lugar, pois tinha que ajudar meu irmão com a casa, estava difícil. Estávamos passando por uma crise financeira, meu irmão tinha conseguido um emprego que infelizmente pagava menos do que um salário mínimo, tínhamos que economizar com tudo e isso incluí até na comida, apesar de que eu comia mais que Jay, já que ele deixava de comer mais do que queria para me ver satisfeita e isso partia meu coração.
Hoje era um desses dias que meu irmão estava no trabalho do qual ele só chegava tarde em casa, e pelo visto hoje seria mais tarde do que o comum. Ouço o telefone tocar e vou atendê-lo, era Jay.
✆ LIGAÇÃO
__: Jay? Algum problema?
Jay: Não, só liguei para avisar que chegarei um pouco mais tarde em casa e por isso você cuidará do jantar?
Jantar? Até parece que havia enlouquecido, Jay era o cozinheiro da casa, já eu por outro lado, um desastre para a profissão.
__: Eu? Ter que fazer o jantar?
Jay: fazer? - Ele gargalhou do outro lado da linha - A última vez que você chegou perto de uma cozinha os nossos pais tiveram que ligar para os bombeiros. - Ri com a desastrosa lembrança deixando escapar uma lágrima ao lembrar do tempo que ambos ainda estavam conosco - Acho que tem uma quantia de dinheiro na segunda gaveta do meu quarto, não lembro o quanto era, mas deve ser o suficiente para você passar naquele mini mercado próximo de casa e comprar alguma comida pronta que só precise esquentar ou algo do tipo. Agora preciso ir.
__: Está bem!
LIGAÇÃO ENCERRADA
E assim eu fiz, fui até seu quarto em direção ao criado mudo, mas não lembrava em qual gaveta ele havia falado, então abri a primeira gaveta procurando pelo dinheiro, mas tudo que achei era um envelope aberto endereçado ao meu irmão, a curiosidade era algo que me corroía, mas não era muito importante agora, então fechei a gaveta abrindo a que vinha logo depois e dando de cara com uma certa quantia de dinheiro.
Peguei meu casaco e saí de casa indo até o mercadinho. Ao chegar lá, logo percebi que a quantia, diferente do que Jay achava, não era o suficiente. Todo tipo de alimento pronto tinha um preço além do que podia pagar. Eu já tinha rodado praticamente todos os corredores e não tinha nada mais em conta. De repente, encontrei um lamen que brilhou os meus olhos, Jay amava aquele lamen, era seu favorito dês de criança, nossos pais costumavam comprar para nós quando mais novos, mas infelizmente era caro.
Foi então que o pior pensamento que podia vir de mim, veio. Olhei para os lados procurando por câmeras e só achei uma, esperei ela se mover para fora do meu alcance e então estiquei meu braço em direção ao alimento na intenção de pegá-lo e esconde-lo em meu casaco, mas antes que isso fosse possível, alguém segura meu braço me impedindo. Olho rapidamente para a pessoa e rapidamente o reconhecendo.
Sunghoon: Não faça isso. - fala em um tom não tão alto para que mais ninguém pudesse ouvir além de mim -
__: Sunghoon, não me leve a mal, mas não é da sua conta. - com minha outra mão solto meu braço -
Sunghoon: Você ia roubar isso?
__: Eu...eu... - não sabia o que dizer nem para onde olhar, sabia que ia me arrepender independente de como fosse, mas ser pega em flagrante era ainda mais vergonhoso -
Ele suspirou fundo pegando o lamen e me puxando até o caixa logo em seguida pagando.
__: O que tá fazendo? - ele ignora minha pergunta pegando a sacola com o alimento já pago e nós levando para fora do estabelecimento - Não deveria ter tirado do seu bolso.
Sunghoon: Alguém tinha que tirar, porque você não ia tirar do seu. Pode me explicar o que tava fazendo? Ou melhor, por que estava fazendo isso?
Era como sentir uma facada, nenhuma palavra conseguia se formular para formar uma frase que desse a entender o porquê eu estava prestes a fazer ou algo que não quisesse me fazer chorar. Então apenas me mantive em silêncio.
Sunghoon: Entendi...Apenas não roube mais, não é certo. E sei que você sabe disso também. - eu não sabia o que dizer, então de cabeça baixa e no mais baixo tom possível soltei um "obrigado" antes de simplesmente ir embora -