A Maldição - Drarry

A Maldição

P.o.v's Harry
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Ele fez algo comigo.

Naquela noite.

Sinto minha pele arrepiada, uma sensação de agonia, medo. Não me sinto seguro.

— Harry, você está bem?

Sinceramente, não sei responder a essa pergunta. Não consigo parar de pensar na noite no ministério da magia. Seus olhos resplandeciam ódio e caos. Voldemort, não aceitou aquela derrota facilmente e alguma coisa dentro de mim concordava com isso.

— Estou, professor Slughorn. Só não tive uma boa noite de sono. — Harry respondera engolindo em seco.

— Probrezinho Potter, está precisando de uma canção de ninar.

Malfoy e seus amigos idiotas não perdiam uma oportunidade de chamarem atenção fazendo o que sabem fazer de melhor. Acabar com a minha paciência.

Meus punhos se fecham e uma raiva enorme toma conta de mim. Me viro e avanço para cima de Draco fazendo o restante da sala e até mesmo o professor ficaram surpresos. Algo em mim havia mudado, o loiro acabara de perceber.

— O que vai fazer, Potter? Acha que tenho medo de você?

Suas palavras me esgotavam, Draco era desgastante. Furioso era como eu estava ali a sua frente. Eu o encarava com uma vontade enorme de fazer algo de que podia me arrepender, de que iria acabar com um dos meus problemas facilmente.

O que me surpreendeu foi o fato de que ele estava se recuando, sua feição era de estranheza e... medo.

Em questão de segundos, aquela sensação de ira se esvaiu de mim e era como se eu estivesse em um transe e acabara de despertar.

Volto a minha mesa com pressa, com os olhos fechados. Assim que os abro olho diretamente para o reflexo do meu caldeirão e pude entender o motivo do medo de Malfoy, meus olhos estavam em um tom amarelado, um pouco brilhante.

— O que foi isso, Harry? — Rony se preocupava ao meu lado. Não só ele, mas todos tinham a atenção em mim.

Pego meu livro velho de poções que havia sobrado no armário e saio da sala as pressas.

O caminho até o salão comunal nunca me pareceu tão longo. Estava tonto. Ofegante.

Chego no dormitório e deito em minha cama. Minha cabeça doía, meu corpo ardia, uma sensação de que algo estava a acontecer e aquela era apenas uma demonstração.

Sem querer deixo meus óculos caírem, porem por incrível que pareça não fez diferença alguma, eu conseguia enxergar normalmente, como se eu nunca mais fosse precisar deles.

A dor de cabeça aumenta e minha mente se vai para a noite em que creio que tudo isso começou, no ministério da magia. Quando Dumbledore lutara com Voldemort em sua primeira aparição depois que o mesmo voltou.

Ele sussurrava palavras a mim, outra parte de si, outra face. Enquanto Dumbledore estava distraído, ele me amaldiçoava com algo que eu não compreendia. A única coisa que eu sabia é aquilo iria me destruir.

As memorias são apagadas pelo aroma e... cheiro, do meu amigo se aproximando. Rony parecia não tomar banho a uma semana.

— Harry, a Hermione está esperando lá embaixo.

Desço junto com Rony para o salão encontrar ela. Parecia nervosa.

— O que você estava pensando? Vai perder pontos por sair assim no meio da aula.