Em meio a uma temporada caótica, e bem diferente do esperado, Lewis conhece uma figura que e o tira da pressão e das preocupações com Fórmula 1 durante a sua passagem pelo Texas.
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"You say you like the wind blowing through your hair Roll with me 'til the sun goes down Texas sun"
O som agudo do despertador ecoou pelo quarto, fazendo Lewis revirar os olhos e bufar. Um comportamento nada habitual. Ele adorava acordar cedo, em especial nas semanas de corrida e adorava o Texas. Esse ano, porém, tudo estava diferente. A Mercedes arrastava sua temporada com um rendimento péssimo. As estratégias da equipe pareciam amadoras comparadas às dos anos anteriores, o carro não respondia às atualizações como esperado, a pressão e especulações da mídia pareciam cada dia mais ridículas e o projeto do oitavo título em 2022 já estava no lixo. Estava tudo uma verdadeira merda.
Quando se lembrava de tudo que passou e superou para chegar à Fórmula 1 e estar no topo da categoria há tantos anos, sabia que a resiliência e ele eram melhores amigos. Sabia que só ele conseguia se levantar, todos os dias, para fazer o que precisava ser feito, mesmo com as expectativas no chão, e conseguir tirar resultados impressionantes de contextos terríveis. Mas ainda assim, estava de saco cheio.
Lewis não via a hora da temporada acabar.
Ele se levantou, relutante, abrindo as cortinas e notando o sol já erguido ao horizonte. Passou alguns minutos contemplando as cores no céu, em uma conversa interna na tentativa de decidir se sairia para a sua habitual corrida matinal ou permaneceria ali e terminaria por correr em uma das esteiras na academia do hotel.
As batidas na porta o tiraram de seus pensamentos, e o levaram a encontrar uma Angela sorridente (como sempre) e pronta para correr pelas avenidas de Austin. Sua fisioterapeuta era, provavelmente, a única pessoa que o auxiliava a manter a sanidade mental diante das tantas batalhas daquele ano, e por isso ele rapidamente se vestiu e a acompanhou para fora do Fairmont Hotel em poucos minutos.
Hamilton terminou sua corrida, tomou café, um banho, passou um tempo no simulador, tirou um cochilo, almoçou, levou Roscoe a um parque próximo ao hotel e o relógio ainda marcava 15:55. O tempo parecia se arrastar, e ele começava a se irritar. Era segunda-feira e ele se questionou do porquê chegar em Austin tão cedo, se os compromissos do fim de semana só se iniciavam, oficialmente, na quinta.
Colocou seus fones de ouvido e desceu para o hall de entrada do edifício. Estava realmente entediado e não tinha a menor ideia do que faria, mas precisava sair do quarto e julgou que, por pelo menos alguns quarteirões, uma caminhada tranquila daria ideias a ele.
Ele não precisou ir muito longe.
O Dodge Challenger do ano 1970, modelo R/T, na cor branca, conversível e com rodas cromadas estacionado em frente a um restaurante, chamou sua atenção imediatamente. Seus olhos brilhavam como de uma criança vendo o brinquedo mais surreal à sua frente. Seu pai, Anthony, costumava dizer que aquele carro era o sonho de consumo dele quando menino, e Lewis entendia o motivo. O carro era incrível.