Encontrei Malu na saída e como ela já sabia o que tínhamos que fazer fomos até o hospital o mais rápido possível. Estou nervosa, afinal é o meu primeiro roubo.Chegando lá eu estava suando e notei alguns olhares desconfiados enquanto atravessava a recepção e a sala de espera, mas acho que era impressão, entramos em um corredor onde tinha uma porta escrito "Armazém de doações".
-Acho que é aqui – Sussurrei para Malu que assentiu e abriu a porta.
Quando entramos vimos imensas geladeiras e assim que vi o rosto de Malu se transformar completamente, com veias embaixo dos olhos e as pupilas se dilatando, constatei que realmente estávamos no depósito de sangue.
Enchemos a bolsa com várias e várias sacolas bolsas de sangue mas achei melhor fazer aquilo sozinha pois vi que estava difícil para ela se controlar.
-Deixa que eu faço isso, vigia a porta. – Falei à ela, quando virou olhei para seu rosto e parecia que acabara de ver um fantasma, me virei assustada para ver quem estava na porta, senti meu corpo enfraquecer e ficar mole, quase desmaio dentro daquela sala minúscula, ou poderia acontecer algo pior se eu não tivesse controlado minha respiração.
Não podia ser! O que está acontecendo? O quê ele esta fazendo aqui? Ele é um puta de um gato mas agora não é hora de pensar nisso.
Não acredito que o cara com quem eu sempre sonhei estava ali bem a minha frente, me olhando como se fosse louca e talvez, eu fosse mesmo.
-Mas que porra está acontecendo aqui? - Ele pergunta quase gritando. Merda. Como fui me meter nisso!
O quê eu falo? Foco Beatriz, tenho que me concentrar na Kath.
Antes que eu possa começar a me explicar, Malu se aproxima dele rápido e o olha nos olhos.
-Você não viu nada, não sabe quem somos e muito menos o que viemos fazer aqui! Agora volte para a sua vida fútil e sem graça.
-Bom, acho que isso não vai funcionar comigo. – ele diz com um sorriso maldoso.
Percebo que Malu se assusta e dá alguns passos para trás. O quê esta acontecendo aqui?!
-Por favor, não conte para ninguém, eu realmente preciso do sangue, mas não posso contar o motivo. – Digo nervosa e com os olhos suplicantes.
-Eu sei que você precisa, este é o MEU banco de sangue, se você pegar vai estar roubando de mim e eu não vou gostar disso. – ele disse ameaçador, gelei na mesma hora, ele é um vampiro.
-Vai Harold, para de graça, não a assuste, ela nem sabia de nós a menos de 24 horas. – Ela disse sorrindo, o quê?
Ela o conhece? Como?
-Diga aos outros que vocês pretendem ser voluntárias e eu estava lhe mostrando o hospital- Diz o homem à minha frente. Olho para Malu e ela estava estranha, parece que lembrou de algo e não gostou. Assentimos e ela me puxou para fora da sala, eu queria ficar lá dentro com aquele Deus grego, pensei em nós dois em cima daquela recepção e fazendo coisas imaginárias com ele... Meu Deus eu preciso parar com essas coisas, estou muito pervertida.
Chegamos em casa uns 10 minutos depois de sair do hospital, preciso fazer 16 logo, quero minha carta. Eu e Malu conversamos muito na volta de casa, incluindo seu vampirismo, ela me explicou como são as coisas, quando você se torna um vampiro, todas as suas emoções são amplificadas. Conversa vai, conversa vem e eu não consigo evitar e pergunto.
-Como você conheceu o Harry? - o nervosismo me consome quando as palavras saem da minha boca, mas espera, porque eu estou nervosa?
-Depois que eu e Car nos transformamos em 1511 ela foi viajar pelo mundo sozinha, depois de uns anos resolvi fazer o mesmo, até porque as pessoas já estavam desconfiando porque eu não envelhecia. Até que em 1695 eu estava na Bulgária e fui convidada a uma festa no palácio do rei, quando um certo rapaz me chamou para dançar, conversamos muito durante a festa, ele me disse que seu nome era Harry Styles, ficamos muito amigos a ponto de dividirmos uma pequena cabana. Em 1675 a Car me achou, ela havia entrado pela janela me fazendo pular de susto, então o Harry foi no meu quarto e a conheceu, depois de um tempo eles começaram a ficar e foram 10 anos de idas e vindas, brigas. – ela parou e deu um suspiro de mágoa – Car sempre foi muito controladora e esse era o problema. Até que em 1732 eles terminaram e eu acabei me afastando do Harry. Uns meses depois acabei brigando com Harry por conta dela e depois disso não falei e nem encontrei mais ele. – ela pareceu triste.
-Entendi... Desculpa por te fazer lembrar. – Me sinto culpada, ela somente assente.
Entramos em casa e já ouvimos risadas, gargalhadas. Que bom, Kath já acordou, estou mais aliviada.. Mas ela está rindo com quem?
Entramos no quarto e me deparo com uma cena um tanto quanto engraçada, Zayn e Kath estão jogando Twister e Kath está toda "torcida" e meu irmão estava tentando passar a mão por baixo da barriga dela se esticando todo. Meu Deus, solto uma gargalhada.
-OOOOOOOOOIEE! – Grito e eles tomam um susto e caem. Zayn caiu com a cabeça na barriga de Kath e o pé dela na barriga dele e eles meio que se embaralham, não resisti e começo a rir, Malu também ri e muito.
Quando eles tentam se levantar, Kath se desequilibra e cai de novo, 3 vezes seguidas, eu nunca ri tanto assim. Kath me olha e eu sei que ela esta furiosa.
-Cacete Bia! Que susto. Eu até ouvi passos mas não sabia que eram vocês. Jesus Cristo. – Ela estava ofegante.
-Pô Bia, eu estava concentrado, pronto para ganhar e você faz isso? Eu ia ganhar facinho essa. – Zayn diz provocando Kath.
-Falou o cara que perdeu as ultimas duas – ela solta um riso.
-Calem a boca! – Grito interrompendo-os e impedindo de uma confusão se formar ali, quando vejo, os dois me olham indignados. – Bom Kath, essa é Malu, ela também é vampira e nos ajudou ontem a noite.
-Olá Malu, valeu! Não sei o que você fez mas já te adoro. – Ela diz sorridente, Kath, boba como sempre.
-Olá, ainda bem que você melhorou rápido! Mais rápido que o normal! – Responde Malu.
-Ela acordou assim que vocês saíram, conversamos por algumas horas, tentei forçá-la a comer alguma coisa mas tudo o que ela comia, voltava. Então quando ela deu uma melhorada eu dei a ideia de jogarmos Twister para animar, mas ela não sabe perder. Não jogo mais com você. – Zayn resmunga num tom brincalhão. Não sei porque mas estou sentindo algo diferente nesses dois, seus olhares.
-Isso é normal! Durante a "passagem" você só pode "beber" sangue, o resto volta. – Malu diz com as aspas.
-Bom, você esta bem? Não esta com dor? Nada? - pergunto preocupada.
-Estou ótimo, só a dor dessa louca caindo em cima de mim mas, tudo bem. – Zayn responde e todos os olhares voltam para ele confusos. –O quê?
-A pergunta foi para Kath, idiota. – Digo mais que brincando e solto um riso.
-Estou ótima, esse cara tem um cabeção, doeu na hora mas estou bem. – ela diz, olhando para todos, brincando. Vejo Zayn mostrar o dedo do meio para Kath e todos riem.
-Bom, gente, agora precisamos da resposta da Kath... – ela hesitou. – você tem mais 24 horas para decidir se você quer fazer a transição ou não.
-Kath, normalmente são 48 horas mas você já ficou metade do tempo deitada. Preguiçosa como sempre. – Zayn a provoca mais uma vez mas, antes que ela pudesse responder eu digo.
-Bom Kath, agora é sério, preciso saber o que você vai decidir. Vou te apoiar se quiser continuar com isso, quero muito que fique, afinal, você é a minha melhor amiga desde os nossos 5 anos, somos praticamente irmãs mas, se você não quiser.. Terei que aceitar do mesmo jeito... A escolha é sua. – Eu lhe digo tentando segurar as lágrimas.
-Você quer decidir agora ou quer um tempo? - Zayn diz a coisa mais sensata e educada do dia até agora da parte dele claro.
-Não eu vou decidir agora – ela hesitou, e o medo em seus olhos, a conheço muito bem, ela não consegue evitar nada de mim.
-Então o que vai ser? Você vai querer? - Malu pergunta de um jeito carinhoso, mas bem direta.
Kath abaixa a cabeça, parece estar pensando, ela demora uns segundos e olha para mim. Não consigo ler a sua expressão.
Ela abre a boca para responder e...
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Bom gente, eu tentei postar o capítulo hoje a tarde mas não deu, sorry.
Como vocês sabem o próximo capítulo vai sair sexta- feira, se não der problema hahaha
Continuem votando e comentando lindos e lindas! Compartilhem a fic!
Beijoooooooos
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The Destiny
Fanfiction"Ao sair do carro, senti um frio na espinha; era como se alguém estivesse me observando. Olhei pelo meu ombro e não pude acreditar no que meus olhos viam. Era ele?"