#1 em Romance, Hot, Drama e NewAdult (09/07/23)
Se apaixonar por sua melhor amiga não parecia algo conveniente na vida de Thomas até o exato momento em que conheceu Isabelle. Mas, mesmo tentando lutar contra, foi o que aconteceu. Numa tarde de terça...
"... Um dia, nós dois iremos viajar para todos os países que quiser. Eu levo você. Vou ser tão rico a ponto de comprar uma ilha inteira e colocar o seu nome nela. E vai ser apenas nós dois lá por um tempo, não vamos receber visita sequer dos nossos pais."
— Mensagem de Thomas para Isabelle numa madrugada em que ele não conseguia dormir e fizera planos um pouco absurdos com ela.
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Daniel e eu estávamos na banheira entretidos com a música ambiente. Seu apartamento era de tamanho mediano, mas luxuoso por preferência dele. Gostava de coisas espalhafatosas — como um closet apenas para ele, mas com um espaço enorme sobrando dizendo que era para caso eu quisesse usar — pares de sapatos caríssimos, joias, relógios e uma inclinação para coisas douradas que chegava ser engraçado. Em seu quarto havia espelhos espalhados pelas paredes onde conseguia nos ver em todas as posições possíveis, e o banheiro não era muito diferente. Cada espaço daquela casa parecia ter sido montado com uma personalidade diferente. A cozinha destoava com tons cinza e preto nos eletrodomésticos e o vermelho vivo do armário, enquanto a sala tinha móveis de madeira crua e cortina cor de caramelo. O chão era branco e encarpetado por causa do barulho dos passos, as paredes pintadas de cor gelo. Em minha visão aquilo era uma bagunça, mas na dele estava exatamente do jeito que gostava.
Felizmente Daniel não era tão brega em suas vestimentas quanto era em decoração.
Se fosse eu a escolher um lugar para morar seria quase igual à minha casa. Um local grande, com espaço o suficiente para todos os residentes e hóspedes, um jardim com um balanço, árvores frutíferas e uma piscina exatamente como era. Talvez uma casinha para um cachorro e alguns brinquedos para os gatos espalhados.
Porém, eu não tinha planos para comprar uma casa, e Daniel não gostava de coisas que pudessem dar tanto trabalho para cuidar. Um apartamento era perfeito para ele por causa do emprego e do fato de estar constantemente viajando.
— Essa sua boquinha está muito calada ultimamente — ele diz enquanto toca nela. — O que está passando nessa sua cabecinha, hein?
— Neste momento, nada — esclareço. É verdade. — Felizmente a sua ideia funcionou muito bem.
Daniel sorriu.
— É claro que sim, e pode-se dizer que eu li seus pensamentos. — Ah, se isso fosse verdade estaríamos numa briga agora, e não dessa maneira. — Sabia que precisava tirar um momento para relaxar.
Suspirei e deixei minhas costas se recostarem nele.
— Obrigada.
— Mas eu ainda acho que tem algo a perturbando, e não quer me contar o que é.
— Está desconfiado por eu ter ido à psicóloga, não é? — questionei sabendo que foi isso a deixá-lo de orelha em pé.
— Você anda um pouco distante, Isa — Daniel esclareceu colocando-me frente a frente com ele. — Parece que seus pensamentos estão em outro lugar.
