— Namra. — você disse. Ela piscou furiosamente, virando-se como se não soubesse onde estava. Ela engoliu em seco e reajustou-se em seu assento, aparentemente desconfortável. Você franziu a testa e se virou para ela. Vocês duas estavam sentadas na beira da janela, com Suhyeok encostado na parede ao lado dela. Seus pulsos foram amarrados juntos e você segurou a mão livre dela. Ela puxou-o para longe e deslizou para mais longe de você.
— Algo está errado?
Ela respirava pesadamente. — Eu pensei... Morder... — Você franziu as sobrancelhas e se aproximou. — O que você disse? — Ela suspirou e desviou o olhar, antes de se aproximar. — Eu pensei que eu ia te morder. — Então foi por isso que ela de repente começou a se mexer. Você suspirou e passou os braços ao redor dela. Ela não se moveu, mas não se afastou. — Pare de se preocupar tanto.
— Não posso.
Você se afastou o suficiente e colocou o braço entre vocês duas. Você puxou a manga para cima e expôs sua pele para ela, erguendo as sobrancelhas.
— Você quer me morder? Experimente. — Ela instintivamente colocou as duas mãos em seu braço para empurrá-la para baixo e para longe de sua visão. Ela engoliu em seco.
— Não me testa. — Você sorriu, voltando para sua posição anterior e se encostando na janela.
— Eu confio em você. — você disse baixinho: — Então, por favor, tenha mais fé em si mesma.
— Trêsmesesdepois —
Você ficou feliz que Suhyeok não conseguiu manter a boca fechada que nem o resto de seus amigos, ou você teria desprezado Onjo por não ter contado a você. Hoje à noite, vocês estavam todos indo para o telhado de sua antiga escola. Onjo tinha visto um incêndio de longe e, olhando mais de perto, todos podiam dizer que ela tinha visto direito.
Andar pelos corredores da escola parecia estranho. Tudo foi destruído, cinzas cobrindo todos os cômodos. Você passou por sua antiga sala de aula. O som fraco de sua voz e a voz dela falando durante o intervalo quase podia ser ouvido.
— Passado —
— Namra, me desculpe, vou ficar quieta! Por favor, me ajude com meu dever de casa. Por favor, por favor? — você disse. Ela olhou para você sem expressão, antes de voltar para os livros. Então você se jogou na mesa dela. Ela lhe passou um caderno, aberto na página das anotações que ela havia feito na aula em que seu dever de casa era passado. Você se levantou e sorriu alegremente, dando um soco no ar.
