Voltei para casa e tomei um banho demorado. Noah vai dormir em um hotel e sinceramente nem sei se ele vai ao casamento. Penteio meu cabelo com uma certa dor no coração por talvez não ver mais o Noah.
Escuto alguém bater na porta e eu ignoro, finjo que não tem ninguém.
A pessoa abre a porta e fica parada me observando, enquanto eu não movo um músculo se quer para ver quem é.
- Oi - é a Shivani, me viro para ela sem reação e não a respondo, finjo que não é comigo - Eu só... queria te agradecer por não ter me desmascarado na frente do Bailey – suspiro - Eu quero contar, mas não na véspera do casamento. A escolha do momento é... essencial - suspiro mais uma vez e me viro para ela.
- Tem razão. Escolha o momento certo - ela sorri pra mim e se aproxima, certamente para me dar um abraço, porém eu a afasto com minhas mãos e ela me olha confusa - Para quando ele ouvir que você transou repetidamente com o melhor amigo dele, e ele não achar que o mundo inteiro está desabando e que não tem saída, já que você o convenceu a se casar com ele.
- Any… - ela diz com a voz chorosa.
- Ah, não se preocupe - a corto - Seu casamento vai ser perfeito. Amanhã eu vou sorrir, dizer as coisas certas e você vai lidar com Bailey quando estiver pronta – suspiro - Mas agora, essa noite, eu não vou fingir que está tudo bem - solto de uma vez e ela começa a chorar, então percebe que eu não vou mudar minha opinião e sai do quarto.
Suspiro mais uma vez e me deito na cama. Apago todas as luzes e fecho os olhos para dormir, mas parece impossível.
Não consigo pensar em outra coisa a não ser Noah abraçado a mim, abraçado á minha cintura. Ou eu deitada em seus braços. Ou em seus beijos, seus toques. Seu jeitinho...
Quando menos me dou conta as lagrimas já estão descendo novamente.
- Eu estou bem - digo á minha mãe que me olha duvidando na outra cadeira.
Estamos no salão arrumando nossos cabelos e fazendo maquiagens essas coisas todas.
- Não acredito – ela dúvida de mim.
- Eu estou bem, é sério – forço um sorriso – Mas não importa, hoje é o dia da Shivani – mexo em qualquer coisa na penteadeira só para disfarçar e mudar o rumo do assunto.
Não deixei que mexessem no meu cabelo, então eu apenas deixei os cachos um pouco maiores e mais definidos.
Fiz uma maquilhagem bem leve e bem simples, apenas para esconder as minhas olheiras e o meu rosto inchado de chorar. A única coisa que todas precisariam usar obrigatoriamente era o vestido num tom vinho.
Meu vestido é bem bonito. É longo, bem marcado na cintura com uma fenda deixando minha perna levemente exposta e cobrindo todo o meu pescoço, deixando os ombros de fora.
- Vamos? Estão todas prontas? – assentimos e entramos na limousine – Está faltando alguém – olho em volta.
- Marina! – grito e saio da limousine atrás da daminha – Marina? – chamo por ela – Cadê você pequena, está na hora de irmos! – procuro por ela e nada.
Até que vejo atrás do balcão um lacinho vinho.
- Onde será que ela está hein – brinco – Achei você! – ela ri mas logo para – O que foi pequena?
- Eu estou com vergonha – sorrio pela sua voz fofinha.
Ela é uma prima nossa de segundo ou terceiro grau, tem apenas quatro aninhos. A mãe dela a deixou por nossa conta então ela já está no local onde será a cerimónia.
- Não precisa ter vergonha pequena. Vai ser super divertido – seguro sua mãozinha – Olha o seu vestido que coisa mais linda. Está parecendo uma princesa – sorrio e ela tenta segurar um sorrisinho – Lá só vai ter gente que você conhece, e depois que você entregar as aliançar para Shivani e o noivo dela, você pode ir ter com a sua mamãe, okay? – ela assente e eu a pego no colo – Agora, que tal andarmos naqueles carros chiques e bem, grandões, igual daqueles filmes? – ela bate palminhas e vou para fora do salão – O que você acha?
- Eu acho uma ótima ideia! – rio do jeito que ela falou, parecendo uma mini adulta.
Estou sentada em uma cadeira observando as pessoas de longe se organizando e se arrumando para começar o casamento.
- Oi – meu pai se aproxima e eu sorrio para ele – Eu estava te procurando – sorrio novamente e solto um suspiro – E então – ele se senta ao meu lado – Porque o deixou ir embora?
- É… complicado pai – digo sem olhar em seus olhos.
- Tudo bem… acho que não teria dado certo… não é mesmo? – não falo nada – Li um artigo fascinante no site de New York Tomes que dizia: “Toda mulher tem a vida amorosa que quer.”
Levanto meu rosto para encará-lo, Noah disse isso. Noah que escreveu esse artigo.
- E sabe… eu concordo com ele. Mas eu não acredito que é isso que você quer Any. Desde pequena, você sempre se preocupou com a opinião dos outros. Agora me diz, o que você acha… ele é o cara para você?
Ele me pergunta e sinto meu coração começar a acelerar, então engulo seco e suspiro antes de assentir e concordar.
- Então vá atrás dele – sorrio e deposito um beijo em sua bochecha antes de me levantar e sair correndo atrás de algum carro.
Avisto a limousine dando sopa e eu suspiro decidida. É ela que eu vou usar.
Entro no bando do motorista e observo em volta e vejo como é diferente de dirigir um carro normal. Ok, calma Any, respira que vai dar tudo certo.
シ lembrando que essa história é uma adaptação, créditos devem ser dados à beauanymind_
シ dois capítulos domingo e quarta-feira
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Teen Fiction[Classificação +18] ISSO É APENAS UMA ADAPTAÇÃO ━─━────༺༻────━─━ A irmã mais nova de Any Gabrielly está prestes a se casar, e ela não quer comparecer sozinha à cerimónia, que será realizada em Londres. Para completar, seu ex-noivo é um dos padrinh...