Era uma vez um anjo esbelto de beleza esplêndida, com asas cintilantes, que refletiam a elegância da cidade prateada. Caminhava pelas ruas de uma cidade, olhando para as pessoas com ternos, roupas de academia e roupas casuais. porém nesse momento sente o chamado de seu senhor e, como um bom anjo atende ao seu chamado e começa a voar com suas asas até a catedral da cidade prateada. com o bater de suas asas os ventos criam uma brisa fresca, para quem estava com calor e um vento quentinho e confortável para os que sentiam frio.
Chegando nas escadas da catedral, fez um pouso elegante ao lado de seus irmãos que chegaram no mesmo momento, os cumprimentou e subiu as escadas, chegando em frente a uma grande porta de madeira. se aproximou e deu três batidas, e logo, segundos depois ouviu uma voz dizendo: 'entre meus queridos filhos'. então entraram, três anjos, cada um deles parou em frente ao altar e se curvaram e colocaram um joelho encostado no chão e mantiveram o outro erguido e colocaram seus ante-braços por cima de seus joelhos, logo a mesma voz que tinha falado para os mesmos entrarem agora voltava a falar:
"meus queridos filhos, eu preciso que salvem os humanos desta localização"
Os anjos assentiram e se levantaram, prestaram reverência e saíram rapidamente levantando voo e descendo para a terra. Após chegarem no local, não passava de uma guerra completa, se via guerrilheiros lutando por toda parte. mas quem sofria eram os moradores locais. entrando na casa o esbelto anjo se vira e olha. três crianças e uma mãe, a mãe segurava as três crianças, as abraçando e as segurando as mesmas no canto da parede. o estado era simplesmente triste, a mãe implorava por Deus, o anjo olhou para seu corpo, estava magro, dava pra ver claramente os ossos marcando a carne, as crianças estavam no mesmo estado. porém, ele não teve tanto para confortar, pois um guerrilheiro havia entrado pela porta da casa e a mãe para proteger as crianças pulou para cima dele. quando ele iria puxar o gatilho…
Splash!
Seu corpo em momentos ficou estraçalhado na parede, o anjo não havia sentido um pingo de pena ao fazer isso, suas asas antes que eram brancas, agora tinham gotas de sangues espalhadas por elas. sua mão um estava na cor de vermelho sangue. e seu rosto tinha um pouco de sangue, e então se virou para a mãe que estava horrorizada, e correu para proteger seus filhos.
—Não tenha medo, sou um anjo enviado por Deus, vim pelo seu pedido, para proteger vocês. venham me deem as mãos, vamos pra um lugar melhor.
A mãe ainda horrorizada com o ocorrido segurou seus filhos com toda força que tinha, porém, mesmo com medo, sentiu algo no fundo, dizendo que ela poderia confiar no anjo, então estendeu sua mão.
O anjo se aproximou e segurou a mão da moça, e tirou ela e seus filhos do fogo cruzado. Em um outro lugar, mais calmo, não se ouvia mais os sons dos tiros, a mãe chorava de felicidade e agradeceu de joelhos, com as mãos juntas. Vendo isso o anjo só sorriu gentilmente e saiu do lugar voando com suas asas.
Ainda sujo de sangue, decidiu parar em uma cachoeira para se banhar, tirou sua veste e entrou na água, passando gentilmente as mãos por seu corpo ele retirava o sangue que estava cima de sua pele, em seguida afundou suas lindas asas na água e as tirou, batendo as rapidamente elas secaram e estavam belas como normalmente. Saindo da água e colocando sua veste, vê uma figura em sua frente, sua beleza era infinitamente maior que a dele mesmo seu rosto era de características andrógenas, e suas asas eram de cores negras, da mesma cor que o carvão, possuía um aspecto queimado. Olhando para suas vestimentas, o anjo de asas negras, usava um terno prateado, junto de uma camisa social preta, se contrastavam com seus cabelos ondulados e ruivos. E então o anjo de asas negras, vendo que estava sendo encarado decidiu cumprimentar.
—Meu querido irmão Azazyel, a quanto tempo não o vejo? Sua aparência não mudou muito nesses milênios.
—Lucifer, sua beleza repugnante também não mudou nada, o faz andando por aqui, o inferno estava muito frio para você? —Disse Azazyel com uma cara de desgosto.