apenas Um Caso {Kazufuyu}

cap 21

╎pov narrador╎

"Um final, nunca é um final."

Os lábios de Chifuyu e Kazutora só foram separados quando tomaram consciência da realidade. Perceberam que ainda era natal e que ainda estavam com outras pessoas.

─ eles crescem tão rápido! ─Emma disse enchugando as lágrimas.

𝘌𝘭𝘢 𝘳𝘦𝘢𝘭𝘮𝘦𝘯𝘵𝘦 '𝘵á 𝘤𝘩𝘰𝘳𝘢𝘯𝘥𝘰?, pensou Kazutora a olhando levemente boquiaberto. Emma abraçou o irmão, Manjiro falando coisas como "meus bebês" e "eu lembro de quando ele usava fraudas!" enquanto o Sano ficava rindo dela.

─ eu mereço. ─o bicolor sussurrou para si.

─ mereçe. ─retrucou Chifuyu, sorrindo de canto.─ ganhei a aposta.

Kazutora revirou os olhos.

─ sério? Não me diga! ─disse irônico.

A noite se passou, e logo já era de manhã, e ainda haviam algumas pessoas do grupo de amigos acordados e bebendo no terraço, enquanto outros estavam praticamente desmaiados no sofá. Os poucos que sabiam do próprio limite, estavam nos quartos, dormindo. Durante a tarde, eles se organizavam para ir embora no dia seguinte pela manhã.

─ vem cá, cadê a Emma? Tá tudo muito quieto. ─manjiro questionou, olhando para o círculo de pessoas na sala.

─ na piscina com a Hina. ─Draken disse, encarando as próprias unhas com desinteresse.

Manjiro o olhou por alguns segundos, processando a informação.

─ minha irmã, a namorada dela, semi-nuas, sem supervisão? ─ele questionou.

─ sei lá, acho que sim.

O Sano bufou e suspiros fundo. Voltando ao assunto principal, que foi quando Kazutora se virou para o ser humano mais fofoqueiro do lugar.

─ Nahoya, a Emma 'tá namorando com a Hina? ─ele sussurrou.

─ pelo oquê eu sei, começaram a namorar oficialmente essa manhã. ─ele sussurrou de volta.

E assim toda a concentração deles no plano de viajem se foi, ficando entretidos com a fofoca. Acabaram falando da vida de todos, até da deles mesmos. Algumas horas depois, o Hanemya estava no quarto, arrumando as coisas dele para a partida no dia seguinte, quando a porta é aberta e logo depois fechada. Ele não se destacou no que estava fazendo, muito pelo contrário, se focou mais ainda, e seja lá quem entrou, se sentiu na cama dele e o encarou.

─ vai me iguinorar mesmo? ─perguntou a voz, não obtendo resposta.─ oquê foi aquilo ontem?

Kazutora levantou a visão por alguns segundos para olhar a pessoa, mas não o respondeu, apenas se focou novamente.

─ não acha que 'tá um pouco velho para o castigo do silêncio? ─questionou, cruzando os braços.

─ oquê você quer? ─disse sem paciência.

─ rude, muito rude. ─provocou.

─ Keisuke, o quê você quer!? ─ele quase gritou.