"Quem ficou por cima?"

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"Pé na areia, caipirinha, água de coco, a cervejinha.. ", era o que passava na cabeça do Brasil enquando arrumava a casa. Estava feliz. Extremamente feliz! Aliás, era seu aniversário, e passaria com seus amigos. Por que não ficar animado? 

Finalmente convenceu seus amados colegas a viajarem para seu país e curtir um domingo bem brasivicado.

Com um sorriso estampado no rosto, ele movia os móveis de um lado pro outro, afim de obter mais espaço. 

A casa não era enorme igual a do França. Mas era acolhedora e cheirosa. Muito cheirosa. 

Brasil digitava no celular enquanto caminhava para a parte de fora onde estava a churrasqueira. Churrasco na Lage. Era apenas isso o que ele precisava. 

Abriu os braços, sentindo o vento acaricialo. Abriu um sorriso olhando para o Cristo lá longe. 

— Ainda vou te dar muito orgulho meu véi! — Falou para a gigantesca estátua. Estar de volta ao seu lar era tão acolhedor, e lhe fazia tão bem. — Cuidar, né? – Foi ao alcance do freezer, pegando as carnes que precisava, e colocando para descongelar.  

Se sentou no sofá para descansar, e pouco tempo depois ouviu a companhia tocar. 

— Já chegaram? Jurava que tinha deixado a porta aberta. — Se levantou indo até a grande porta. — Que tipo de anfitrião eu sou? Burro, burro, burro... —  Batia na própria cabeça, abrindo a porta. — ...Você? 

Por que apenas ele? 

Olhou para trás do loiro, procurando o resto da cambada. Mas não achou. Pensava que gay andava em bando. 

— Ó, licença! Estoy aquí, não sei se você viu! — Argentina reclamou, coçando a garganta. 

— Ah, sim. Eu te vi. – Brasil respondeu sem muita alegria. — Cadê o resto do povo? E por que veio tão cedo? 

— Eles não estão aqui? – Argentina perguntou confuso. 

— Se estivessem, eu não estaria perguntando sobre eles né? – Respondeu afiado. 

O loiro fez um careta de desgosto. — Me deram o horário errado então. – Olhava para o celular. — Não vai realmente me convidar para entra? 

— O que? Ah... entra meu fi. – Brasil deu espaço para o loiro entrar. O mesmo parou na frente dele e lhe entregou uma sexta cheia de empanadas

— Parabéns. – Falou, não o encarando. 

— Gradicido. – Brasil respondeu dando um sorriso mínimo. Colocou no balcão da cozinha e se voltou a sala. 

— Quer ajuda com algo? – Argentina parecia disposto. 

— Me tira desse tédio... – Respondeu com a voz arrastada, quase gemendo. Logo percebeu o que diabos tinha falado. Endireitou a postura. 

— Oi? – O loiro perguntou com um sorriso de lado. 

— Ah! É... A-abre essa porta aí pra mim!  – Mandou. E assim fez. 

— Quer ajuda com a carne? Sou bom nisso. – Falou depois de ter aberto totalmente a porta. Andou até o balcão de mármore, arregaçando as mangas da camisa de botão. 

Brasil nada disse. Se encostou no sofá. Suas pernas estavam bambas. 

Argentina trajava uma camisa de botões brancas com um lenço azul. Não era a primeira vez que ele o usava.

Limparam, prepararam, arrumaram, e nada do povo chegar. Será que não vinham? Aconteceu algo?

Brasil checava o celular de horas em horas. "Estamos tendo problemas", "Talves cheguemos um pouco atrasados". Era só o que lhe faltava. Jogou o celular na mesa de centro e bufou. 

Churrasco Na LageOnde histórias criam vida. Descubra agora