cap 4

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Bright levantou antes do sol nascer e saiu da casa de Metawin o mais rápido possível. Ele estava com medo, com medo das palavras de Win machucarem seu grande ego.

Vachirawit tinha uma confusão dentro de si, sem saber o que fazer, sem entender. Ele queria dizer palavras doces para Win, mas conseguiria? Essa era a questão.

Ele chorava feito um bobo, um bobo que não sabe si controlar. Ele chorava de ódio, ódio dele mesmo! Por que, por quê eu não consigo me entender?! Por que é tão difícil amar e si sentir amado, sem nenhuma preocupação? Pensava, era isso que Bright pensava...

Poderia voltar atrás agora? Para não fazer essa burrada! Para poder ter Win em seus braços... Sempre disponível, era isso que Vachirawit queria? Metawin somente como seu amigo, seu amigo que escuta todos os seus problemas.

- Me desculpa, Win... - Bright falava sozinho no canto da sala. - Me desculpa.

As lágrimas cada vez estavam mais descontroladas, a sensação de ser um lixo predominava Bright, ele queria sumir para entender tudo o que estava sentindo.

Seu celular começa a tocar, ele vai até a bolsa e o pega, vendo que quem estava ligando era First.

- Alô, Fir? - Sua voz saia trêmula, nesse momento ele não tinha condições de falar com ninguém, e nem queria.

- Bright, chorar não vai adiantar. Ponha sua cabeça no lugar! - First recebeu uma ligação de Win, falando que Bright tinha chegado lá bêbado e saiu de madrugada, sem dizer nada.

- Eu... Eu tô' tentando, Fir... Tô' tentando. - passava a mão seu rosto, limpando as lágrimas, mesmo não adiantando porquê elas voltavam a cair. - Não... Eu não sei o que fazer, First! Eu só queria um abraço seu agora... - com seu telefone no viva voz, ele conversava com seu amigo, abraçando um travesseiro.

First suspira, não tinha como ajudar o amigo naquele momento, nem estava na Tailândia. O silêncio ficou na ligação, Fir iria ficar ali com ele, mesmo sem dizer nada.

Os soluços estavam mais altos, e a respiração de Vachirawit falhava.

Mesmo sem First ao seu lado, Bright estava mais calmo que antes.

Em meio a ligação, seu celular não parava de apitar, quando Bright olha quem estava mandando as mensagens, sente uma sensação horrível, não era aquela felicidade por não ter cido o primeiro a mandar mensagem, era ódio! Pegou seu celular e clicou no contato salvo como; "Pim" ela dizia que estava com saudades e que ele não tinha mandado mais mensagem. Vachirawit visualizou e a bloqueou... O sofrimento finalmente acabou, ou metade dele acabou. Não sentiu vontade de voltar atrás e desbloquear Pim, se sentiu aliviado, como se tivesse tirado um grande peso das costas.

Botou seu celular onde estava, continuando na ligação com seu amigo.

- Bloqueei Pim.

- Nossa... E como está se sentindo? - O amigo estava orgulhoso de Bright, nunca achou que isso aconteceria.

- Estou bem, na verdade, muito bem! Me sinto livre. - Ele realmente sentia aquilo, estava feliz consigo mesmo!

Ele e First conversaram por mais alguns minutos, mas aí chegou-se o namorado de Fir, contando piadas bobas e tirando sorrisos de Vachirawit.

- Khao, você não cansa de ser bobo? - perguntou brincalhão para o amigo.

- Não, Brightzinho. - Brincou também.

Eles já fizeram uma série juntos, Khao tinha o nome de Fong e era amigo de Tine.

Todos conversaram, fazendo Vachirawit esquecer de seus problemas.

...

- O que ele queria? - Perguntou Prim pela ligação.

- Oh, queria conversar comigo, mas estava bêbado. - Win estava preocupado, desde cedo First não falou mais nada sobre Bright.

Conversou mais uns minutos com Prim, mas desligou porquê alguém o ligava. Parou um pouco antes de atender, era Bright.

- Oi, Chivaaree. - Win tentou parecer sem ânimo, mas na verdade estava preocupado.

- Eu estou bem melhor, Win! - Por outro lado, Bright queria parecer animado, mesmo estando tenso. Agora, ele não sabia o que dizer, como agiria? Tinha tudo planejado, mas simplesmente travou!

- Que bom? - Sim, que bom! Win realmente queria ouvir isso, ele dizendo que estava bem.

Bright somente murmurou algo, que Win não ouviu. O silêncio ficou na ligação, um silêncio desconfortável! Os dois tinham coisas para falar, mas faltava a coragem. Suspiros eram ouvidos de ambos, a única "comunicação" que tinham.

- Eu... Quer sair comigo, Win? Sabe... Tipo, 'pra gente se resolver. - Vachirawit estava tão nervoso, com medo de ouvir um "não".

- Depende, Bright... Você só vai dizer coisas sem sentido nenhum? - Brincou Win, tentando deixar o clima melhor.

- Não, Win. Prometo de mindinho! - Bright riu e brincou também.

Depois de tanto tempo, eles iram conversar pessoalmente, não sabiam como agir, mas estavam felizes.

...

O dia chegou, Bright estava tão feliz! Poderia finalmente falar com Win. Seu celular tocou, e ele correu para atender, mas era sua mãe que o ligava.

- Oi mamãe! - Sua mãe soluçava na ligação, que fez Bright ficar preocupado.

- Bright, eu estou passando mal, e... E não tem ninguém em casa, Bri. Venha me levar no hospital, por favor. - Vachirawit não pensou duas vezes e saiu, deixando o celular para trás.

Correu para dentro do carro e foi até sua antiga casa.

...

Win esperava a mais de 30 minutos por Bright, mandava mensagem e não tinha resposta. Vachirawit está me fazendo de bobo novamente, e logo hoje... Que é dia dele encontrar Pim. Pensou Win. Seus olhos começaram a arder, ele estava chorando, em meio a um restaurante cheio de gente! Era tão constrangedor.

Mesmo sem esperança que Bright aparecesse, decidiu esperar, dar uma última chance a Vachirawit. Infelizmente, Bright não apareceu, passou uma hora e meia e ele não tinha chegado. Win se sentiu tão idiota! Ele não queria nunca mais olhar nos olhos de Bright.

Saiu daquele restaurante chorando como um bebê. Como alguém pode se machucar tanto só por um amor não correspondido? Era horrível, uma sensação horrível! Uma maldita dor no peito.

Win pegou seu celular da bolsa, entrando no contato de Bright, vendo as mais de 10 mensagens que ele tinha mandado. Metawin bloqueou Chivaaree.

Ligou seu carro e foi para sua casa, queria chorar com a cara afundada no travesseiro.

Louco de amores por você {BrightWin}Onde histórias criam vida. Descubra agora