III - A mente de um louco

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Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura.

Aristóteles


A sociedade média vem em passos largos questionando o ser humano, por razões obvias, é também em detrimento de seus motivos para determinadas ações e modo de viver. É uma discussão tão complexa, que em determinados momentos torna-se tão chata e desnecessária. 

É visível por qualquer espectador que tamanha discussão é apenas um grande teatro para encobrir um mal maior, algo que vai além da compreensão da forma minuscula do ser humano de pensar, algo tão engenhoso que é a obra de um grande gênio da criação humana... por tantos motivos e poucas explicações é mais fácil encobrir tudo e "jogar a poeira para baixo do tapete". Nos seculos passados, era visto como uma maldição e o único modo para resolver tal, era somente então, queimando-o vivo ou exilando-o para o resto de inútil existência, afinal, nenhum ser humano de capacidade cognitiva "normal" era merecedor de assistir a este teatro que aquele individuo portador dessa maldição realizada.

Atualmente, a "terrível maldição" não desapareceu. Muito pelo contrário, apenas foi encoberta com um ar de pré-conceitos e repudiações, o exílio permanece, os julgamentos ainda continuam, os dedos permanecem apontados, as pedras também não deixaram de ser arremessadas, o sangue escorre, o cadáver permanece caído no chão com seu último suspiro de vida... mas, e a fogueira?! Ainda continua, para queimar alguém não é preciso fogo, tão somente, deixá-la só com a "terrível maldição" e o resto a mesma se encarregará de fazer. O fogo irá queimar de dentro para fora, o cadáver gradualmente começará a debater-se, os seus olhos irão revirar-se, suas mãos e pernas tremerem, seu coração palpitará como se estivesse em um salto de paraquedas, o suor escorrerá, e pouco a pouco sua respiração acelerá e quando menos perceberem o seu último suspiro foi dado numa escuridão imensa que a dominava.

A "terrível maldição", para os mais íntimos, loucura não é somente como o descrito acima. Existem tantas formas de loucura, quando digo isso, é em todos os aspectos, desde os pensamentos até a sua forma que é externado. Deixaremos de tratar isto como uma maldição, falaremos disto, nos próximos capítulos ou em outra carta. Grandes são a quantidade daqueles que possuem a loucura, mas poucos os que dominam e conseguem extrair algo de útil disto. Classificada como escuridão por uma sociedade hipócrita que vive isto diariamente e julgam aqueles que expressam-se de forma diferente do que é o comum, há grandes possibilidades de extrair ouro e até mesmo luz disto.

Olharemos para o brilhante matemático Isaac Newton, um dos cientistas mais influentes de todos os tempos e como uma figura-chave na Revolução Científica, viveu a beira da loucura, mas diferente do que muitos imaginam, ele extraiu gigantescos potencias e luz disto. Não viveu a amargura que a sociedade impusera naquilo e o ódio em torno. Nasceu, cresceu e viveu a loucura, mas extraindo tudo o que poderia daquilo.

E a pergunta que fica no ar é, loucura ou genialidade?! Qual será o equilíbrio.

Complexo, indeterminável, ilimitado. Este é o conceito de minha autoria para a loucura.

Veremos o que o mundo fecha os olhos para não ver, viveremos aquilo que a sociedade não vive e assim, um belo dia, encontraremos a paz e felicidade que tantos buscamos.

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⏰ Última atualização: Jan 29, 2023 ⏰

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