Capítulo 18

81 18 1
                                    


"Aquele bastardo?"

"Quero dizer, o grande príncipe. Vocês dois parecem muito próximos hoje.

"Não há como estarmos perto. Nós nos conhecemos anteontem, não é?

"Comparado a isso, sua atitude é...!"

Por um momento, Máximo levantou a voz. Sua expressão ficou ainda pior, mas incapaz de dizer mais, ele resmungou.

"Huu, droga."

Máximo respirou fundo, reprimindo a raiva que vinha de dentro, e exalou. Não era bom ficar agitado aqui.

"Por que você pediu para escoltar o grão-príncipe?"

"Fiz essa oferta porque estava preocupado que ele não tivesse um parceiro para participar do banquete de boas-vindas. É meu trabalho ajudar o grão-príncipe a se adaptar rapidamente ao Império."

Renato respondeu com algumas mentiras misturadas. Máximo não poderia confirmar diretamente com Khalid de qualquer maneira.

"Mas você poderia apenas ter apresentado a ele um Ômega adequado, não poderia?"

Apesar da resposta de Renato, Máximo parecia um tanto infeliz. Renato olhou para ele como se não entendesse por que Máximo o questionava.

"Você acha que eu conheço algum Ômega? E o grão-príncipe não é apenas um embaixador diplomático, ele é alguém que detém metade do poder militar do Reino Khan. O que faríamos se eu apresentasse a pessoa errada e causasse um problema?"

"Que......"

"Mais do que qualquer outra coisa, isso é o que Sua Majestade a Imperatriz e o Marquês queriam. Ambos queriam que eu me aproximasse do grande príncipe. Foi por isso que me ofereci para acompanhá-lo. Achei uma boa oportunidade para nos conhecermos."

Máximo sentiu uma estranha sensação de incongruência ao ouvir a refutação de Renato sem perder uma palavra e franziu a testa.

Esse punk sempre foi assim?

Maximo olhou para Renato com olhos confusos. O Renato que ele conhecia não era absolutamente o tipo de pessoa que olhava diretamente em seus olhos e rebatia suas palavras assim.

Pelo contrário, toda vez que se encontravam, ele ficava ocupado olhando para ele com uma expressão assustada. Se eles fizessem contato visual, ele se assustaria e evitaria seu olhar e, com a menor ameaça, encolheria os ombros e se mexeria como um cachorrinho querendo urinar.

Então, o que diabos isso significa?

Seus olhos de cor magenta escura afundaram. Máximo olhou para Renato com um olhar hostil, como se olhasse para um estranho.

"Você... o que há de errado com você?"

Aproximando-se de Renato, Máximo rosnou em voz baixa. Seu olhar feroz alcançou o rosto de Renato. Sentiu vontade de desenterrar tudo o que Renato escondia.

"O que há de errado comigo?"

Renato tentou manter a compostura e respondeu com a maior calma possível. Mas, ao contrário de sua voz, seu corpo estava congelado e rígido. Sua espinha estremeceu por causa do olhar que perfurou sua pele, a nuca ficando rígida. A dor na cicatriz do lado, que sentia desde o momento em que conheceu Máximo, também piorou.

"Você está realmente estranho esses dias..."

Máximo murmurou, talvez achando algo suspeito. O rosto de Renato ficou branco com sua ameaça e sua voz tremeu levemente como de costume, mas seu tom afiado e comportamento frio apenas continuaram fazendo cócegas em seus nervos.

O príncipe ajudante vive novamente Onde histórias criam vida. Descubra agora