capítulo 2

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Hoje é domingo, amanhã já começo no novo escritório, estou nervoso e empolgado com isso.

Eu havia chegado na quinta feira, então tive alguns dias para descansar e com ajuda da minha mãe consegui colocar minha casa toda em ordem, e estava muito satisfeito com o resultado.

Fizemos compras no supermercado, na farmácia e no shopping, assim consegui comprar tudo o que faltava pra dar aquele toque pessoal na minha casinha ( meu e da minha mãe).

Não tive tempo de ir na casa de meu pai, estava ficando louco por ainda não ter visto a pequena Laura. Mas o almoço hoje será lá.

Minha mãe também vai e logo depois vou levá-la a rodoviária, vai ser duro me despedir da minha mãe, mas é necessário, ela tem a vida dela na cidade dela e eu preciso ser homem pra enfrentar a minha vida também.

Meu pai tinha feito algumas reformas na casa desde que me mudei, mas a essência continuava igual.

Toquei a campainha e aguardamos.

Alguns segundos depois Laura abriu a porta pra gente e uau, os vídeos e fotos não faziam jus a beleza de mulher que estava na minha frente.

- Laurinha? - falei puxando a linda mulher para um abraço.

- Ah, Ben, eu tava com tanta saudade!!! Nunca mais vou te deixar ir embora!

- Oi Laura. - mamãe falou recebendo um pequeno abraço da garota.

- Oi tia. Vamos entrem, soube que trouxe presentes para todo mundo, estou esperando o meu.

Ela me olhava com o mesmo olhar curioso de cinco anos atrás, porém agora esse olhar não pertencia a uma menina, mas sim a uma mulher.

- Eu trouxe, estão no carro, depois a gente pega, tudo bem?

- Tá bom. - ela falou.

Papai e Helena apareceram atrás dela convidando a gente até a mesa, como estava um pouco tarde fomos direto almoçar.

Laura estava radiante, com os cabelos soltos, uma calça preta e uma blusa folgada branca, usava tênis. Eu havia visto em seus stories que ela estava correndo, mas como podia estar tão linda e cheirosa mesmo depois de se exercitar?

A comida estava deliciosa. Depois do almoço fomos nós sentar perto da piscina aproveitando que o dia não estava tão quente.

- Já encontro vocês lá, só vou tomar um banho rapidinho. - Laura disse e correu para seu quarto.

Quando ela voltou o meu mundo parou por uns segundos com aquela visão. Ela estava usando um shorts jeans tão curto que mostrava a beiradinha da bunda e um sutiã de biquíni no estilo cortisona preto.

Meu pau levantou na hora.

- Benjamim, daqui a pouco o senhor vai embora e nada dos meus presentes. - ela falou batendo o pé no chão e com a mão na cintura.

Quem não a conhecece imaginaria que estava realmente brigando comigo, mas todos nós sabíamos que ela estava apenas brincando.

- Laura filha, que modos são esses? - Helena a repreendeu.

Acabamos todos por dar risadas. O que foi bom pra me tirar do constrangimento de estar de pau duro no meio de uma reunião familiar.

- Vamos Laurinha, está no carro, vamos buscar. - falei me levantado e a puxando pela mão.

- Eu tava brincando. - ela falou baixinho.

- Sério? - olhei pra ela.

- Não, - deu uma risada - eu estou ansiosa pra ver o que trouxe pra mim.

- Sua mimadinha, te trouxe um monte de coisas. Você foi a pessoa que mais comprei coisas durante esses anos.

- Você comprou coisas pra mim todos os anos? - ela me olhava enquanto eu abria o porta malas do carro.

- Sim, no dia das crianças, seus aniversários ou se apenas visse algo que me lembrasse você.

Ela me olhava incrédula, a boca em formato de O.

Tirei mala rosa de dentro do carro, ela deu uma risada.

- Uma mala rosa? - ela não parava de rir.

- Até onde eu saiba é ou era sua cor favorita. - falei sem graça.

- Sim é, mas tô imaginando você pelo aeroporto com essa mala, as pessoas te olhando esquisito. - ela limpou uma lágrima do canto do olho e continuou rindo.

- Por você Laura eu não me importei de passar esse mico.

Ela parou de rir e me olhou muito seria, as bochechas rosadas denunciando a vergonha.

Entramos na casa e fomos direto Lara seu quarto, queria explicar os presentes, até mesmo para justificar alguns.

Ela demonstrou um misto de sensações ao retirar cada coisa de dentro da mala. E eu tinha caprichado. Coloquei vários chocolates diferentes, alguns doces exóticos para ela experimentar com seus seguidores, alguns bichinhos de pelúcia, algumas maquiagem, dois frascos de perfume, alguns pijamas, bolsas, vestidos e alguns brinquedos.

- Isso? - ela me olhava com um kit de fazer pulseiras nas mãos.

- Foi no primeiro ano, você adorava fazer isso não era? - ela afirmou com a cabeça- Eu tinha comprado mais, os outros doei, mas quis trazer um pra você saber que nunca deixei de pensar em você.

- Ben, eu também pensei em você sempre, claro que como o filho gostoso do meu padrasto, mas pensei.

- Filho gostoso do seu padrasto?

- Fala sério garoto, óbvio! Você sempre foi lindo e meu primeiro crush.  - ela deu uma risada.

Ela não podia tá falando sério, eu nunca fui bonito, ao contrário  dela que mais parecia a própria Afrodite diante de mim de tão perfeita.

- Você é péssima mentirosa sabia? - falei pra quebrar o clima.

- Eu não falei mentira nenhuma. - ela deu uma mordida no chocolate que tinha acabado de abrir.

- Tá, depois a gente fala disso, tenho que levar minha mãe na rodoviária senão ela perde o ônibus.

Encontramos nossos pais e me despedi de todos.

Na rodoviária deixei minha mãe e fui pra minha casa.

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