Atraído por Idiotas

Único; ele responde tão bem quanto gatos com medo de água

Shikamaru deu um passo para trás, seguido por vários outros em rápida sucessão, seus pensamentos colidindo em seu cérebro como vacas em um pasto.

— Você não precisa responder agora, Shika — disse Ino, com a voz relaxada de sempre, embora que, se Shikamaru tivesse olhado mais de perto seus olhos, teria captado um indício de apreensão.

Como Shikamaru estava muito ocupado se afastando rapidamente para olhar calmamente nos olhos de Ino, no entanto, ele não o fez e só conseguiu balbuciar um fluxo de palavras cada vez mais inteligível.

— Shika... — Ino estendeu a mão para ele com preocupação, embora neste momento Shikamaru estivesse muito longe para ela tentar se firmar.

— Eu-eu- — Ele estava resmungando. Ainda bem, porque nada sensato emergiu de sua mente traiçoeiramente vazia, desprovida de qualquer coisa além de puro pânico.

E se ele fosse completamente honesto, estaria enterrado em algum lugar sob camadas e camadas de advertências cuidadosas e defensivas para não ter muitas esperanças e começar a desejar coisas que nunca poderia ter, ele poderia ter admitido que, sim, ele também gostava de Ino. Mas não, isso estava fora de seu alcance, ela o empurraria para fora de seu alcance, porque era assim que tinha que ser. A pior parte sobre isso, porém, era o olhar de Ino ainda calorosamente treinado sobre ele mesmo enquanto se afastava. Ele tinha que pensar em algo. Mas nada saía da sua mente.

— Eu sou exclusivamente atraído por idiotas. O que você não é. Então- — Se Shikamaru pudesse apenas implorar a algum deus para empalá-lo com uma lança naquele momento, ele teria. Mas nada veio para derrubá-lo, e ele foi deixado para marinar na situação incrivelmente desajeitada que havia preparado para si mesmo.

Ino não disse nada, apenas o encarava por vários segundos, com uma expressão confusa.

Por favor, me tire dessa situação . Por favor, me tire dessa situação Não, não, espere, talvez eu mereça isso. Aaaaah. Foda-se.

Shikamaru fechou os olhos, balbuciando pedidos para sumir dali silenciosamente em sua mente.

— Então... — Ino se pronunciou, finalmente quebrando o silêncio depois de alguns minutos desconfortáveis — Você está dizendo que se eu fosse mais idiota, você estaria interessado.

— O que? — Os olhos de Shikamaru se abriram de repente.

— Tudo bem, então. — Havia um brilho pensativo nos olhos verdes de Ino e um sorriso quase imperceptível em seus lábios. Aquilo era um mal sinal, que Shikamaru sabia daquilo por experiência própria — Não, eu entendo. Posso fazer isso.

— O quê? Não- Ino. — Seus protestos não foram ouvidos, Shikamaru só podia ficar boquiaberto quando Ino deu a ele um aceno de despedida genial e saiu para fazer Deus sabe o quê.

Chame isso de instinto ou paranóia, mas Shikamaru teve a premonição de que as coisas estavam prestes a ir para o fundo do poço.

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