misfits {l.s}

Prólogo

[A/N: O trailer antigo da fic foi bloqueado pelo YouTube por conta dos direitos autorais. Eu fiz umas coisinhas (hehehehe) e consegui repostar ele, agora é só esperar que o YouTube seja legal dessa vez. O TRAILER AINDA É O MESMO!] 

Louis' POV

"Você está falando sério?" Stan indagou, me olhando incrédulo. "Você simplesmente decidiu que não irá mais vir a escola?"

"Sim, qual parte você não entendeu?" retruquei, dando de ombros. "Estou cansado. De tudo" Suspirei.

"Lou, eu sei" ele pôs a mão em meu ombro, e nós paramos de andar por um breve instante quando ele olha em meus olhos. "Mas vai ficar mais fácil, eu prometo"

"Talvez um dia. Mas não irá ficar melhor nem mais facil enquanto eu estiver preso nesse inferno" digo, voltando a andar. Quero ir para casa logo e eu dependo da carona de Stan pra isso, infelizmente.

"Acho que algo aconteceu e você não está me contando" ele comenta em tom acusatório, me olhando de esguelha enquanto destrava as portas do carro. Não o respondo, apenas suspiro cansado enquanto abro a porta do passageiro e bato a porta, assistindo Stan entrar no carro juntamente a mim, balançando a cabeça em negação.

Após alguns minutos, finalmente Stan para em frente a minha casa. O caminho foi silencioso, nenhuma pergunta foi feita, nenhum comentário. Stan sabia o momento de calar a boca e, honestamente, essa era a sua melhor qualidade. Ele também sabia o quanto a minha pacienca, que já era curta, aguentava. Então, caso ele continuasse com as perguntas que eu com certeza não responderia, eu trataria ele igual lixo mesmo sem querer; eu não controlava isso, meus acessos de raiva não têm aviso prévio, eles apenas aparecem.

"Obrigado, Stan" eu digo baixinho, sorrindo fraco para o meu amigo e saindo do carro depois de receber um sorriso piedoso do mesmo. Ele me conhecia bem, obviamente. Nos conhecemos desde pequenos, desde o jardim de infância. Stan me conhece como ninguem; sabia que havia algo errado, mas eu não contaria a ele. Não contaria a ninguém.

-

Me sentia sozinho. Como sempre me sinto. Meus pais não estão em casa; mamãe está trabalhando dois turnos no hospital para poder bancar nossos pequenos e simples luxos, enquanto Dan, meu padrasto, trabalha no exterior, viajando toda semana para um lugar diferente para vender os produtos que sua empresa oferece, e por favor, não me pergunte o que, nosso relacionamento não é tão bom e eu jamais me interessaria em perguntar o que ele realmente faz da vida. Não me importa.

Lottie estava em casa cuidando dos gêmeos enquanto as meninas estavam no colégio, mas Lottie não era uma companhia. Eu ainda me sentia sozinho mesmo quando a casa estava lotada com minhas irmãs e minha mãe.

"Está tudo bem?" minha irmã me perguntou, colocando a cabeça para dentro do meu quarto através da pequena abertura da porta.

"Sim" digo simplesmente, dando de ombros e olhando para o meu notebook no meu colo.

"Tem certeza?"

"Tenho, me deixe em paz!" eu digo um pouco alto demais, e Lottie assente calmamente antes de suspirar e fechar a porta.