[COMPLETA NA DREAME]
Os meu sentidos pareciam ter fugido, começava a achar aquilo tudo muito real para ser um sonho. Era quase impossível permanecer dormindo quando sentia aquela doce agonia reverberar em todo o meu corpo.
Um suspiro escapa dos meu...
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As olheiras e a mancha roxa por baixo da pálpebra permaneciam visíveis mesmo após a maquilhagem. Ela podia colocar qualquer coisa em seu rosto, eu continuaria percebendo o que está errado nela. O corpo que outrora demonstrava sinais de stress parecia relaxado. Mas algo estava me incomodando desde que saímos do banheiro na segunda vez, parecia um mau pressentimento, uma aflição. Sabia que em parte vinha dela, mas a outra parte era minha. Entretanto, não conseguia perceber o que poderia ser que justificasse meu estado actual de alerta. Quando havia um feeling tão forte quanto esse, não era algo que podia ignorar.
Havia me tornado meticuloso, mesmo vivendo condenado com um dom que acabou se tornando uma maldição. Não era como a maioria das pessoas, via as pessoas como elas eram de verdade, e isso devia ser bom mas num momento como esse, só conseguia pensar no quão errado estava por te-la usado dessa forma. Estava agora envolto a um sentimento de arrependimento. O que me fez sorrir, passei anos planejando minha fuga e o último ano planejando minha vingança, passo a passo. Nunca pensei na possibilidade remota de vir apaixonar-me e colocar a mulher que deu sentido na minha vida nas mãos do meu maior inimigo.
Planejar minha vingança nunca me fez pensar em mim como uma pessoa má, pelo menos não até ao momento em que aquilo tudo me levaria a usá-la, o meu medo constante pela sua segurança me impedia de seguir com aquele disparate.
— Você não está me usando. Eu me coloquei nessa posição. — ela diz, diminuindo nossa distância. Seus dedos sorrateiros sobem pelos meus braços até suas mãos tocarem minhas faces delicadamente. — Eu disse que ia te ajudar, mesmo quando não sabia da profundidade dos meus sentimentos por você... Eles já existiam, mas eu não sabia o que era, nunca senti nada tão forte como quando estamos juntos. As vezes, quando toco em suas cicatrizes, sinto meu coração doer e a única coisa que quero é substituir a dor que sentiu por algo terno... — fechei meus olhos, saboreando aquelas palavras os seus gestos singelos e o calor que ela transmitia. Eram tão sinceros e puros, quando voltei a abri-los, não via a Nia que chegou ao Constance apavorada sem vida e sem brilho. Vi uma mulher capaz de destruir o mundo inteiro. — Se existir alguma possibilidade remota de eu fazer ele sentir um terço do que ele fez a ti, mesmo que custasse a minha vida... eu faria. — então era isso, era esse mau pressentimento que eu acordei sentindo e tentei ignora-lo. Ela não pode... E-Ela...